Por Roberto Nasser – Antes de lançar o up! com um desenvolvimento mecânico incluindo um turbo alimentador aplicado ao motor 1,0, em 2001 a Volkswagen fez experiência anterior, ao desenvolver o Gol e a Parati com motor 1,0 Turbo.
Caminhos e objetivos diferentes. No caso do Gol, a Volkswagen precisava de uma referência de atualização para o produto de formulação mecânica superada, e criar mais concorrente sob o guarda chuva tributário dos menores impostos para os carros com motor até 1.000 cm3, os 1 litro, também ditos erroneamente um-ponto-zero.
Foco era diferente, rendimento esportivo com 112 cv de potência, 15,8 m.kgf de torque. Pacote incluía refinamentos de época, formando versão de preço mais elevado, à altura do charme que a menção da palavra turbo significa no universo automobilista. Durou pouco. Grande parte dos proprietários não sabia utilizá-lo e pretendia ainda mais que o oferecido pela versão especial – e o conserto do turbo era de preço desanimador.
A proposta do turbo no up! é diferente. Começa por não ser tratado como turbo, mas TSI. Oferece performance e rendimento adicional, mas a imagem a ser vendida é de conforto de uso, pela flexibilidade do motor em reagir, além de ser o mais econômico no mercado brasileiro. E o motor foi inteiramente modificado para receber tal adjutório: virabrequim, bielas, pistões, e a combinação de injeção direta de combustível e turbo alimentador.
Outro ponto diferencial é ser disponível quase todas as versões em suportáveis e reais, R$ 3.100,00. É um novo foco, para outra clientela, trabalho de engenharia muito mais amplo, e nada tem a ver com o modelo de década e meia passada.