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Motocicletas: consumidor quer acelerar, mas economia está freando

Adaptar-se ao novo cenário econômico e trabalhar dentro da realidade é a estratégia que será adotada pela Assohonda – Associação Brasileira de Distribuidores Honda – e sua rede de concessionárias para aquecer o mercado e manter vendas num nível aceitável em 2015.

O cenário de retração no setor de duas rodas vem se intensificando desde 2012, porém 2014 foi um dos piores anos para o segmento. Segundo Fernando Medeiros, diretor executivo da Assohonda, no ano passado foram emplacadas no Brasil cerca de 1.430.000 motocicletas, uma queda significativa se comparada aos 1.515.687 emplacamentos registrados em 2013.

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De certa forma, esta queda já era esperada, pois não houve um fato novo que estimulasse os bancos a liberar crédito – e a falta de crédito estava sendo um dos principais fatores de retração no segmento. Para ter uma ideia, cerca de 80% das motos são compradas pelo financiamento bancário. Aliados a esse fator, ainda tivemos a Copa do Mundo e as eleições, eventos que, historicamente tornam o ano pouco propenso a investimentos.

As expectativas de vendas de motocicleta para 2015 também não são otimistas. Como já era previsto, há poucos dias atrás o governo anunciou medidas de contenção econômica que deixaram explicita a estratégia de diminuição do consumo, confirmando a previsão de que este ano não será fácil para o comércio em geral, inclusive o de motocicletas.

O cenário do segmento de duas rodas mudou. “Costumo dizer que esta é a nova realidade de mercado. Teremos que nos adaptar e saber lidar com este novo panorama”, declara Fernando Medeiros, diretor executivo da Assohonda.

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Baseada nesta visão e na missão de apoiar seus associados na gestão de suas lojas, a Assohonda inicia o ano cheia de energia para desenvolver estratégias e parcerias a fim de tentar driblar a crise financeira que assola todo o País.

“Com um mercado desaquecido, o comerciante precisa de uma operação mais eficiente, então, apoiamos nossa rede nisso. Conversamos com os bancos e as financeiras, em busca de novos players no mercado. Negociamos alguns pontos com o fabricante, como ajuste de margem de lucro e modelo para que o mercado fique mais atrativo”, explica o diretor executivo.

Vale destacar que a queda de vendas no setor não aconteceu especificamente pela falta de consumidores. A motocicleta tem espaço no mercado.

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Os principais fatores que levam os consumidores à aquisição deste bem são a facilidade de condução devido ao trânsito da maioria das cidades e o custo benefício, pois a moto é mais barata do que um automóvel e ainda consome muito menos combustível – sem falar no prazer que muitos têm de pilotar esse veículo.

Todos estes fatores vão fazer com que o consumidor queira acelerar para comprar sua moto, o que falta é a economia soltar o freio.

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