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Controle de estabilidade ainda é privilégio de carros maiores e mais caros

Após a entrada em vigor, este ano, das Resoluções 380 e 395 do Contran, que estabeleceram a obrigatoriedade do sistema antitravamento dos freios (ABS) em todos os veículos vendidos no País, o CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária) volta seus estudos à presença de um novo item que colabora para a segurança dos condutores: o controle de estabilidade, também conhecido pela sigla ESP (Electronic Stability Program).

Além de evitar derrapagens e deslizamentos em saídas bruscas e curvas, o sistema também é importante em pisos de baixa aderência, como de terra batida, lama e até mesmo gelo. Nesse tipo de piso, o ESP identifica a roda que está destracionando e evita seu escorregamento, fazendo com que o veículo se movimente mais facilmente do que em carros sem o sistema, evitando acidentes.

Para realizar o estudo foram contabilizados 297 modelos de veículos existentes no mercado em 940 versões, sendo que, em 47,8% dessas versões (449 versões de veículos), o ESP já é de série. Isso se deve, em boa parte, a algumas montadoras premium presentes no País que, não vendem veículos sem importantes itens de segurança – como é o caso deste sistema.

Na categoria mais popular do mercado, a dos hatches compactos, 85% das versões de veículos não possuem o ESP nem como item opcional. Já na categoria dos hatches médios, os “irmãos” maiores, 63% têm o item de série nas versões analisadas.

Outra categoria expressiva no mercado é a dos sedans compactos. Nela, também há pouca oferta de versões com o item de série: apenas 6%. Já nos sedans médios, a porcentagem melhora muito: é de 57%.

No levantamento, as picapes compactas não tiveram nenhuma versão com o item de série. Em contrapartida, os veículos esportivos e os sedans de luxo, geralmente importados, tiveram 100% das versões com ESP de série.

Em 2013, ano do primeiro levantamento sobre o sistema ABS feito pelo CESVI, já foram coletados dados sobre a disponibilidade de ESP nos veículos vendidos no Brasil. A comparação entre os dois estudos mostra que o crescimento foi pequeno. No ano passado existiam 432 versões de veículos com ESP já instalado de fábrica. Em 2014, esse número subiu para 449, um aumento de apenas 4%.

“Embora tímido , o crescimento ao longo do último ano indica que esse equipamento começa a ficar mais difundido por aqui, aparecendo até mesmo em hatchbacks compactos, algo inimaginável anos atrás”, afirma Almir Fernandes, diretor executivo do CESVI.

Ainda segundo o executivo, já é um começo. “Esperamos que o ESP tenha destino semelhante ao do ABS e airbag, hoje obrigatórios em 100% da frota de veículos novos. Por isso, realizamos este levantamento. Trata-se de mais uma forma do CESVI alertar a sociedade sobre a real situação do uso de sistemas de segurança de ponta em nossos carros, e ajudá-la a conquistar o nível de segurança que precisa e merece”.

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