Os alunos das universidades inscritas no Grande Prêmio Petrobras de Energia Sustentável, que acontecerá na próxima semana no kartódromo de Interlagos, em São Paulo, terão duas metas.
A primeira é vencer pelo menos uma das três categorias em disputa (veículos a gasolina, elétricos e a etanol).
A outra é superar um desafio informal, mas que representará um marco na história da competição: percorrer 600 quilômetros com apenas um litro de gasolina.
A chegada das equipes e a vistoria dos veículos acontecerá nos dias 23 e 24. Nos dias 25, 26 e 27, a pista será aberta para as equipes fazerem suas marcas de consumo.
Todos os veículos inscritos no Grande Prêmio Petrobras de Energia Sustentável são construídos pelos alunos de cursos de engenharia das instituições inscritas, com a orientação de seus professores e seguindo o regulamento da competição.
Para obter o menor consumo possível, os veículos são muito leves – e quase sempre conduzidos por mulheres de baixo peso e estatura, para favorecer o conjunto.
Dirigir com extrema suavidade é igualmente importante para aproveitar ao máximo o combustível ou a energia elétrica disponíveis.
Além de incentivar a pesquisa e o desenvolvimento, o GP Petrobras de Energia Sustentável proporciona aos alunos de engenharia uma oportunidade de encarar uma demanda idêntica à que mais tarde será exigida em suas profissões: desenvolver todos os detalhes de um projeto de maneira a obter a máxima eficiência como um todo.
“Isso vale para automóveis e para qualquer outro ramo que envolva engenharia mecânica”, explica o jornalista e engenheiro Alberto Andriolo, criador e organizador do Grande Prêmio Petrobras de Sustentabilidade.
Das 11 edições já realizadas, sete aconteceram no mesmo local: o kartódromo de Interlagos, em São Paulo.
As três primeiras foram realizadas no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba (SP).
O recorde absoluto para veículos movidos a gasolina é remanescente desta fase: em 2006, o CEA-M2, inscrito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), estabeleceu a marca de 598,856 km/l.
O segundo melhor índice da história (e o melhor obtido em Interlagos) ficou bem próximo: 594,394 km/l, conseguido pelo Ecoville da Universidade da Região de Joinville (SC)na edição de 2011.
Na categoria para veículos elétricos (a segunda mais antiga do GP Petrobras de Energia Sustentável), os métodos de aferição passaram por alterações ao longo dos anos.
Até 2012, ganhava a competição o veículo que percorresse a maior distância com a carga de uma única bateria.
A partir de 2013, a eficiência energética passou a ser medida pelo consumo em quilojoules (kJ).
O recorde com este sistema é de 2014, quando o Jarvis Mark II, construído pelos alunos da FATEC de Santo André (SP), estabeleceu a marca de 54,073 kJ.
Nesse mesmo ano, o veículo Barão de Mauá, representando o Instituto Mauá de Tecnologia, obteve a melhor marca histórica para veículos movidos a etanol: 255,748 km/l.
Lista de vencedores
2004 – Campo de Provas Cruz Alta (Indaiatuba-SP)
Gasolina (categoria única): Mackenzie-SP (Eco-Mack), 151,200 km/l
2005 – Campo de Provas Cruz Alta (Indaiatuba-SP)
Gasolina (categoria única):Mackenzie-SP (Evolution), 396,509 km/l
2006 – Campo de Provas Cruz Alta (Indaiatuba-SP)
Gasolina: Universidade Federal de Minas Gerais-MG (CEA-M2), 598,856 km/l
Elétrico: FEI-Faculdade de Engenharia Industrial-SP (X-17), 135 km/W.h
2007 – Kartódromo de Interlagos (São Paulo-SP)
Gasolina: Unicamp-SP (Bananeira), 367,055 km/l
Elétrico: Universidade Federal de Santa Maria-RS (EESM-Bambu), 24,35 km/bateria
2008 – Kartódromo de Interlagos (São Paulo-SP)
Gasolina: Universidade Anhembi Morumbi-SP (Errba 3), 343,170 km/l
Elétrico: Universidade Federal de Santa Maria-RS (EESM 03), 29,89 km/bateria
2009 – Kartódromo de Interlagos (São Paulo-SP)
Gasolina: Universidade Federal de Santa Maria-RS (EESM 06), 345,500 km/l
Elétrico: UNIFEI Itajubá-MG (Tesla), 39,6 km/bateria
2010 – Kartódromo de Interlagos (São Paulo-SP)
Gasolina: Universidade Federal de Santa Maria-RS (UFSM 50), 284,248 km/l
Elétrico: Instituto Mauá de Tecnologia-SP (Econo Mauá Elétrico), 14,578 km
Etanol: Universidade Anhembi Morumbi-SP (Errbanol), 140,047 km/l
2011 – Kartódromo de Interlagos (São Paulo-SP)
Gasolina: Universidade da Região de Joinville-SC (Ecoville), 594,394 km/l
Elétrico: Universidade Federal de Santa Maria-RS (EESM 11), 13,668 km
2012 – Kartódromo Raceland (Pinhais-PR)
Gasolina: Colégio Técnico de Santa Maria-RS (Ecoctism 04), 277,558 km/l
Elétrico: UNIFEI Itajubá-MG (Ampéra), 14 voltas
Etanol: Centro Federal de Educação Tecnológica (Ecofet/E06), 122,770 km/l
2013 – Kartódromo de Interlagos (São Paulo-SP)
Gasolina: Instituto Mauá de Tecnologia-SP (Pé de Pano), 405,845 km/l
Elétrico: Escola de Engenharia de São Carlos-SP (Faísca II), 42,492 KJoules
Etanol: Instituto Mauá de Tecnologia-SP (Barão de Mauá), 233,057 km/l
2014 – Kartódromo de Interlagos (São Paulo-SP)
Gasolina: Instituto Mauá de Tecnologia (Pé de Pano), 364,114 km/l
Elétrico: FATEC Santo André-SP (Jarvis Mark II), 54,073 KJoules
Etanol: Instituto Mauá de Tecnologia-SP (Barão de Mauá), 255,748 km/l
As melhores marcas em Interlagos
Gasolina: Universidade da Região de Joinville-SC (Ecoville), 594,394 km/l (2011)
Elétrico: FATEC Santo André-SP (Jarvis Mark II), 54,073 KJoules (2014)
Etanol: Instituto Mauá de Tecnologia-SP (Barão de Mauá), 255,748 km/l (2014)
Recordes absolutos
Gasolina: Universidade Federal de Minas Gerais-MG (CEA-M2), 598,856 km/l (2006, Cruz Alta)
Elétrico: FATEC Santo André-SP (Jarvis Mark II), 54,073 KJoules (2014, Interlagos)
Etanol: Instituto Mauá de Tecnologia-SP (Barão de Mauá), 255,748 km/l (2014, Interlagos)
O trabalho de alunos e professores nos boxes antes de entrar na pista.