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Eletricidade – O combustível do presente

Quinta-feira passada experimentamos, na cidade de Recife, um blackout energético que deixou no escuro toda a região metropolitana da capital pernambucana.

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Era noite e eu dirigia pela cidade, comecei a pensar que as únicas luzes que iluminavam os prédios antigos do nosso querido Recife eram dos faróis dos automóveis, em sua esmagadora maioria, movidos a combustível liquido e conhecendo a minha cidade, combustíveis fósseis.

Mas, naquele momento, de escuridão extrema, o que possibilitava os deslocamentos era a energia gerada pelos alternadores e armazenadas nas baterias.

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Os motores elétricos possibilitaram o uso do automóvel antes dos motores movidos a combustão.

Esse desenvolvimento deu-se inicialmente com desenvolvimento de células elétricas pelo escocês Robert Anderson, 1830, o primeiro motor movido a energia elétrica data de 1934 pelo americano Thomas Davenport e em 1959 o francês Gaston Planté inventou, o que viria a ser a “verdade absoluta” para a eletricidade nos automóveis, a bateria ácida de chumbo recarregável.

Toda essa busca de forma global viabilizou nos primórdios da história dos automóveis, que existissem mais carros elétricos dos que a combustão. Mas quando esse jogo começou a mudar?

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No mundo dos automóveis a máxima custo/benefício vale muito e esse foi um dos fatores que contribuiu para a “morte temporária” dos elétricos, uma vez que os veículos movidos a combustíveis fósseis custavam 1/3 dos recarregáveis na tomada.

Seguido de limitações de carga, dificuldade no armazenamento, consequentemente baixa autonomia e velocidades reduzidas.

Não era fácil ter um carro elétrico, era o verdadeiro “motorzinho de dentista” (essa só os aficionados por carros e da minha geração, entenderão).

Aliado a esses fatores ainda foram descobertas grandes reservas de petróleo, aumentado a oferta de combustível, baixando o preço do mesmo e como golpe fatal, ou grand finale, em 1912 Charlles Kettering inventou a partida elétrica, substituindo a manivela para o primeiro giro do motor.

E de lá pra cá o uso do combustível derivado do petróleo só cresceu. Mas os tempos mudaram, a necessidade de controle dos níveis de emissões de poluentes se tornam cada vez mais necessárias, as reservas de petróleo estão cada vez mais caras de serem exploradas, fazendo com que o custo aumente e a consciência global por menos fumaça e barulho cresce exponencialmente levando às montadoras a olhar novamente o carro elétrico como a solução para o deslocamento do futuro, que já é realidade hoje.

Focada em atender os anseios do mercado a indústria automotiva pesquisou novas formas de fazer o elétrico dar certo.

Sugiram novas baterias, niquel-hidreto metálico e posteriormente íons de lítio, como nos celulares, com maior autonomia, por conta disso maiores potências e velocidades para os elétricos, aventurando-se até no universo dos esportivos, Mercedes SLS AMG. Motores individuais por roda, tornam o consumo menor evitando perdas na transmissão.

A combinação com motores de combustão interna, veículos híbridos, aumentam a autonomia e a segurança para encarar uma viagem longa, todo o conforto sem o menor ruído interno, ruídos esses que podem ser simulados para uma condução mais esportiva e com praticamente “zero” emissões de poluentes.

A grande sacada do momento são os veículos híbridos plug-in, além de motores combinados são recarregáveis na tomada. Com as novas tecnologias o custo do carro elétrico vem em queda possibilitando o povoamento das ruas com estes veículos e tornando o sonho de ter um carro desses cada vez mais próximo.

E você, já se permitiu pensar que o fim dos motores a combustão está cada vez mais próximo do fim? E lá vem outra transformação nos automóveis como aquela que tivemos quando a injeção eletrônica substituiu os carburadores.

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