Por Gilles Grimberg – O ano de 2014 foi marcante para a indústria do diesel no Brasil. Uma mudança de legislação fez com que a mistura de Biodiesel ao combustível fosse aumentada gradativamente: desde 2010, o Brasil convivia com o B5 (5% de Biodiesel na mistura), passando, em julho do ano passado, para 6% e, em novembro, para 7%.
Embora seja favorável ao mercado de Biodiesel, com impacto na agricultura familiar e em outros setores, os novos patamares começam a mudar a lógica do setor de Diesel e criam o receio da queda da qualidade do combustível, mesmo com adequações de legislação.
A observação nos Boletins da Qualidade dos Combustíveis, produzidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostra mudança no principal tipo de inconformidade encontrada no Diesel. Entre julho e dezembro de 2013, o índice de inconformidade variou de 1,6% a 3,1%, sendo que o principal problema encontrado foi o “aspecto”.
No mesmo período de 2014, observa-se que o combustível esteve no mesmo patamar de qualidade (1,5% a 3% de inconformidades), contudo a principal causa de irregularidade foi o “teor de Biodiesel”.
O B7 oferece novo fôlego à cadeia produtiva, que, pela primeira vez desde sua implantação, superou os 3 bilhões de litros produzidos em 2014. Além disso, pesquisas mostram que a mistura reduz a emissões de gases na atmosfera, contribuindo para a redução da poluição e da qualidade do ar. Por outro lado, a qualidade do Diesel começa a se tornar um problema. Por ser um combustível orgânico, o Biodiesel acelera a deterioração do Diesel, exigindo mais dos motores e de todo o seu sistema, o que pode afetar o desempenho e a durabilidade das peças deste sistema;
De olho na qualidade do combustível, na manutenção da performance dos motores e de sua longevidade, é preciso pensar em soluções multifuncionais para a limpeza, proteção e conservação de todo o sistema de combustível e tanques de estocagem. Com o tratamento adequado, é possível fazer com que os veículos mantenham sua eficiência, eliminando os riscos de contaminação por micro-organismos e fungos e da oxidação do combustível – além de manter a lubricidade do combustível.
Por esse motivo, o Diesel ou até mesmo os veículos 100% Biodiesel necessitam de tratamentos específicos. Nesse sentido, a Actioil desenvolveu o produto multifuncional A550, capaz de preservar o desempenho e a confiabilidade das peças, com somente uma aplicação a cada seis meses. Temos conhecimento que o uso de aditivos a cada abastecimento encarece a logística de transporte e exige atenção especial dos responsáveis pela frota. Com o A550, basta uma aplicação a cada seis meses de 0,5% do tamanho do tanque do veículo para garantir o bom desempenho – o retorno vem nos menores custos de manutenção e redução do gasto de combustível.
Uma das garantias da companhia é o fato de atuar no mercado argentino, que já conta com o B10 desde o ano passado. Todos os estudos realizados mostram a mesma eficiência no uso do produto quando comparado com o B5, B8 ou B9. Ou seja, o aumento da mistura exige atenção das empresas que dependem do Diesel (distribuidoras, usinas termoelétricas, frotas, entre outras), mas é uma situação que pode facilmente ser contornada com cuidados básicos na manutenção do motor, como o uso de produtos adequados e recomendados pelas principais empresas do mercado.
*Diretor geral da Actioil para o Brasil e América Latina. De origem francesa, a Actioil tem atuação na Europa, África e Ásia, com base nos 40 anos de experiência na indústria petroquímica de seus executivos fundadores. O foco da companhia é eliminar os desperdícios de energia e problemas relacionados ao uso, manutenção e armazenagem do Diesel.