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Robôs ganham espaço no mundo do trabalho e do lazer

Quem nunca sonhou em ter uma empregada como Rosie, a andróide do desenho animado “Os Jetsons”, que exerce todas as funções com extrema rapidez e precisão? Ou amigos como o R2D2 e o C3PO, da trilogia cinematográfica “Guerra nas Estrelas”, que entre seus afazeres consertam naves espaciais e já ajudaram a salvar o Universo várias vezes? Mais do que simples personagens de ficção, Rosie, R2D2 e C3PO representam um dos sonhos de milhões de seres humanos: o de que a tecnologia nos livrará de toda a tarefa árdua, braçal e repetitiva.

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Mas não pense que você precisará morar em uma estação orbital como os Jetsons ou viver guerreando entre um planeta e outro em naves hipersônicas para poder conviver com um robô. Eles estão muito mais perto de nós do que pensamos. Em carne e osso, ou melhor, em metal e circuitos eletrônicos.

Alguns são tão simples e comuns que nem prestamos mais atenção: já parou para pensar por que a secretária eletrônica tem esse nome? E o caixa eletrônico? São dois profissionais que se tornaram eletrônicos ou duas máquinas que substituíram a parte repetitiva e braçal das duas profissões?

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Os robôs mais complexos exigem milhares de reais em investimento e ficam mais distantes do nosso dia-a-dia, normalmente nas fábricas.

No Grupo Fiat, a Comau é a empresa que cuida da manutenção, instalação, programação e modificação de diversos tipos de robôs industriais. São 173 robôs atuando no Brasil graças à Comau, 62 dentro do Grupo Fiat.

Cada um tem suas características diferentes em função do que executam, mas algo os torna iguais – a rapidez dos movimentos e a precisão com que fazem as tarefas deixam qualquer ser humano perplexo.

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Os robôs instalados nas linhas de montagem de automóveis em geral medem, em média, dois metros de comprimento, pesam até 2.500 quilos e possuem uma média de sete eixos independentes.

Com esse tipo de eixo, cada parte de seu corpo possui motor próprio, comando autônomo e função específica. Alguns cumprem a tarefa estacionados, outros se movimentam. O raio de ação que podem alcançar, chegando até 3 metros, é outro fator que mostra a capacidade desses robôs.

São sempre multifuncionais: soldam peças, manipulam e transportam diferentes materiais dos mais variados tamanhos, apertam parafusos, pintam a lataria com jato de tinta, realizam a medição exata de diversas peças e exercem a aplicação de vários itens, como o farol no veículo.

“Tudo depende do que o cliente quer obter com o uso do robô. A máquina é adaptável. Trocando peças, conseguimos obter utilizações diferenciadas no mesmo robô”, afirma Kewler Batista, um dos robotistas que compõem a equipe da Comau.

O processo de robotização da Comau vem ganhando força desde 2000, quando ocorreu a criação da equipe de especialistas de manutenção em robótica. Não é à toa que o grande cliente da Comau é a indústria automobilística. Dados mostram que 90% dos robôs existentes no mundo são braços mecânicos usados nas montadoras. Porém, um relatório das Nações Unidas, publicado em outubro de 1999, prevê que nos próximos 15 anos os robôs domésticos estarão integrados ao nosso cotidiano, sendo tão comuns quanto microcomputadores e celulares. É esperar para ver…

Robô
A palavra robô tem origem na palavra tcheca robota, que significa servo. O termo robô foi utilizado pela primeira vez em 1923. Nessa época a idéia de um homem mecânico era ainda vaga, presente apenas em algumas obras de ficção.

Dentro de casa
O robô mordomo R-100 ou Tsumk, da empresa japonesa NEC, mede apenas 44 centímetros, mas obedece a comandos de voz, reconhece membros da família e realiza tarefas simples.Seu maior mérito são as lentes infravermelhas, que podem ligar uma TV, trocar de canal e até operar um computador.
Tsumk é o mais perto que a robótica chegou de Rosie, a robô dos Jetsons. Medindo 1,40 metro e pesando 98 quilos, ele desliza sobre rodas. Tsumk custa US$ 45 mil.

Cães e gatos
Aibo é o famoso cãozinho-robô criado pela Sony. Ele consegue imitar com perfeição o comportamento de um cachorro de estimação: caminha utilizando as quatro patas com precisão e expressa emoções, podendo mudar seu comportamento de acordo com o convívio com as pessoas.
O furor causado pelo cão-robô fez nascer o gato Tama, criado pela Panasonic e voltado para o público idoso. O robô-gato possui um repertório de frases pré-gravadas e faz careta de satisfação ou insatisfação.

Isaac Asimov
O escritor russo-americano Isaac Asimov criou em seu livro “Eu Robô”, publicado no Brasil em 1969, pela editora Expressão e Cultura, as três leis da robótica que se tornaram muito conhecidas.
1- Um robô não pode ferir um ser humano, ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2- Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a primeira lei.
3- Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira e a segunda leis.
O livro está fora de catálogo, mas pode ser encontrado em bibliotecas de maior porte.

Revista Mundo Fiat

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