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Morre Sergio Marchionne, ex-CEO da FCA

Atualizada em 25/07/2018 – Sergio Marchionne, ex-CEO da Fiat, morreu aos 66 anos, informou nesta quarta-feira (25) a companhia. O italiano estava internado em uma clínica de Zurique, na Suíça.

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Marchionne deixou nos últimos dias o comando da FCA (conglomerado que inclui fabricantes como Fiat, Jeep, Ram, Dodge e Chrysler) e da Ferrari por motivos de saúde. O novo presidente da FCA é o britânico Mike Manley.

“Infelizmente, o que temíamos aconteceu. Sergio Marchionne, homem e amigo, morreu”, afirmou John Elkann, membro da FCA.

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Com sério problema de saúde, Sergio Marchionne deixa FCA
21/07/2018 – 18:06

A Fiat Chrysler anunciou de maneira urgente, neste sábado, 21/07/2018, a renúncia repentina do CEO Sergio Marchionne, que está deixando o cargo devido a complicações de uma cirurgia que foi realizada no decorrer da semana.

Ele será substituído pelo ex-chefe das marcas Ram e Jeep da FCA, Mike Manley.

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A empresa disse em comunicado que “complicações inesperadas surgiram enquanto Marchionne estava se recuperando de uma cirurgia e que elas pioraram significativamente nas últimas horas”.

“Como conseqüência, Marchionne não poderá voltar ao trabalho”, disse o comunicado.

Marchionne é uma lenda da indústria automotiva, e é amplamente creditado por resgatar a Chrysler depois que a crise financeira deixou as empresas de automóveis americanas em situação crítica.

Conhecido por registrar longas horas no trabalho, ele raramente usa um terno e é visto frequentemente em blusas pretas que se tornaram sua marca registrada.

Marchionne, de 66 anos, também deixará seus cargos como presidente e diretor executivo da Ferrari, que foi desmembrada da FCA há vários anos. A montadora de luxo disse que Louis Camilleri, membro do conselho da Ferrari e presidente da Philip Morris International Inc., se tornará CEO.

John Elkann, membro da família Agnelli que fundou a Fiat em 1899, será o presidente da Ferrari.

Elkann divulgou um comunicado dizendo que estava “profundamente entristecido” com as notícias sobre os problemas de saúde de Marchionne.

“Ao longo dos últimos 14 anos juntos vivemos sucessos e dificuldades, crises internas e externas, mas também momentos únicos e irrepetíveis, tanto pessoais como profissionais”, disse Elkann, presidente da Exor, que detém uma grande participação na FCA.

Quando a Chrysler emergiu da falência em 2009, havia sérias dúvidas de que a montadora poderia ser salva. O governo Obama estava em processo de resgatar a rival General Motors, mas estava debatendo se deveria deixar a Chrysler morrer.

A equipe de Obama acabou decidindo resgatar a Chrysler para evitar outro choque para a economia – e para os fornecedores da Chrysler – mais por causa de qualquer fé real na viabilidade da montadora a longo prazo.

Marchionne foi o CEO da Fiat quando ele retirou a Chrysler da falência em 2009. Ele reconstruiu a empresa em uma montadora global lucrativa e livre de dívidas.

A Chrysler se fundiu totalmente com a Fiat há cerca de quatro anos.

No ano passado, a companhia combinada vendeu 2 milhões de veículos nos Estados Unidos, mais que o dobro de suas vendas nos dias sombrios de 2009. Globalmente, a FCA vendeu 4,7 milhões de carros no ano passado.

Mas mesmo com seu sucesso atual, a FCA ainda tem alguns grandes problemas.

Por um lado, é muito pequeno no que diz respeito às montadoras, e as economias de escala são críticas quando se trata de construir carros. A Fiat Chrysler está na terceira colocação em vendas nos EUA e oitava em todo o mundo.

É por isso que a Marchionne procurava um potencial comprador para a Fiat Chrysler durante a maior parte dos últimos dez anos.

Mais recentemente, Marchionne expressou otimismo sobre o futuro da FCA.

Ele pretendia deixar o cargo de CEO em abril do ano que vem e apresentou um plano para que a FCA se tornasse a montadora mais lucrativa dos Estados Unidos nos próximos cinco anos.

“Eu me tornei irrelevante em tudo isso”, brincou ele durante uma reunião com investidores na Itália no mês passado.

“Condições pioradas” Pouco depois das 18h00, a FCA divulgou um comunicado explicando as razões da mudança. “A FCA comunica com profunda tristeza que esta semana surgiram complicações inesperadas durante a convalescença pós-operatória do Dr. Marchionne, que teve uma grave piora nas últimas horas. Por estas razões, o Dr. Marchionne não poderá retomar seu trabalho. O conselho da FCA se reuniu hoje, expressando pela primeira vez a sua proximidade com Sergio Marchionne e sua família enfatizando o ser humano extraordinário e a contribuição profissional que ele deu para a companhia ao longo dos anos”. De acordo com rumores publicados no início de julho, Marchionne se encontra em uma clínica na Suíça, onde passou por uma cirurgia no ombro direito.

Tópicos principais de Marchionne à frente da FCA:
2005 – Fiat negocia o fim da parceria o direito de compra da GM sobre a marca italiana. Em troca, empresa americana paga US$ 2 bilhões
2009 – A Fiat acerta a compra da Chrysler com o governo americano. Marchionne é nomeado CEO
2011 – Dois anos depois, a Fiat assume finalmente o controle majoritário da Chrysler e suas marcas, Jeep, Dodge e Ram. Neste ano surge o primeiro veículo criado pelo grupo, o Fiat Freemont
2014 – É criado o Grupo FCA, com sede legal na Holanda
2015 – A Ferrari se separa da FCA, mas Marchionne é escolhido presidente da fabricante de carros esportivos
2015 – Marchionne tenta um acordo de fusão com a GM, que rejeita a proposta
2015 – Marchionne participa da inauguração da fábrica da FCA em Pernambuco
2017 – Dois anos depois da negativa da GM, o grupo tenta, sem sucesso, uma fusão com a Volkswagen
2018 – Executivo rejeita vender a Jeep após especulações
2018 – Em março, Marchionne vem ao Brasil, e visita a fábrica da FCA em Goiana (PE).

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