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Tentando entender o mercado- Parte 2

 No nosso artigo anterior intitulado “Tentando Entender o Mercado”, levantamos a questão das dificuldades do reparador independente em manter-se no mercado.

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Tentamos passar algumas informações importantes para que o nosso amigo reparador fique de olhos bem abertos e observe os movimentos dos concessionários.

Naquele artigo, falamos da maior participação dos funcionários da rede concessionária nos exames da ASE, falamos também nas eventuais baixas dos preços de serviços de reposição de peças realizados pelas concessionárias.

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Entretanto, há alguns fatores que favorecem o setor independente: o primeiro deles é a baixíssima escolaridade dos profissionais das concessionárias.

Se por um lado os concessionários investem pesadamente em treinamento, por outro eles encontram sérios obstáculos na questão da assimilação de conhecimentos por parte de seus funcionários.

Na verdade, essas empresas vêm gastando dinheiro para oferecer formação básica aos seus profissionais, pois mais da metade não possuem se quer o 2º grau completo.

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E mais, além de não terem concluído o curso secundário, esses profissionais têm idades acima de 30 anos, o que para as concessionárias é um problema, pois um funcionário mais maduro é sempre mais resistente ao novo e as mudanças de procedimentos de trabalho.

Pesquisas mostram que as concessionárias também enfrentam problemas com a alta circulação de mão de obra, pois que poucos funcionários realmente criam raízes em suas empresas.

Veja-se, portanto, que se o mercado reparador apresenta-se difícil e muitas vezes desestimulante para o setor independente, esse mesmo mercado não é menos difícil aos olhos dos concessionários.

Ademais, o setor independente guarda larga margem de distância dos seus concorrentes concessionários, pois já está habituado a lidar com um mercado extremamente competitivo, não tem a menor dificuldade em mudar de conduta rapidamente para abocar filões de mercado.

O setor independente é formado de pequenas células que são as oficinas mecânicas.

Estas células são dotadas de iniciativa própria com a vantagem adicional de poderem corrigir suas atitudes de forma rápida quando o mercado assim lhes exigir.

Elas não são estruturas complexas e enormes como o são seus adversários concessionários (se assim podem ser chamados…), que por sua vez devem obediência a estruturas gigantescas que são os fabricantes e sistemistas, os detentores das bandeiras.

O mercado de reposição já começa a buscar no mercado independente os expoentes para firmarem parceria – as bandeiras de reposição: BOSCH, VISTEON, MARELLI, DELPHI, VARGA, LUK e outras – em busca de melhores soluções para o usuário e fortalecimento da marca no aftermarket. Mais uma porta se abre para a reparação independente.

Enfatizamos, entretanto, que o reparador independente não deva se esquecer que, para continuar na frente, jamais abandone o tripé escolaridade, conhecimento tecnológico e visão gerencial, sobre o qual falamos no nosso último artigo.

Também não se deve prescindir das certificações ASE, posto que o sucesso nos exames do mais respeitado órgão mundial de certificação e de distinção da mão de obra no setor de reparação automotiva, certamente trará maior entusiasmo ao reparador no exercício de suas funções; proporcionando com isso automotivação na busca de conhecimento formal, melhor espírito competitivo e, por último, uma visão gerencial mais aprimorada.

Seus clientes agradecem! O mercado também!
Reparos de qualidade = cliente satisfeito =>menor índice de quebra\melhor qualidade de vida e de trânsito.

Paulo Roberto Poydo e Marco Calixto – Synergy Consultoria e Treinamento Automotivo

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