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Eficiência energética é a bola da vez

Por ser um dos temas mais relevantes da cadeia automotiva brasileira, o II Simpósio de Eficiência, Emissões e Combustíveis, que adotou “Os Antagonismos da Crise” como temática, promovido pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, foi sucesso de público e de conteúdo, elogiado por mais de 180 profissionais brasileiros e estrangeiros.

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A palestra “Status da Continuidade no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular – PBEV”, ministrada por Marcelo Borges, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), abriu o simpósio, para esclarecer que o programa foi criado para prestar informações úteis aos consumidores sobre o desempenho dos veículos leves, no que diz respeito à eficiência energética, ao consumo de combustível e a emissões de gases poluentes e de efeito estufa, estimulando assim a competitividade e o processo de melhoria contínua da indústria.

“O foco é oferecer confiança e inovação. Por causa de sua solidez técnica, transparência e integração com as partes interessadas, o PBEV foi adotado pela sociedade como a principal referência e considerado um dos mais aperfeiçoados do mundo, atualmente um dos critérios para alcance das metas estabelecidas pelo Programa Inovar-Auto”, disse Borges.

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Na palestra “Melhoria da eficiência durante todo uso de aditivos de combustível”, Maxin Peretolchin, gerente técnico e de marketing da BSF, informou como a empresa desenvolveu profundo conhecimento em testes confiáveis que demostram a eficiência dos aditivos para redução do consumo de combustível e, consequentemente, da emissão de CO2.

A contribuição positiva de aditivos de combustível para futuro sustentável foi confirmada por análise de ecoeficiência realizada pela empresa.

Após introduzir o dinamismo das legislações de emissões mundiais cada vez mais restritivas em função do aumento na poluição do ar e comentar sobre os desafios e falta de previsibilidade para se implementar novas legislações de emissões no Brasil, Angelo Alves, da Umicore Brasil, em apresentação “Tecnologia de controle de emissões disponíveis para atendimento ao PL7”, demostrou sobre a evolução dos catalisadores.

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“Para atender à demanda de limites de emissões mais restritos para os veículos, esperamos aumento da durabilidade, limites do material particulado e emissões evaporativas”, salientou Alves.

A apresentação “Aumento do percentual do Biodiesel”, por Vicente Pimenta, da ABIOVE – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, abordou sobre o incremento e melhorias do biodiesel na matriz energética nacional.

Na oportunidade, Pimenta sugeriu alguns pontos de verificação com base na experiência já adquirida no cenário brasileiro, como a qualidade da mistura, boas práticas para eliminar a maioria dos problemas, o biodiesel menos volátil que o Diesel, ou seja, causa menor evaporação e maior diluição do óleo lubrificante e ainda a incompatibilidade de materiais como cobre, zinco, chumbo e sódio.

O engenheiro sênior de aplicações da Cummins Latin America, Eidy Arima, informou ao público presente em palestra “Nova tecnologia e implementação em caminhões compatíveis com o Proconve P7” como a fabricante de motores tem focado suas ações para reduzir cada vez mais a emissão de CO2, ou seja, por meio da diminuição do consumo de combustível.

De acordo com ele, “a Cummins tem um plano de redução de 15,6 milhões de toneladas de CO2 entre 2014 e 2020 e o nosso objetivo é trabalhar em parceria com nossos clientes, com foco em produto que consome menos, com redução de custo operacional”.

A Cummins investe em funções eletrônicas e trabalho em conjunto do motor e transmissão para melhorar o consumo.

“Com pequenas modificações no hardware, conseguimos nivelar a qualidade dos motoristas que hoje operam o veículo, por exemplo. Estas funções que possibilitam a modulação dinâmica vêm para trazer melhores condições”, comentou Arima.

O ozônio é um poluente secundário formado na atmosfera por meio de reações químicas de outros poluentes sob condições meteorológicas específicas.

É um poluente que requer atenção por meio do controle dos seus precursores (COV). O trabalho apresentado “Controle de Abastecimento de Combustíveis: um Caminho para a Mitigação do Ozônio”, por Marcelo Bales, da Cetesb, abordou sobre a estimativa de emissão de vapor de combustível durante o abastecimento e a necessidade de quantificar essas emissões utilizando-se de parâmetros nacionais.

A Cetesb também marcou novamente presença em palestra “Aprimoramento no processo de homologação de veículos leves”, ministrada por Rui Abrantes.

Na oportunidade, Abrantes falou sobre os 30 anos do Proconve no País e o por quê do controle das emissões, incluindo a redução das taxas de mortalidade. Ainda segundo Abrantes, as próximas etapas do Proconve consistem na coleta maior de informações para desenhar o cenário futuro, a tendência de manter o que já foi construído, com os devidos procedimentos de avaliação, controle de material particulado para veículos com motores de ignição por centelha e mudança no cálculo do desconto do etanol.

Como consequência, ainda segundo Abrantes, “teremos maior durabilidade dos veículos. O combustível já atingiu índice de qualidade muito bom, assim como os veiculos que são globalizados; não vejo porque mantermos a durabilidade de 20 anos atrás.

Podemos avançar e devemos sim pensar numa durabilidade maior dos veículos”, enfatizou.

O trabalho “Sistema auxiliar sob demandas com controles preditivos”, apresentado por Goerges Glyniadakis, da AVL, mostrou como o mercado europeu lida com alguns desses desafios e oportunidades relacionados ao gerenciamento energético, levando em consideração a eletrificação de sistemas e aplicação de tecnologia hibridas que permitiram o aumento da integração e do rendimento entre o trem de força e o veículo para o salto em direção de eficiência energética.

Por fim, Daniel Bassoli, da SGS e também conselheiro da AEA, falou sobre “Inspeção Veicular no Mundo”, sua importância nas estatísticas de mortes e feridos causados pela falta de manutenção dos veículos automotores, assim como na emissão de poluentes.

“Mortes em acidentes de trânsito, por falta de manutenção veicular, podem chegar a quinta causa mortis em 2030”, afirmou Bassoli, quem mostrou como modelo-exemplo de inspeção técnica veicular o programa de Santiago, do Chile.

O II Simpósio de Eficiência Energética, Emissões e Combustíveis teve no encerramento a avaliação de Renato Linke, coordenador do evento, para quem “por conta das atuais exigências de legislação e de programas governamentais, o tema ganhou relevância extraordinária. Daí a qualidade técnica de todas as palestras do simpósio”.

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