Componente relacionado diretamente à segurança do veículo, o amortecedor sofre desgaste ao longo do tempo. Como os efeitos do esgotamento nem sempre são visíveis e perceptíveis, é preciso ficar de olho a alguns sinais.
Os pneus, por exemplo, podem ser ótimos termômetros para indicar quando a suspensão precisa passar por uma revisão.
De acordo com o coordenador de Treinamento Técnico da Monroe, Juliano Caretta, marcas não contínuas na região central dos pneus podem significar problemas nos amortecedores.
“Esses desgastes localizados, e em formato de ‘concha’, podem indicar que os amortecedores estão com algum tipo de problema ou até mesmo montados de forma errada”.
O especialista explica ainda que esses sinais ocorrem quando a suspensão funciona de forma inadequada e os pneus passam a dar pequenos pulos, não ficando em contato permanente com o solo.
“Esses sinais são mínimos e quase imperceptíveis ao motorista. Por esse motivo, é essencial que se faça a revisão periódica de todas as peças”, alerta.
O coordenador de Treinamento Técnico da Monroe comenta que sempre que os pneus apresentarem qualquer tipo de desgaste é preciso investigar a real causa do problema.
“É comum que as pessoas os troquem e não verifiquem o que provocou o defeito. Isso pode gerar riscos ao dirigir, já que o componente defeituoso segue sem ser inspecionado. Além disso, a falta de um check-up pode causar gastos excessivos, pois a peça substituída provavelmente vai sofrer desgaste novamente”.
Outros sinais- Além das marcas nos pneus, amortecedores desgastados podem causar ruídos na suspensão, derrapagens, aumento da distância de frenagem, inclinação excessiva nas curvas e aquaplanagem.
“Caso o motorista note qualquer problema de dirigibilidade no veículo, ele deve procurar imediatamente uma oficina ou centro automotivo para inspecionar os amortecedores”, orienta Juliano Caretta.
A vida útil do amortecedor é proporcional às condições de uso do veículo. A Monroe recomenda revisar as condições dos amortecedores quando os mesmos atingirem aproximadamente 40.000 quilômetros e, após este período, fazer checagens periódicas a cada 10.000 quilômetros, ou conforme a orientação da fabricante do veículo.