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Injeção eletrônica. Uni-duni-te, qual sistema escolher?

Muito se falou nas últimas semanas sobre os incêndios no Novo Onix com motor turbo e a resposta da Chevrolet para este incidente foi uma reprogramação no sistema de injeção do novo carro, correção essa que está sendo feita de maneira rápida e organizada para minimizar a insatisfação dos novos clientes e manter a boa expectativa sobre o novo produto. Mas você sabe realmente o que é a injeção eletrônica? E quais as diferenças entre elas?

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O sistema de injeção é uma necessidade na indústria automotiva por conta das rigorosas normas de controle de emissão de poluentes, é um projeto antigo no mundo, data da década de 1950, mas popularizou-se no Brasil por volta de meados dos anos 1990.

De lá pra cá muito evoluiu, deixando se ser monoponto para se tornar multiponto, deixando de ser banco a banco para ser tornar sequencial, melhorando assim a eficiência na emissão de poluentes e no consumo de combustível, além de vários outros artifícios que foram implantados. Mas falamos um pouco da história, mas o que é uma injeção eletrônica?

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Trata-se de um sistema fechado de combustível, sem interferências externas, que fornece para o motor a quantidade exata de combustível na hora certa para extrair a melhor performance na situação solicitada pelo motorista.

Para que isso aconteça, um módulo eletrônico precisa receber informações da forma de operação do veículo e dados atmosféricos, isso mesmo, atmosféricos como temperatura, pressão e umidade do ar, por exemplo.

De posse dessas informações o computador (módulo eletrônico) controla a quantidade de combustível através do tempo de abertura dos bicos injetores. E essa injeção de combustível no motor, pode ser feita de três maneiras atualmente: Injeção Multiponto ou convencional, Injeção direta ou injeção estratificada.

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A injeção convencional utiliza bicos de baixa pressão que misturam o combustível ao ar antes que este entre no cilindro, utilizam baixa pressão, por volta de 6,5 bar e que apesar de terem evoluindo bastante ao logos dos anos, ainda não conseguem vaporizar, de forma satisfatória, o combustível deixando essa missão para a temperatura da câmara de combustão.

Esse é o sistema utilizado pelo Onix, e que dependendo da qualidade do combustível, esse pode não resistir as altas temperaturas provocada pela compressão do motor, ainda mais o turbo, e “explodir” antes do momento exato, quebrando o bloco e consequentemente o incêndio.

Este tipo de sistema é testado, confiável e barato, mas demonstra-se ineficiente no nível atual de pressão dos motores.

A injeção direta, por sua vez, deposita o combustível diretamente na câmara de combustão fazendo com que a mistura com o ar aconteça no final do tempo de admissão. Esse sistema utiliza uma pressão muito superior aos suportados pelos bicos do sistema convencional, consegue pulverizar melhor o combustível, melhorando a eficiência da queima, mas ainda correm o risco de uma pré-ignição pois a pressão e consequentemente a temperatura provocadas pela compressão acontecem com o combustível dentro do cilindro.

Por fim, temos a injeção estratificada. Que trabalha bem parecido com a injeção direta, porém só injeta o combustível no final do tempo de compressão, eliminado o risco de uma pré-ignição e pulverizando totalmente o combustível injetado, aumenta a eficiência do motor e diminuindo a emissão de poluentes.

Porém por trabalhar com pressões muito elevadas, acima de 120 bar, torna-se caro para os nossos projetos mais populares. Mas se esse fosse o sistema escolhido pela GM, muito provavelmente não estaríamos falando em Onix pegando fogo nas últimas semanas.

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