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8 fatos sobre pneus de avião que você provavelmente não sabia

Os pneus são essenciais para a segurança de todos os veículos, e aviões não são exceção.

Para mostrar como eles tornam sua viagem de avião ainda mais segura, a ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) traz oito curiosidades sobre eles.

Confira:

• Feitos para frio e calor extremos

Enquanto o avião está no ar, a temperatura exterior varia entre -55°C e -65°C. No entanto, no momento do pouso, os pneus têm que suportar cerca de 80°C.

Se a temperatura dos pneus atingir níveis superiores a 170°C, fusíveis térmicos são acionados e murcham os pneus para evitar danos ao conjunto de freio e eventual estouro do pneu.

• E também para altas velocidades e MUITA carga

Aeronaves comerciais menores pesam em torno de 20 a 50 toneladas e as maiores entre 300 e 450 toneladas, já considerando passageiros, tripulação e carga.

Tanto na decolagem quanto no pouso, os pneus aguentam tudo a cerca de 250 km/h, velocidade semelhante à média de um carro de Fórmula 1. E, quando o avião pousa, ainda amortecem o impacto e suportam a desaceleração até uma velocidade próxima a 35 km/h em 20 segundos.

• Segura a pressão!

A pressão interna de um pneu de avião fica perto dos 230 PSI (libra-força por polegada), mas pode chegar a 800 PSI na hora do pouso devido ao calor dos freios e ao impacto com o solo. A título de comparação, pneus de carro normalmente são calibrados a 30 PSI.

• Não têm ar no interior

Ao contrário de pneus para carros, motos e outros veículos, os pneus de avião não podem ter oxigênio no seu interior. Isto porque o aumento súbito de temperatura poderia levar a explosões no momento do pouso.

Para evitar que isso aconteça, os pneus de avião são preenchidos com nitrogênio, que por ser um gás inerte, não inflamável, permite o pouso com segurança, mesmo nas raras ocasiões em que o superaquecimento dos freios possa afetar os pneus.

• Material natural e resistente

Enquanto pneus convencionais são normalmente feitos de borracha sintética, pneus de avião são feitos de borracha natural (látex). Isso acontece porque este material tem moléculas maiores e mais pesadas, o que lhe dá uma estrutura mais estável.

Portanto, é mais elástica, resistente ao atrito e não rompe facilmente. Os pneus são ainda reforçados por camadas de tecido e arames de aço.

• A direção certa

Por não precisarem gerar tração, pneus de avião têm uma banda de rodagem com sulcos longitudinais. Estes sulcos ajudam a direcionar a aeronave e também escoam a água, o que contribui para evitar a aquaplanagem quando a pista está molhada.

• Têm mais de uma vida

Devido à sua resistência, os pneus para aviões comerciais passam por aproximadamente 300 pousos antes que sejam recauchutados.

A recauchutagem consiste em aproveitar a estrutura do pneu e trocar apenas a banda de rodagem, o que ocorre diversas vezes, dependendo das condições de uso e desgaste.

• E quando já não podem mais ser usados?

Quando o pneu chega ao fim de sua vida útil, ele pode ter o destino ambientalmente correto.

Devido às suas características, ele recebe tratamento especial para que a borracha seja aproveitada como combustível alternativo em cimenteiras e também na produção de outros itens, como piso industrial e de quadras poliesportivas e asfalto-borracha, que exige menos manutenção e é mais seguro que o asfalto convencional.

• Compromisso com a redução do impacto sobre o meio-ambiente

A evolução da tecnologia dos pneus para aviões vai em direção à redução do impacto dos pneus no meio-ambiente, por meio do uso dos pneus radias que, por terem uma maior durabilidade, diminuem o consumo de pneus.

Além disso, por serem mais leves que os antigos pneus comuns, reduzem o consumo de combustível durante a operação do avião, trazendo economia de custos para empresa e menor emissão de poluentes para a natureza.

 

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