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Alta Roda | Como virar o jogo

Dificuldades na matriz costumam ter reflexos nas filiais e o Grupo PSA (Peugeot, Citroën, DS e Opel) não é exceção.

Novo administrador, ajuda do governo francês e um sócio chinês (Dongfeng) levaram à recuperação financeira da empresa.

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Líder do processo, o português Carlos Tavares trouxe resultados e enfrenta novos desafios ao acomodar as quatro marcas do grupo (cinco ao incluir a Vauxhall, filial inglesa da Opel).

Tavares é o atual presidente da ACEA (Associação dos Construtores Europeus de Automóveis) e recentemente chamou atenção ao questionar os pesados investimentos em carros elétricos e baterias, induzidos pelos governos europeus, sem atentar se fabricantes e consumidores, que pagam os impostos, podem arcar com os custos.

Ele nomeou para liderar as operações aqui a brasileira Ana Theresa Borsari, primeira mulher a exercer essa função no País.

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As duas marcas perderam espaço no mercado nacional  e recuperá-lo está entre as prioridades.

Embora sem anúncio oficial, 12 concessionárias Citroën e duas Peugeot acabam de encerrar atividades.

Pertenciam ao empresário Sérgio Habib, que começou como importador Citroën, chegou a concentrar a maioria das lojas e oficinas, além de ajudar na construção da imagem desta marca no Brasil.

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Borsari monta um reposicionamento, conforme orientação da matriz.

“Peugeot está mais próxima dos fabricantes premium, sem tirar espaço da DS voltada para a alta gama. Citroën continuará sua trajetória de produtos audaciosos, como C4 Cactus, porém direcionados aos altos volumes”, declarou à Coluna.

Para recuperar participação, dois produtos foram lançados com intervalo de cinco dias.

Primeiro veio a revitalização do C4 Lounge. Nasceu como C4 Pallas há 10 anos e adotou o nome atual em agosto de 2013.

Sempre produzido na Argentina, o sedã médio-compacto recebeu agora uma nova frente.

Tecnologia LED está nos faróis, nas luzes de uso diurno e nas lanternas traseiras.

A empresa investiu mais na parte interna.

Há materiais de melhor qualidade, nova central multimídia de 7 pol. com GPS e compatível Android Auto e CarPlay, quadro de instrumentos digital (tela plana dá um pouco de reflexo) e ar-condicionado bizona.

Espaço no banco traseiro é muito bom. Motor 1,6 turbo/173 cv (etanol) e caixa automática de seis marchas formam um conjunto de alto nível.

Volante poderia ter menor diâmetro para uma tocada mais instigante.

Oferece até seis airbags. Relação preço-benefício atraente: R$ 93.920 a 102.790.

Segundo lançamento é o Peugeot 5008, versão de sete lugares do 3008.

Este vem agradando por ser um crossover de estilo diferenciado, sem o exagero de um SUV.

Preserva características de dirigibilidade próximas às de uma station wagon.

Trata-se de modelo com amplo espaço interno, graças aos 2,84 m de distância entre eixos.

Há três bancos individuais na fileira intermediária e quem viaja no meio se acomoda até de forma razoável.

Pesa 65 kg a mais que o 3008 e isso o deixa algo mais lento nas respostas ao acelerador.

Volante exclusivo de menor diâmetro, com base e topo retos, traz sensações únicas ao guiar.

Incluído pacote robusto de assistência eletrônica ao motorista, situa-se entre R$ 157.490 e 166.490.

Quase preços de lista na Europa, em conversão direta, dão ideia do forte subsídio em razão da diferença de impostos aqui e lá.

RODA VIVA – PRIMEIRO acidente fatal envolvendo um veículo autônomo, em Tempe, estado do Arizona (EUA), deve refletir no ritmo de desenvolvimento dessa tecnologia.

Atropelamento de uma ciclista a pé por um Volvo XC60, em teste de desenvolvimento nas ruas pela empresa Uber, está sendo investigado.

Depois de conhecido o resultado, poderá haver mais resistências regulatórias.

TOYOTA primeiro acenou e agora mostra o primeiro automóvel híbrido com motor flex (etanol/gasolina) do mundo.

Japonesa ainda não confirmou, mas é praticamente certa a importação do Prius flex.

Produção seria viável no Brasil, se a carga de impostos diminuir e se confirmado estímulo aos biocombustíveis. Como demonstração, viagem de São Paulo a Brasília só com etanol.

POLO, na versão de entrada, tem o mesmo motor de três cilindros do up! Apesar de quase 140 kg mais pesado, movimenta-se bem em cidade, mas na estrada e carregado se ressente da baixa potência em ultrapassagens.

À medida que o poder aquisitivo se recuperar, deve atrair compradores por seus atributos de espaço interno e segurança passiva. É necessário modelo desse nível no Brasil.

COR branca tem preferência mundial: quase 40% do total vendido hoje, incluídos todos os segmentos, segundo a BASF.

Preto, cinza e prata aparecem em seguida. Azul e vermelho vêm depois.

A empresa desenvolve tintas com gerenciamento de temperatura integrado para diminuir aquecimento da superfície do carro, exigir menos do  ar-condicionado e assim menor consumo de combustível.

RESSALVA: por equívoco de digitação, Jaguar E-Pace (menor modelo da marca) foi grafado como F-Pace, na coluna da semana passada.

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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

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