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WR-V chega para ser o SUV de entrada da Honda

CR-V, HR-V e agora WR-V – Winsome Runabout Vehicle, ou veículo recreacional e cativante. O consumidor terá que ficar mais atento ao chegar na concessionária e não misturar as letrinhas que especificam seu veículo desejado. A partir do dia 24 de março a Honda realiza o lançamento oficial do WR-V, de forma que a fabricante quer explorar um novo mercado de SUVs compactos, surgindo como opção para quem procura um SUV de entrada ou mesmo a oportunidade de ter um Honda.

O WR-V começa a ser vendido no Brasil em duas versões, EX e EXL e, no futuro breve, também em outros países da América do Sul e Índia.

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O Mecânica Online® acompanhou todo evento de lançamento do WR-V, que foi realizado em duas etapas: em janeiro conhecemos a linha de produção na fábrica localizada em Sumaré, São Paulo. De forma estática, o modelo que já havia sido apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo serviu para demonstrar suas diferenças para seu irmão mais velho, o Honda Fit. Não há como negar o parentesco, que para muitos é simplesmente um “Fit mais robusto”.

Na segunda etapa foi a oportunidade de realizar a avaliação mais dinâmica do WR-V, ainda assim, curta, na bela cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná.

[box type=”success” align=”aligncenter” ]Novo Honda WR-V tem motor 1.5 e câmbio automático CVT do Fit. Preços começam em R$ 79.400[/box]

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O inédito compacto SUV da Honda teve seu projeto liderado pelo time de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda Automóveis do Brasil, e traz o DNA global da marca. Da mesma forma que o HR-V, o WR-V foi desenvolvido sobre a plataforma do Fit, mas em embalagem mais econômica.

Externamente, as duas versões trazem o mesmo visual robusto e esportivo, desenvolvido com base no conceito “Wild Armor”, criado especificamente para esse modelo. Ele é refletido em uma frente elevada, marcante e com grade frontal com acabamento em black piano que evoca a linha de SUV da Honda, faróis com luzes de uso diurno (DRL) em LED, além dos projetores de neblina que são de série em ambas as configurações.

O para-brisa conta com faixa degradê e vidros verdes com proteção UV, além da escolha de retrovisores com comandos elétricos e repetidores laterais em LED, presentes nas duas versões. O rack de teto, funcional, agrega ainda mais praticidade ao WR-V.

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O design traseiro é mais um daqueles que vai gerar “dúvidas”. Para alguns pode parecer bonito, mas no geral, é estranho mesmo e remete aos antigos modelos japoneses. Forçando bem a imaginação, dá até para dizer que realmente lembra as lanternas traseiras do Novo Civic, mas com boa imaginação realmente.

Na lateral temos traços mais horizontais e lanternas que se prolongam pela linha de cintura. Seu desenho não deixa de ser harmonioso, com boas proporções, entre-eixos largo, boa altura de rodagem e conjunto de roda/pneu com grande diâmetro. Ele é complementado pelo friso cromado na tampa traseira e pelo para-choque com molduras fortes.

O design envolvente, com padrões de forma com desenhos trapezoidais replicados em várias partes do utilitário-esportivo, como na grade inferior frontal, nas rodas de 16 polegadas, nas molduras dos para-lamas e em outros pontos-chave do modelo, são uma assinatura do design do SUV compacto.

Internamente  – Ao entrar no WR-V temos a opção de banco anatômico, com forrações diferenciadas em preto e prata ou preto e laranja (exclusiva da cor Vermelho Mercúrio), com regulagem de altura. O volante, com comandos de som, viva-voz e controle de cruzeiro, traz revestimento em couro e ajustes de altura e profundidade em ambas as configurações, além de assistência elétrica EPS.

À frente, o quadro de instrumentos Bluemeter, com computador de bordo multifunções traz informações claras e ótima visualização.

