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Cooperação entre homem e máquina torna o trabalho mais eficiente e confortável

São muitas as oportunidades que temos em visitar e conhecer as linhas de produção no Brasil e pelo mundo, acompanhando todo o investimento dos fabricantes em tornar seus processos produtivos cada vez mais eficientes. Apesar da modernização do ambiente de trabalho, os colaboradores continuam indispensáveis e atuando em funções cognitivas

Enquanto no passado homem e máquina trabalhavam em áreas separadas dentro das indústrias e linhas de produção, inclusive protegidas por barreiras físicas, esse cenário mudou nos últimos anos e, hoje, robôs leves, exoesqueletos e ferramentas digitais auxiliam as pessoas diretamente em suas atividades, tornando o sistema de produção mais ágil e mais adaptável.

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O Polo Automotivo Jeep, inaugurado em 2015 na cidade de Goiana, Pernambuco, possui 700 robôs, sendo 650 na funilaria, 40 na pintura e 10 na montagem. A funilaria concentra a principal inovação da planta: uma estação com 18 robôs, capaz de aplicar 100 pontos de solda em 60 segundos, congelando a geometria da carroceria em uma única etapa.

Normalmente, a fixação das partes e consolidação da carroceria é feita em várias estações. O movimento entre uma estação e outra pode comprometer a precisão da geometria, dando origem a futuros problemas, como encaixe imperfeito de componentes ou ruídos.

Já o BMW Group acredita e investe continuamente na modernização de suas fábricas, reduzindo a quantidade de tarefas extenuantes e ergonomicamente desfavoráveis.

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A utilização de robôs e ferramentas inovadoras permite que os colaboradores se dediquem a tarefas criativas, trabalhos de precisão e gerenciamento da qualidade. Por outro lado, os sistemas de suporte auxiliam as pessoas em tarefas repetitivas e extenuantes. Na linha de produção, os robôs leves não têm ponto fixo: são móveis e podem ser aplicados em mais de uma etapa.

Cooperação entre homem e máquina – O primeiro robô leve a integrar a linha de produção do BMW Group chegou em 2013, na fábrica de Spartanburg, nos Estados Unidos e foi apelidado pela equipe local de “Miss Charlotte”.

Sua função básica era montar o isolamento acústico das portas. Miss Charlotte continua em operação e, hoje, outros 40 robôs leves atuam nas plantas do grupo; até o meio do ano, a previsão é de que esse número suba para 60.

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A fábrica do BMW Group em Dingolfing, na Alemanha, conta com um robô preso ao teto cuja função é erguer as engrenagens, que pesam cerca de 5,5 quilos, e encaixá-las perfeitamente sem causar danos às rodas dentadas. Este tipo de trabalho torna-se altamente seguro à medida que sensores especiais monitoram todo o processo e pausam o trabalho imediatamente se um obstáculo for detectado.

A aplicação do adesivo no para-brisa dos carros é uma tarefa particularmente desafiadora, que envolve a cooperação entre homem e máquina. Os adesivos são muito viscosos e devem ser aplicados de maneira uniforme, sem desníveis. Na planta de Leipzig, um robô leve executa o serviço juntamente com os colaboradores, melhorando o índice de acerto.

Os robôs leves também garantem a segurança dos humanos, já que podem ser aplicados em áreas onde há grandes sistemas robóticos, protegidos por cercas. Sua flexibilidade e o pouco espaço ocupado permitem que as pessoas acessem esses locais com a ajuda dessas novas máquinas, minimizando riscos.

Assistentes digitais que otimizam o trabalho – Se antes os telefones celulares eram utilizados unicamente para fazer ligações, hoje em dia eles acumulam uma série de funções; diversas tecnologias inovadoras derivam da mobilidade oferecida por esses sistemas, especialmente no ambiente de produção.

No caso do BMW Group, luvas especiais que contam com leitor de código de barras diminuem o tempo de trabalho, escaneando os objetos com praticidade e rapidez, com apenas um toque do polegar no botão acoplado no indicador. 230 dessas luvas tecnológicas estarão em uso até o final deste ano, nas fábricas do BMW Group.

Outro exemplo é o uso de realidade aumentada por meio de aparelhos como tablets, que proporcionam a visualização hipotética de um componente sobreposto a outro, conforme especificações virtuais. Isso permite comparar e fazer avaliações prévias, fazer simulações e resolver potenciais problemas. A realidade aumentada é aplicada nas fases de validação de conceitos, inspeção das primeiras amostras, avaliação de ferramentas e na manutenção dos sistemas em uso.

Exoesqueletos que podem ser “vestidos” diretamente sobre o corpo atuam como um reforço, uma estrutura de suporte para o corpo. Os exoesqueletos para o tronco fortalecem os movimentos dos braços de trabalhadores que precisam fazer tarefas tediosas, oferecendo força extra. 24 deles já estão sendo aplicados nas fábricas do BMW Group em Spartanburg; outros 44 serão adicionados ao longo de 2017.

Já os exoesqueletos para a parte inferior do corpo servem para melhorar a postura e oferecer alívio em atividades que requerem posições que podem afetar a saúde das pessoas. Como se estivessem sentados em uma cadeira, os colaboradores trocam prolongados períodos em pé por posições mais confortáveis.

O exoesqueleto para os membros inferiores funciona como talas acopladas ao tronco e travadas em posições específicas. Atualmente, 11 deles já estão em operação nas fábricas do grupo.

 

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