Não se sabe ao certo a partir de que momento os automóveis passaram a incorporar o limpador de para-brisa.
No início, o equipamento era acionado manualmente, por meio de uma pequena manivela instalada ao lado ou à frente do motorista.
Com a evolução, o equipamento passou a ser impulsionado por ar comprimido e, mais adiante, por motor elétrico.
A indústria automobilística já fez várias tentativas para eliminar o limpador de para-brisa, mas sempre esbarrou em problemas que inviabilizaram os projetos em razão de custos ou de falta de espaço.
Um exemplo ocorreu nos Estados Unidos, onde foi desenvolvido um compressor que emitia uma cortina de ar no vidro. O sistema funcionou satisfatoriamente, mas por outro lado o compressor ocupava muito espaço no compartimento do motor.
Os fabricantes de limpadores de para-brisa defendem que o componente é uma peça viva, que precisa se movimentar constantemente. Por isso, recomendam aos motoristas esguichar água no vidro, diariamente, nos períodos de longa estiagem, como forma de prolongar a vida útil das palhetas, além de lubrificar a parte mecânica do equipamento.
No Brasil, os usuários de veículos trocam as palhetas a cada quatro anos, em média. Na Europa, a substituição é feita anualmente.
Para enfrentar a chuva com maior segurança, outros componentes, além do limpador do para-brisa, também merecem manutenção correta.
Se em pista seca, por exemplo, o alinhamento das rodas, os amortecedores e o sistema de freio em boas condições evitam a perda de direção do veículo, sob chuva o comportamento dinâmico do carro se torna imprescindível.
A importância dos pneus em pistas encharcadas pode ser comprovada em casos de aquaplanagem. Devido ao acúmulo de água sobre a pista, forma-se uma película entre a roda e o asfalto, fazendo com que o pneu perca, momentaneamente, o contato com o piso, provocando o descontrole do veículo.
Pneus lisos ou de meia-vida tendem a aumentar os efeitos da aquaplanagem, devido à quase ausência dos sulcos que servem para escoar a água na banda de rodagem.