quinta-feira, 25 abril , 2024
28 C
Recife

Queda nas vendas para montadoras e nas exportações derruba setor de pneus em 2015

A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), que representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, divulga hoje o balanço setorial do ano de 2015.

- Publicidade -

Em unidades de pneus – O setor apresentou queda de -1,2% nas vendas ao longo do ano em unidades de pneus. Mesmo com a alta de 9% nas vendas para o mercado de reposição, a forte redução nas vendas de pneus para as montadoras (-23,9%) e para o mercado externo (-1,7%) puxou o setor para o vermelho em 2015.

Em toneladas – Na avaliação por toneladas, que considera o peso por unidade de pneu vendido, o quadro é ainda pior. Neste parâmetro, o setor de pneus registrou queda de -7,6% no total das vendas, também em função do decréscimo das vendas para montadoras (-34,7%) e para exportação (-6,7%).

- Publicidade -

Equipamento original – Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a retração observada no setor automotivo foi de 26,6% nas unidades negociadas em 2015, o que ocasionou uma queda expressiva nas vendas de pneus para as montadoras, levando à retração de 23,9% de unidades de pneus comercializados em 2015, fortemente impactada pelo fraco desempenho das vendas de pneus de passeio (-22,4%) e de carga (-49,6%).

“O pneu de carga é um produto de alto valor agregado, cuja redução nas vendas impacta fortemente as receitas do setor”, avalia Alberto Mayer, Presidente da ANIP. O segmento de pneus de carga decresceu de 1,9 milhão de unidades vendidas em 2014 para 964 mil unidades em 2015.

Mercado de reposição – Em 2015, o mercado de reposição de pneus reduziu 3,7% em relação a 2014, saindo de uma demanda de 62,9 milhões de pneus em 2014 para 60,6 milhões em 2015. Contudo, em 2015, as vendas dos fabricantes nacionais para esse mesmo mercado cresceram 9%.

- Publicidade -

Segundo Mayer, a queda de -29,4% na importação de pneus no mesmo período, motivada pela variação cambial, abriu “espaço” para as vendas dos pneus nacionais no mercado de reposição.

“Contudo, a expectativa é de que o mercado de reposição caia no médio prazo, afetando ainda mais as receitas do setor. O consumidor tem optado por manter seu veículo, realizando manutenções que levam à troca de pneus. No entanto, essa substituição não é realizada todos os anos, o que impactará as vendas de reposição”, explica Mayer.

Exportações têm competitividade como “freio” – As exportações de pneus nacionais caíram -1,7% em 2015. Ainda assim, os fabricantes nacionais de pneus seguem contribuindo positivamente para a balança comercial do país, sobretudo devido à queda de -26,8% nas importações dos fabricantes nacionais durante o período, as quais representam 7,5% do total de pneus produzidos no país.

Em 2015, a balança comercial dos fabricantes nacionais de pneus obteve um superávit de U$S 743,49 milhões, com saldo de 6,99 milhões de unidades de pneus (exportações menos importações). “Há um esforço para se aumentar a exportação de pneus, porém ainda enfrentamos elevados custos operacionais e tributários no país, que acabam limitando a competitividade do produto no exterior”, destaca Mayer.

Segundo o Presidente da ANIP, a indústria nacional de pneus é pouco beneficiada com a desvalorização cambial, uma vez que grande parte dos insumos utilizados na produção dos pneus no Brasil é importada. “O país não é autossuficiente em borracha natural, por exemplo, por isso é necessário importar, e ainda há uma tributação elevada sobre insumos estratégicos que não estão disponíveis no mercado nacional, comprometendo negativamente a competitividade do setor e, consequentemente, do produto nacional”, pontua.

Livro branco – A necessidade de adoção de políticas que aumentem a competitividade do setor de pneus levou a ANIP a apresentar propostas para alavancar o crescimento do setor, como questões fiscais e tributárias, desoneração do processo de logística reversa, melhor acesso a insumos essenciais para a produção de pneus, estímulos à exportação, implantação de margem de preferência para a indústria nacional nas compras públicas.

Essas propostas estão no Livro Branco da Indústria de Pneus, disponível no site da ANIP (www.anip.org.br).

Matérias relacionadas

Monte seu Fiat Pulse

Mais recentes

Menos combustível, mais Volvo!

Destaques Mecânica Online

Avaliação MecOn

TRW - Qualidade de topo para máxima segurança