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Bactéria gera biofilme que protege metais da corrosão

Superfícies metálicas brilhantes sempre exerceram um forte fascínio no homem.

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Das jóias aos carrões, metais brilhantes têm um aspecto de beleza inconfundível. Mas a funcionalidade é, muitas vezes, o que realmente conta. O brilho pode ser apenas o aspecto externo de uma boa resistência à corrosão.

Mas tintas e outros revestimentos nem sempre são a opção perfeita: além de interferirem com usos mais específicos, eles adicionam um elemento de custo nada desprezível.

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Agora, pesquisadores da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, descobriram que diversos metais podem ser adequadamente protegidos utilizando-se nada além do que uma bactéria.

A equipe do Dr. Ersa Kus descobriu que, ao invés de ser um agente de corrosão – a exemplo da maioria da bactérias – a Shewanella oneidensis MR-1 protege os metais, além de dar um brilho de ótimo aspecto.

A MR-1 apresenta um comportamento inusitado, sendo capaz de incorporar metais em seu metabolismo, “inalando certos óxidos metálicos e compostos em uma forma, e exalando-os em outra,” explica o Dr. Kus.

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“Ela consegue se desenvolver em praticamente qualquer lugar e não causa doenças em humanos ou animais,” completa o cientista. O experimento feito é bastante simples. Pares de amostras de quatro metais – alumínio, zinco, aço e cobre – foram inseridos em recipientes com as mesmas condições físico-químicas.

Com a exceção de que um deles possuía a bactéria MR-1, enquanto o outro era totalmente estéril, ou seja, sem nenhum organismo vivo.

A corrosão foi monitorada ao longo de uma semana, tanto visualmente, quanto pela medição da impedância das amostras – a resistência à condução de corrente alternada. Quando maior a corrosão, maior a impedância.

Os resultados não deixaram margens a dúvidas. Enquanto todas as amostras de controle apresentaram marcas visíveis de corrosão, as placas metálicas que receberam a cobertura bacteriana estavam intactas.

Os melhores resultados foram apresentados pelo alumínio e pelo cobre. Em especial o cobre, cuja amostra recoberta pelas bactérias apresentou o mesmo resultado quando o metal é recoberto por um filme plástico protetor.

Agora os cientistas vão estudar a interface bactéria/metal em escala molecular, para entender exatamente como o processo funciona e porque ele difere de metal para metal.

Assim eles esperam produzir biofilmes de MR-1 – ou dos compostos ativos descobertos – que possam servir de proteção anticorrosiva para uso industrial.

Inovação Tecnológica – www.inovacaotecnologica.com.br

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