Divulgada nesta quarta-feira, 04, a Pesquisa CNT de Rodovias 2015 aponta que as 21 melhores rodovias do Brasil são administradas por concessionárias. No ranking com 109 ligações rodoviárias, as rodovias concedidas à iniciativa privada apresentaram avaliação superior às que são administradas pelo poder público: 78,3 % da malha concedida pesquisada teve avaliação ótima ou boa, enquanto as rodovias sob administração pública tiveram apenas 34,1 % de avaliação positiva.
A pesquisa da CNT avaliou um total de 100.763 quilômetros de rodovias, dos quais 19.804 quilômetros (19,7%) estão concedidos. “Mais uma vez, o estudo confirma que estamos no caminho certo para a consolidação do processo de concessão de rodovias. Porém, ainda há muito a ser realizado para ampliar e melhorar a limitada malha pavimentada do País que continua sendo a menor em relação ao território entre as 20 maiores economias do mundo”, afirma Ricardo Pinto Pinheiro, presidente-executivo da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias – ABCR
Gestão das rodovias
Com relação aos resultados por tipo de gestão, que avalia o estado das rodovias em diversas categorias (Estado Geral, Sinalização, Pavimento e Geometria da Via), as diferenças entre as rodovias concedidas e administradas pelo poder público são ainda mais evidentes.
Ao analisar os resultados, é possível compreender a importância da participação do ente privado no que se refere à melhoria da qualidade nas rodovias brasileiras.
Considerando as vias concedidas, 78,3% da extensão avaliada obtiveram avaliação positiva do Estado Geral, sendo classificados como Ótima ou Boa. Por sua vez, somente 34,1% da extensão pública receberam avaliação positiva.
ESTADO GERAL | Gestão Concedida | Gestão Pública | |
Positivo | Ótimo | 37,40% | 6,50% |
Bom | 40,90% | 27,60% | |
Negativo | Regular | 19,20% | 38,70% |
Ruim | 2,50% | 19,40% | |
Péssimo | N/A | 7,80% |
As 21 melhores rodovias do Brasil são concedidas
Pos. | Rodovias | Ligação | Concessionária |
1 | SP-310/BR-364, SP-348 | São Paulo SP – Limeira SP | AutoBan |
2 | SP-225/BR-369 | Bauru SP – Itirapina SP | Centrovias |
3 | SP-070 | São Paulo SP – Taubaté SP | Ecopistas |
4 | SP-330/BR-050, SP-333 | Ribeirão Preto SP – Borborema SP | Triângulo do Sol |
5 | SP-255, SP-280/ BR-374 | São Paulo SP – Itaí SP – Espírito Santo do Turvo SP | SPVias, ViaOeste e Colinas |
6 | BR-050, SP- 330/BR-050 | São Paulo SP – Uberaba MG | AutoBan, Intervias, Autovias e Vianorte |
7 | SP-326/BR-364 | Barretos SP | Triângulo do Sol e Tebe |
8 | SP-310/BR-364, SP-310/BR-456, SP-330/BR-050 | Limeira SP – São José do Rio Preto SP | Triângulo do Sol, Centrovias e AutoBan |
9 | SP-209, SP-300, SP-300/BR-154, SP-300/BR-262 | Engenheiro Miller SP – Jupiá SP | Rodovias do Tietê e ViaRondon |
10 | SP-255, SP-318, SP-334, SP-345 | Araraquara SP – São Carlos SP – Franca SP -Itirapuã SP | Triângulo do Sol e Autovias |
11 | SP-147, SP-147/ BR-373 | Piracicaba SP – MojiMirim SP | Intervias |
12 | SP-065, SP-340 | Campinas SP – Jacareí SP S | Rota das Bandeiras |
13 | SP-055/BR-101, SP-150/BR-050, SP-160 | São Paulo SP – São Vicente SP (Imigrantes/ Anchieta) | Ecovias |
14 | SP-075, SP-340, SP-342, SP-344 | Sorocaba SP – Cascata SP – Mococa SP | Colinas, Renovias e Viaoeste. |
15 | SP-322, SP-322/ BR-265, SP-323, SP-330/BR-050, SP-351 | Catanduva SP – Taquaritinga SP – Ribeirão Preto SP | Tebe e Via Norte |
16 | SP-215/BR-267, SP-350, SP-350/ BR-369 | São Carlos SP – S. João Boa Vista SP – S. José Rio Pardo SP | Intervias |
17 | SP-127/BR-373, SP-258, SP-270/ BR-272 | Cotia SP – Itararé SP | SPVias e ViaOeste |
18 | BR-050, BR- 040, BR-365, DF-001/BR-251 | Brasília DF – Uberaba MG | MGO Rodovias |
19 | MG-290, SP-191, SP-352 | Campo do Coxo SP – Eleutério SP | Intervias |
20 | SP-127, SP-127/ BR-373 | Rio Claro SP – Itapetininga SP | Colinas e SPVias |
21 | BR-116 | Rio de Janeiro RJ – São Paulo SP | CCR Dutra |
A pesquisa
20 equipes de pesquisadores trabalharam em 13 de capitais para a coleta das informações, avaliando toda a malha federal pavimentada e as principais rodovias estaduais pavimentadas. Foram levadas em consideração as condições do estado geral, do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Também foram apontados os pontos críticos. Foram analisadas, ainda, as situações viárias por tipo de gestão (pública ou concedida), por estado e regiões geográficas, por corredores rodoviários e por tipo de rodovias (federais ou estaduais).
O material auxilia nos estudos para que as políticas setoriais de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de pesquisa promovam o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária do país.