A entrada em vigor de políticas ambientais mais rígidas e a busca constante por motores menores têm impulsionado o desenvolvimento de novos componentes automotivos que contribuam para reduzir perdas mecânicas e tornar os automóveis mais econômicos e eficientes.
Na esteira das mudanças em andamento, os virabrequins são um dos componentes mais críticos, havendo hoje fornecedores investindo em novas linhas de produção e em pesquisa e desenvolvimento no Brasil a fim de criar produtos que antecipem e superem as necessidades do mercado.
Uma das líderes globais no fornecimento de materiais e componentes para a indústria automotiva, a thyssenkrupp é referência mundial na produção de virabrequins e está alinhada a esse movimento do mercado.
Integrado à biela e ao bloco do motor, os virabrequins são responsáveis por converter o movimento alternativo dos pistões, gerado pela queima do combustível, em movimento rotativo, resultando em torque.
É, portanto, uma das peças fundamentais no projeto de qualquer motor.
Esse componente pode ser fundido ou forjado, sendo este último uma alternativa que confere maior resistência, pelo fato de que o processo de forjamento garante a obtenção de uma peça com propriedades mecânicas superiores se comparada à fundida, uma vez que orienta a microestrutura do material conforme a geometria definida.
Isso permite uma redução de massa do componente, resultando em virabrequins mais leves e, por consequência, reduz o consumo de combustível.
Só para se ter uma ideia, o motor pode representar de 10% a 20% do peso total de um carro, levando em conta um modelo popular.
“O aumento de resistência dos virabrequins é fundamental para a obtenção de maior potência em motores, como por exemplo, nos 1.0 e 1.4 litros equipados com turbo, propiciando uma redução do nível de emissões por meio da diminuição do consumo de combustível”, salienta Amadeu Crodelino, COO da thyssenkrupp Metalúrgica Campo Limpo.
Em paralelo à fabricação de virabrequins forjados, a thyssenkrupp também tem investido em linhas de pesquisa e desenvolvimento a fim de estudar e testar novos materiais e tecnologias embarcadas nesse componente.
Um desses projetos de inovação, conhecido como U-Shape, busca modificar a geometria dos mancais do virabrequim para um formato similar a um “U”, visando à diminuição das tensões mecânicas nas regiões críticas desse componente (raio de transição entre o mancal e o braço do virabrequim), de modo a possibilitar o downsizing do mancal para as mesmas cargas aplicadas.
Em outra frente, a empresa também tem investido no desenvolvimento e aplicação de diferentes texturas no mancal, a fim de reduzir atritos e consequentemente aumentar a potência do motor.
“Temos trabalhado em parceria com as principais montadoras e fabricantes de motores do País no desenvolvimento de novos modelos de motores e, consequentemente, de virabrequins. As pesquisas em andamento são fundamentais ao suportar nossos clientes e garantir a evolução da indústria automotiva ao longo dos próximos anos”, destaca José Carlos Cappuccelli, CEO da thyssenkrupp Metalúrgica Campo Limpo.
Atualmente, 9 em cada 10 veículos fabricados no Brasil contam com componentes fabricados pela thyssenkrupp e 1 em cada 3 caminhões levam componentes da empresa.
Os clientes da marca incluem praticamente todos os grandes fabricantes de automóveis e veículos pesados do mundo.