Os ocupantes são agraciados ainda com vidros elétricos – com função um toque e sinalização gráfica apenas para o motorista –, ar-condicionado, cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes, além de encostos de cabeça em todas as posições. Para trazer ainda mais comodidade e segurança, o banco traseiro traz a possibilidade de fixação de cadeirinhas infantis pelo sistema ISOFIX. O console central, o painel e laterais de portas trazem diversos porta-objetos, além de acabamentos em prata, mas não é oferecido apoio de braço, o que faz falta como item de conforto num veículo com transmissão automática.

O interior do WR-V lembra muito o do Fit, caso do painel e do sistema de movimentação do banco traseiro. O porta-malas (363 l) é similar ao do EcoSport. Mesmo na versão EXL, mais cara, o acabamento é simples. O plástico do painel é rígido, os espelhos nos quebra-sóis não são iluminados. Sentimos falta da opção com ar condicionado digital. Além disso, não há comando de voz para o sistema de telefonia, e o sistema multimídia não tem espelhamento de celular. Não há opção de couro, mas, dependendo da cor da carroceria, o revestimento de bancos e laterais pode ter detalhes prateados ou alaranjados.

Tomando como referência a versatilidade dos produtos da Honda, o WR-V traz de série em ambas versões uma das grandes inovações da marca, o sistema de bancos ULTRa SEAT (Utility Long Tall Refresh).O sistema permite diversas configurações de assentos e a acomodação de objetos de grandes dimensões. O modo Utility, por exemplo, permite formar uma superfície plana, que amplia o espaço útil para acomodar bagagens, com mais de 1.000 litros.

A versão EX traz sistema de áudio com tela de cinco polegadas, onde são projetadas as imagens da câmera de ré, que oferecem três opções de visualização. Esse sistema oferece conectividade via Bluetooth, USB e cabo auxiliar, além de leitor de CD player. No modelo EXL, por sua vez, há um sistema multimídia de sete polegadas com GPS, navegador de internet via hotspot, e conectividade completa via Bluetooth, cartão SD e duas entradas USB.Todas as versões do WR-V trazem airbags frontais e laterais, além de freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), além da exclusiva estrutura de deformação progressiva ACETM (Advanced Compatibility Engineering) e barras de proteção nas portas, garantindo a máxima proteção nas diversas condições de colisão. A versão EXL traz ainda airbags laterais do tipo cortina, aumentando ainda mais a segurança do SUV compacto.

Com de 2,55 m de entre-eixos, 4,00 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,6 m de altura, o WR-V traz medidas compactas que o tornam fácil de conduzir em grandes centros urbanos. Os 20,7 cm de vão livre do solo e os ângulos de ataque e saída de 21º e 33º, garantem boa dinâmica, mesmo em pisos mais irregulares.

A suspensão talvez seja o grande diferencial quando comparamos a novidade com o Fit. Com desenvolvimento exclusivo, adota amortecedores com batente hidráulico e diâmetro de cilindro reforçado, barra estabilizadora robusta, projetada para minimizar a rolagem da carroceria, garantindo estabilidade mesmo com uma altura do solo mais elevada. As buchas frontais são mais robustas, bem como a travessa de suspensão, com enfoque no conforto de rodagem.

O eixo traseiro tem seu desenvolvimento baseado no HR-V e traz alta rigidez para o aumento do conforto e dirigibilidade. A caixa de direção EPS (Electric Power Steering), é eletricamente assistida, desenvolvida especificamente para o WR-V, permitindo um raio de manobra de apenas 5,3 metros.

Rodas e pneus também foram desenvolvidos especificamente para o WR-V. As rodas de 16 polegadas trazem composto de alumínio com liga diferenciada, que reduz o ruído de rodagem e pneus 195/60 que trazem conforto e baixa vibração. Um pacote acústico completo, com isoladores instalados em diversos pontos do carro, colabora para ampliar o silêncio a bordo.

O comportamento do veículo sobre pisos irregulares realmente foi muito bom pela estabilidade e comportamento da condução. Recomendo que assista nossa matéria em vídeo com as primeiras impressões do WR-V.

