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Como age o óleo lubrificante no motor de seu veículo

Parte essencial dos cuidados necessários para estender a vida útil do automóvel é ficar atento ao estado de conservação de seus componentes básicos, procurando, sempre, entender como os produtos certos atuam e asseguram o funcionamento pleno do motor e dos sistemas hidráulicos e elétricos, por exemplo.

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Nesse sentido, vale lembrar que a troca de óleo regular é um dos procedimentos mais importantes para garantir o desempenho do veículo, uma vez que a lubrificação adequada atenua o atrito entre as peças dentro do motor.

Seguindo sempre as recomendações do fabricante do veículo na hora da troca, é preciso observar, principalmente, a viscosidade SAE e o desempenho API, ACEA ou ILSAC do produto. De acordo com Marcelo Beltran, Gerente de Produtos da Total Lubrificantes do Brasil, a viscosidade do lubrificante pode ser identificada na embalagem do produto e normalmente é representada da seguinte forma: 0W-20, 5W-30, 10W-40, 20W-50, etc.

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Estes números correspondem à viscosidade de produtos automotivos tanto na partida (com o W) quanto na temperatura de regime de trabalho do motor (sem o W), conforme regulamentado pela SAE – Sociedade dos Engenheiros Automotivos.

Pesquisas apontam que 75% do desgaste do motor ocorre no momento da partida, em função dos poucos segundos que o motor trabalha a seco, sendo assim, é essencial que o lubrificante flua o mais rápido possível, para lubrificar o motor. Justamente por isto, é de grande importância utilizar produtos com viscosidade menor no momento da partida. “O óleo tem tendência a perder viscosidade com o calor, o que faz com que seja extremamente importante seguir as orientações recomendadas pela montadora. Quanto maior a numeração, mais viscoso é o óleo, e consequentemente, maior será a resistência à fluidez”, explica.

O motorista também deve considerar as especificações API (USA), ACEA (Europa) ou ILSAC (Ásia) do lubrificante utilizado, uma vez que a escolha de um produto impróprio pode impactar diretamente em seu desempenho junto aos demais aditivos que fazem parte da formulação do produto.

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“Os aditivos avulsos, que são comercializados no mercado, não são recomendados pelos fabricantes, pois todos os lubrificantes de boa qualidade são formulados com a quantidade de aditivos necessária para que o produto desempenhe perfeitamente a sua função. O uso de aditivos avulsos pode desbalancear a formulação do óleo, ocasionando fuligem, aumento do consumo de combustível e de contaminação do ar, e em casos extremos, lubrificação ineficiente do motor”, ressalta Beltran.

É importante lembrar que, durante o uso do veículo é normal que o nível do lubrificante diminua com o tempo, pois no momento da lubrificação do pistão, um pequeno volume de óleo é “queimado”, juntamente com o combustível. Além disto, com a alta temperatura, ocorre uma perda por evaporação.

O motorista, no entanto, não precisa se preocupar quando o lubrificante fica preto, isso é sinal de que está cumprindo corretamente a sua função, que é a de remover as impurezas do motor e deixá-las “dispersas” no lubrificante até o momento da troca. “De modo geral, podemos dizer que a coloração preta do lubrificante informa que o produto está sujo.

É extremamente importante que a sujeira esteja no óleo ou no filtro e não na parede do carter ou canais do motor, para que não venha a causar problemas de funcionamento. Isto é sinal de que os aditivos detergente e dispersante estão realizando a sua função. O óleo deve reter as impurezas até o momento da troca, onde a sujeira flui com o óleo para fora do motor, deixando-o limpo e trabalhando de modo eficaz”, finaliza.

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE ÓLEOS SINTÉTICOS E SEMISSINTÉTICOS? Aproximadamente 8% dos lubrificantes automotivos e industriais são 100% sintéticos, ou seja, elaborados com óleos básicos dos Grupos III, IV, V e/ou VI.

O mercado de Lubrificante sintético vem se expandindo a cada dia e continuará crescendo de forma constante, mas lentamente em função do custo. Estima-se algo em torno de 0,3% ao ano no market share global de lubrificantes. Os equipamentos e veículos modernos exigem performance cada vez melhores, que são alcançadas apenas com este tipo de produto.

Já o Lubrificante semissintético nada mais é do que uma mistura de óleos básicos minerais (Grupo I e II) com óleos básicos sintéticos (Grupo III, IV, V e/ou VI). Obviamente o óleo sintético é mais caro, devido aos custos de produção, mas também de melhor performance em inúmeros aspectos. Por Lei, deve-se incorporar na mistura (blend) pelo menos 10% de óleo sintético, e na prática, a composição normalmente não passa de 30% de óleo sintético.

Portanto, podemos dizer que o óleo semissintético é uma ótima relação custo x benefício, com custo e desempenho intermediário.

É bom lembrar que devemos seguir sempre a recomendação do Manual do Proprietário antes de tomar uma decisão de compra.

Glossário:

– API: Instituto Americano de Petróleo

– ACEA: Associação dos Construtores Automotivos Europeus

– SAE: Sociedade dos Engenheiros Automotivos

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