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Iluminação revolucionária

Fabricantes tradicionais como Bosch e Hella estão desenvolvendo faróis capazes de iluminar até mesmo em curvas

A história está assinalada com criações geniais que em sua época foram desprezadas.

Acredite se quiser, mas o rolamento de roletes, que todos os carros utilizam atualmente, foi inventado por um fabricante dinamarquês de carroças no ano 100 depois de Cristo.

No caso da aplicação de fachos direcionáveis, o exemplo clássico mais recente foi o Citroën SM, cujos faróis viravam para o lado da curva de acordo com o movimento do volante.

Depois de quase duas décadas de esquecimento, Bosch e Hella anunciam já ser capazes de fazer isso combinando tecnologias recentes.

Nos meados dos anos 60, as lâmpadas halógenas chegaram produzindo luz em maior quantidade e de maneira mais consistente também.

Atualmente existem três tipos principais: As lâmpadas H1 monofilamento para fachos altos ou baixos independentes, as H3 com filamento simples para os faróis de neblina e as de duplo filamento H4, para faróis que combinam fachos alto e baixo.

A última tecnologia em lâmpadas halógenas, a H7, foi desenhada para substituir a H1. Oferece maior poder de iluminação.

Os refletores têm mudado também. Aqueles que usavam somente a metade superior da superfície refletora a fim de produzir um facho inclinado para baixo estão cedendo lugar a outros segmentados com superfícies independentes para fachos alto e baixo.

Refletores de foco variável (VF) permitem que toda a área espelhada seja usada, normalmente com cinco diferentes superfícies misturadas entre si.

Agora também existe a tecnologia de superfície numérica homogênea (HNS), na qual o refletor é dividido em inúmeras facetas definidas matematicamente, cada uma refletindo a luz de um filamento para garantir perfeita distribuição da iluminação.

Existem também os do tipo polielipsoidal (PES), faróis cujos “globos oculares” possuem um refletor elíptico com lentes protetoras de plástico liso.

Atualmente, as lâmpadas mais potentes são as de descarga de alta intensidade (HID), que produzem um arco voltaico entre dois eletrodos acondicionados em um bulbo de vidro cheio de gás xenônio.

Essa lâmpada é 200% mais brilhante e gera menos calor. Com isso, refletores de plástico podem ser menores que os utilizados com tecnologia halógena, o que é crucial para os estilos adotados modernamente.

Tudo o que precisamos agora são faróis para iluminar as curvas antes de chegar até elas.

A Bosch tem sua versão de Luz de Distribuição Adaptativa (ALD), cujos protótipos possuem refletores de sete segmentos.

Pelo menos três deles ficam acesos a fim de produzir diferentes formatos de facho, apropriados para cruzamentos, usos em cidade, retas e esquinas.

A Bosch está utilizando também os sistemas PES, por causa do número mínimo de refletores.

Os faróis adaptam-se a um determinado raio de curva ao receber informações de um módulo eletrônico que mede o ângulo de esterçamento do volante e a aceleração lateral do veículo.

Já há testes em andamento ligando os sistemas de localização por satélite com os de iluminação dos veículos, que assim poderiam antecipar a chegada de cada curva do caminho.

O Controle Adaptativo de Luzes (ALC) da BMW em desenvolvimento com a Hella é similar.

Toda essa tecnologia está aguardando uma legislação própria que deve chegar no começo do ano 2000 na Europa.

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