De acordo com o engenheiro Luis Marcelo Kuramoto, quando comparamos a suspensão do WR-Vcom a do Fit, o trabalho foi totalmente novo. Embora a base seja a mesma do Fit, atrás o WR-V tem eixo de torção do HR-V (mais rígido) e amortecedores mais reforçados. Na frente, a suspensão MacPherson foi redimensionada, incluindo buchas mais robustas. Além disso, em relação ao Fit, a distância entre-eixos cresceu 2 cm (de 2,53 m para 2,55 m), e as bitolas também são ligeiramente maiores na frente e atrás.

Mecânica Online – Falar da mecânica do WR-V é quase o mesmo que falar da mecânica do Fit, com o diferencial da suspensão. Sua motorização flexível é a 1.5 i-VTEC FlexOne, com controle eletrônico variável de sincronização e abertura de válvulas, que produz até 116 cv e câmbio automático CVT, ambos do monovolume.

Com etanol, esse propulsor gera 116 cv de potência a 6.000 rpm e 15,3 kgf.m de torque à 4.800 rpm – quando abastecido com gasolina, são 115 cv a 6.000 rpm e 15,2 kgf.m à 4.800 rpm.

A transmissão CVT possui conversor de torque, mas ainda deixa o carro um pouco lento em algumas situações. Quando realizamos acelerações mais fortes, o câmbio automático CVT sobe bastante a rotação, como sempre ocorre nesses casos, não há uma correspondência simultânea entre a rotação do motor (que sobe de uma vez) e a velocidade (que aumenta gradativamente). Mesmo assim, o desempenho pode ser considerado bom para a proposta do carro. E a transmissão CVT costuma devolver em economia de combustível o que tira de prazer ao volante.

[box type=”info” align=”aligncenter” ]O câmbio automático CVT é item de série nas duas versões, e não existem as famosas borboletas (paddle shift) no volante para trocas manuais. Porém, além do modo drive, pode-se selecionar na alavanca as posições S (sport) e L (low, reduzida). Na prática, encurtam a relação de transmissão, para melhorar a esportividade (S) e a atuação do freio-motor (L).[/box]

O ruído, apesar da preocupação da Honda, surge no habitáculo quando ocorre o aumento das rotações e deve ser analisado pelo consumidor durante um teste drive. Vamos aguardar o modelo para realizar uma avaliação mais completa. O WR-V ganhou nota máxima “A” na categoria utilitário esportivo compacto dos testes de consumo do Compet/INMETRO.

O WR-V é um importante marco na história da Honda Automóveis no Brasil, que em 2017 comemora 20 anos de fabricação no país. O veículo é o primeiro automóvel com desenvolvimento liderado pela área de P&D no país e será produzido na fábrica de Sumaré, interior de São Paulo, juntamente com Civic, HR-V, City e Fit.

Seu bolso – O novo modelo chega em duas versões: EX (R$ 79.400) e EXL (R$ 83.400). Como comparação, o WR-V mais barato custa R$ 79.900, e isso na versão LX com câmbio manual – opção que nem será oferecida no novato. Na prática, o HR-V começa em R$ 86.800, e lidera o seu segmento.

A versão EX vem com ar-condicionado analógico, vidros elétricos, tela multimídia de cinco polegadas (não é sensível ao toque) com rádio, CD, USB, entrada auxiliar e Bluetooth, câmera de ré, quatro airbags (dois dianteiros e dois laterais), rack de teto, luzes diurnas em LED, faróis de neblina, sistema de fixação de cadeira infantil Isofix, rodas de liga leve de 16 polegadas, grade em preto brilhante, retrovisores elétricos com repetidores em LED, computador de bordo, volante multifuncional revestido de couro com ajuste de altura e profundidade, controle de velocidade de cruzeiro, bancos rebatíveis (com revestimento preto e laranja ou preto e prata), banco do motorista com ajuste de altura, encosto de cabeça e cintos de 3 pontos para todos os passageiros.

A versão EXL acrescenta ao conteúdo da EX dois airbags de cortina, tela multimídia sensível ao toque de sete polegadas com GPS, rádio, Bluetooth, acesso à internet, USB e leitor de cartão de memória.

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