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Novas tecnologias surgem nos carros

A ênfase dos fabricantes dos veículos de passeio volta-se agora para o conforto e a tecnologia de bordo

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Carros não serão mais só um meio de transporte, mas também uma extensão da casa e do escritório. A profecia, com prazo de cinco anos para se concretizar, foi feita pelas duas maiores empresas de tecnologia automotiva do mundo – as americanas Delphi e Visteon.

Ambas estão divulgando no Brasil uma série de equipamentos que, se hoje parecem coisa de ficção científica, em breve serão parte indispensável dos veículos de passeio.

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“Em cidades congestionadas como São Paulo ou Tóquio, não existe o puro prazer de dirigir. É preciso que o automóvel tenha algo a mais”, diz o alemão Volker Barth, presidente da filial sul-americana da Delphi. Faz sentido.

Os carros sempre obedeceram às necessidades de cada época. Nas décadas de 50 e 60, os fabricantes buscaram a velocidade, com motores cada vez mais potentes.

Nos anos 70, foi a vez de atacar o consumo de combustíveis. Nas décadas de 80 e 90, quando a segurança foi a meta, surgiram acessórios como freios ABS e air bags.

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Quando a ênfase for o conforto e a tecnologia a bordo, será possível usar a Internet, ditar e-mails e ganhar uma massagem nas costas enquanto se dirige. Olhar mapas vai ser coisa do passado: sistemas de navegação avisarão, em viva voz, pelos alto-falantes, quando é a hora de dobrar uma esquina para chegar ao lugar desejado. Os navegadores receberão informações sobre congestionamentos diretamente dos órgãos de trânsito.

Já existe um modelo de Mercedes com sensores instalados nos pára-choques para alertar os mais distraídos caso estejam se aproximando do carro à frente. Se o motorista não fizer nada, o computador desacelera o veículo.

No futuro, na iminência de uma colisão, os air bags dispararão automaticamente, com intensidade adequada à velocidade da batida. “Tecnologia para tudo isto já existe”, diz Barth. “É só uma questão de custo e tempo.”

Das pistas de corrida para as ruas

Década de 50
O cinto de segurança torna-se obrigatório em carros de competição nos Estados Unidos em 1954. Cinco anos depois, a Volvo lança o primeiro automóvel com cinto de segurança. No Brasil, na década de 60, ele era vendido como “acessório esportivo”.

Década de 60
O freio a disco, que já tinha sido experimentado na década de 20, só ganhou fama graças a uma espetacular vitória da Jaguar nas 24 horas de Le Mans de 1955. Acabou virando item de série nos carros de rua nos anos 60.

Década de 70
Cai o mito de que “carro bom é aquele que não amassa”. A estrutura deformável, que amortece as colisões, passa a ser obrigatória na Fórmula 1 em 1973. Os carros de rua adotam isso instantaneamente.

O pneu radial apareceu no começo do século, mas foi abandonado por ser “muito duro”. Mais tarde, na década de 50, ressurgiu na Fórmula 1, justamente porque eramais rígido e seguro que os pneus tradicionais. Só no final dos anos 70 começou a predominar entre os carros de passeio.

Década de 90
Usado na Fórmula 1 nos anos 70 e 80, o alumínio passa a ser empregado na carroceria de carros da linha Audi e em modelos esportivos como o Plymouth Prowler. Mais leve, permite bom desempenho e economia de combustível.

O câmbio semi-automático, controlado por alavancas atrás do volante, faz sucesso na Ferrari, em 1992. Hoje, já pode ser encontrado em carros de passeio como Porsche, Alfa Romeo e na própria Ferrari.

O motor multiválvulas, usado na Fórmula 1 desde os anos 50, vira símbolo de potência e tecnologia. Ganha as ruas européias no começo da década de 90 e chega ao Brasil em 1994, com o Tempra 16 V. Hoje, equipa até os carros 1.0.

Em 1997, a Federação Internacional de Automobilismo torna obrigatória na F-1 a “caixa-preta”, para que se possa saber as causas dos acidentes. Carros de rua, como Buick e Corvette, já têm o sistema.

O PÁRA-BRISA INTELIGENTE terá uma área onde serão projetados os instrumentos do painel, evitando que o motorista desvie o olhar para baixo, como acontece hoje. Além disso, um sistema de visão noturna permitirá enxergar mais com menos luz. Já está em testes no Cadillac.

O VIDEOGAME vai acabar com a choradeira das crianças nas viagens mais longas. Os carros sairão de fábrica com telas instaladas na parte de trás dos encostos de cabeça e plugues para joystick e fones de ouvido. Por essas mesmas telas será possível assistir TV, utilizar programas em CD-ROM ou acessar a Internet.

OS BOTÕES são coisa do passado. Sistemas que respondem a comandos de voz do motorista já existem e estão sendo aprimorados. O da Visteon é capaz de reconhecer quatro sotaques diferentes em inglês. Pode-se acionar ar-condicionado, porta-malas, luzes e som. Para mudar de emissora, basta chamar o rádio e dizer o nome da estação.

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