O Brasil se prepara para tendências mundiais da mobilidade, como a eletrificação, que entrará no mercado nacional, mas gradativamente, ao longo dos próximos 20 anos.
Isto em razão da alta eficiência dos motores de combustão interna e dos biocombustíveis (etanol e biodiesel) disponíveis no País, que são considerados neutros em termos de emissões de CO2, portanto serão mantidos ainda por muito tempo aqui, embora, no Exterior, muitas cidades já discutam proibir a circulação destes veículos.
O País não terá fabricação significativa de carros elétricos ou autônomos em breve, mas as engenharias já precisam ir atrás do conhecimento como preparação para quando houver importações.
Neste ponto, os treinamentos serão fundamentais para que os engenheiros entendam os novos sistemas porque haverá necessidade de manutenção dos veículos.
Para gerenciar uma mudança radical, a organização precisa ter um sistema de gestão da qualidade bem elaborado e, consistentemente, implementado para estruturação de qualquer processo dentro da empresa.
Isto é, garantia de que a mudança será estruturada e nenhum fato relevante será esquecido na análise das ações necessárias para implementar a mudança.
Nesse sentido, a recomendação é que toda empresa, antes de iniciar um processo de mudança significativa ou radical, realize uma auditória profunda do sistema de gestão da qualidade para garantir que, de fato, tem consistência.
Uma vez definido, o sistema de gestão da qualidade continua ser atualizado para atendimento de novos requisitos.
Os processos da mudança também devem seguir, rigorosamente, os procedimentos definidos no sistema de gestão da qualidade para que as alterações sejam inseridas da forma certa na primeira vez.
Por exemplo, uma mudança radical em produto precisa ser refletida no sistema de gestão da qualidade. Sempre que sair do conhecido, a engenharia precisa fazer análises profundas.
Fato é que nos últimos anos a indústria automobilística se tornou bastante exigente com relação ao sistema de gestão da qualidade, que busca garantir as entregas com zero defeito.
Os SQ’s tendem a ser cada vez mais completos em todos os players do setor, mas enquanto algumas empresas ainda os enxergam como mal necessário, não contabilizando as vantagens deles, outras seguem à risca e tiram proveito da sustentabilidade garantida ao negócio.
Com a oferta de auditorias, treinamentos e publicações, o IQA destaca neste mês de novembro, que é dedicado mundialmente à qualidade, a sua vocação para o aperfeiçoamento do sistema de gestão da qualidade na indústria e da competência dos atores responsáveis pela implementação de mudanças, seja em produtos, processos ou pessoas.
* Stephan Blumrich é diretor do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e vice-presidente e gerente geral da Umicore