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IPI menor pode abrir espaço para reforma tributária

As vendas nas concessionárias em fevereiro cresceram apenas 2,2% em relação a janeiro, mas o primeiro bimestre deste ano foi fraco, com queda de 24,4% sobre o mesmo período de 2021.

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O ritmo de vendas diárias no mês passado permaneceu baixo, apenas 6.500 unidades.

A tendência era de recuperação, mas as notícias de redução das alíquotas do IPI na última semana de fevereiro levaram ao adiamento das decisões de compra.

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Este mês o mercado começou a reagir. De 1º a 7 de março foram comercializadas em média 8.700 unidades/dia. Se subir para o nível de 10.000/dia neste e nos próximos meses, 2022 será um ano bastante razoável.

Anfavea indica que há dois movimentos: um positivo (IPI menor) e outro negativo (invasão da Ucrânia pela Rússia). Há possibilidade de cerca de 80.000 veículos nos estoques das concessionárias serem refaturados para incluir o desconto do IPI.

A associação dos fabricantes afirma que os preços são livres e, portanto, cada empresa decidirá o grau de repasse do imposto menor. Em outros termos, pode ser integral, parcial ou nenhum.

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Mesmo que os carros não caiam de preço nominalmente, os aumentos talvez sigam em ritmo menor. Essa torna-se uma discussão sem grande sentido.

Em primeiro lugar porque, feitos os cálculos, a redução limita-se a percentuais bem baixos. Dependendo de como cada modelo se enquadra a partir de cilindrada, motor a gasolina, flex ou diesel, picape leve ou média, furgões e híbridos ou elétricos o impacto potencial no preço final varia de menos 1,4% a menos 4,1%.

O percentual maior só é aplicável em modelos mais caros que representam cerca de 2% do mercado.

Assim, fica difícil de saber o que realmente foi ou não repassado, mesmo parcialmente, em um cenário de persistentes aumentos de custos.

A Kia, por exemplo, divulgou uma nova tabela de preços com reduções de até 3,7%. Trata-se, porém, de uma importadora com outros custos envolvidos, como a variação do dólar.

A redução do IPI tem um aspecto positivo e importante. Trata-se de um raríssimo movimento de diminuição permanente, porém pequeno, da carga fiscal. No passado, houve corte não definitivo das alíquotas.

Os preços caiam, compradores antecipavam compras. Depois o imposto voltava a subir e o mercado afundava. Um movimento de vai-e-vem que se provou contraproducente para o planejamento e a geração firme de empregos.

O que se espera agora é o início de uma reforma tributária verdadeira e criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), existente em outros países. O sistema atual gera créditos tributários nas exportações que se acumulam sem serem restituídos.

ALTA RODA – RENAULT deu um passo importante para atualizar sua linha de produtos no Brasil.

Vai estrear a arquitetura CMF-B, a mesma do Clio hatch europeu. Trata-se de um SUV compacto em estágio avançado de desenvolvimento (projeto HJF para início de 2024) e não tem até agora um modelo correspondente na Europa.

Estreará também o motor 1-litro turbo flex, triclindro, que na Europa desenvolve 100 cv/16,3 kgf.m e inclui opção de câmbio automático CVT. Aqui potência e torque deverão ser até 20% maiores, em especial com etanol.

STELLANTIS acredita que o mercado brasileiro de veículos deverá crescer este ano, apesar do começo de ano difícil.

Antonio Filosa, presidente do grupo na América do Sul, planeja 16 novos modelos e 28 reestilizações na região até 2025, inclusive mais uma marca importada do grupo.

Haverá ainda sete elétricos e híbridos plugáveis, começando pelo Compass 4xe S importado da Itália (240 cv). Um híbrido leve será fabricado em Betim (MG) com motor flex.

Picape média Ram (monobloco, como a Toro, porém maior) está nos planos para produção local na faixa de Hilux, S10, Ranger, Frontier, L200 Triton e Amarok.

PICAPE média de cabine dupla pode atender uma ampla gama de usuários.

A Ford enxergou públicos específicos ao oferecer a sexta opção entre os modelos com tração 4×4. Ranger FX4 custa (já com o repasse do novo IPI) R$ 288.990, o mesmo preço da versão XLT.

Foi identificado um perfil de comprador focado no fora de estrada, porém mais exigente em requinte e recursos. Como acessório há um snorkel na coluna dianteira direita (mais segurança em superação de alagados até 80 cm).

“Santantônio” novo, mais parrudo, tem pontos para amarração de equipamentos. Na caçamba é possível incluir caixas organizadoras com chave e volume de 42 litros cada.

NOVA estratégia mundial da VW, batizada de Accelerate, enfatiza a digitalização de processos produtivos e dos veículos, além de ampliação da meta para vender 70% de modelos 100% elétricos na Europa (antes previa 35%), 50% na China e nos EUA até 2030.

Também pretende impulsionar a condução autônoma a partir de 2026, começando no nível 2,5 até chegar ao nível 4 (avançado). Para isso construirá uma fábrica inteiramente nova em Wolfsburg (projeto Trinity).

Exigirá investimento de 2 bilhões de euros (R$ 11 bilhões), simplificando sua gama de modelos e versões.


www.fernandocalmon.com.br

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