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Quais são os fatores que devem ser considerados para se identificar um motor moderno?

Acertou quem respondeu que o principal fator é a incorporação de tecnologias de última geração, com larga utilização da eletrônica.

O sistema de alimentação de combustível com gerenciamento eletrônico, que substituiu o carburador, é o exemplo mais conhecido pela grande maioria dos consumidores.
Não há como negar que a injeção eletrônica resultou, de um lado, em melhorias para o usuário e, de outro, em benefício para a preservação do meio ambiente.

Na esteira deste processo de modernização surgiram outros que ampliaram ainda mais o uso da chamada “eletrônica embarcada” – para citar alguns deles vale lembrar o freio ABS, os amortecedores controlados eletronicamente e o air bag.

Fica claro, portanto, que a evolução do motor ao longo da história do automóvel foi significativa. Afinal de contas, quem, nos anos 20, poderia imaginar que um dia o motorista teria à sua disposição o “piloto automático”, equipamento que antes de chegar ao carro passou pelo avião e tornou-se mundialmente conhecido? Esta evolução, entretanto – e que também fique bem claro –, diz respeito a projetos de construção do motor, e não a conceitos.

No caso, entenda-se por conceito as peças mecânicas básicas que fazem o motor funcionar e que levam um automóvel andar para frente e para trás. Neste sentido, a criatividade da engenharia automotiva deixou a desejar durante todas essas décadas.

Os componentes que integravam o propulsor de um modelo dos anos 20 ainda são os mesmos do veículo do novo século. As razões para isso são várias, mas com certeza o fator custo encabeça a lista. Entretanto, antes de explicar o pouco que o motor mudou em termos de conceito, é necessário enumerar quais são as suas peças mecânicas e como elas funcionam interligadas.

Todo motor de combustão interna possui um ou vários cilindros mecanizados que trabalham dentro de uma grande peça básica, construída em ferro fundido ou liga leve, denominada bloco.

No interior do cilindros deslizam, no sentido para cima/para baixo, êmbolos de alumínios – são os pistões. Eles são unidos por meio de barras de conexão, chamadas bielas, a um mecanismo de biela-manivela, denominado virabrequim.A parte superior dos cilindros é fechada pelo cabeçote, peça robusta que contém uma câmara de explosão em cada cilindro.

No interior de cada câmara de explosão encontram-se as válvulas de admissão, que permitem a passagem da mistura ar-combustível até os pistões, e as válvulas de escape, que liberam a saída dos gases provenientes da combustão, uma vez concluído cada ciclo do motor. A parte inferior do bloco é fechada pelo cárter.

A potência é gerada a partir da queima da mistura ar-combustível nos cilindros, cuja combustão provoca uma forte expansão dos gases que empurra os pistões para baixo.

As bielas transmitem este movimento retilíneo alternativamente ao virabrequim, resultando em um segundo movimento, desta vez giratório, capaz de impulsionar o veículo.

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