As quinze marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 34.597 unidades, anotaram em 2019 queda de 7,9% ante igual período de 2018, quando foram vendidas 37.582 unidades importadas.
A totalização anualizada de automóveis e comerciais leves importados ficou abaixo da previsão da entidade que havia sinalizado inicialmente 50 mil unidades para 2019 e depois revista para 40 mil unidades.
“Infelizmente, terminamos o ano com quase 8% abaixo dos números de 2018. No segundo ano sem os 30 pontos percentuais adicionais no IPI, do Programa Inovar-Auto, vislumbrávamos obter uma recuperação mais sólida, mais consistente. Mas, desta vez, a persistente alta do dólar inibiu os nossos negócios, em especial no segundo semestre do ano passado”, argumenta José Luiz Gandini, presidente da Abeifa.
Setor fechou 2019 com 34.597 unidades licenciadas ante projeção de 40 mil veículos importados; a produção nacional fechou o ano com 33.090 unidades, 39,6% mais em relação ao ano de 2018.
No comparativo mensal, dezembro de 2019 registrou queda de 0,3% em relação a igual período de 2018. Foram comercializadas 3.380 unidades contra 3.389 licenciamentos em dezembro do ano anterior. O desempenho de vendas no mês de dezembro, porém, significou também alta de 22,2%, comparado ao mês imediatamente anterior. Foram 3.380 unidades contra 2.766 unidades em novembro último.
Produção local – Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, CAOA Chery, Land Rover e Suzuki fecharam o ano com 33.090 unidades emplacadas, total que representou alta de 39,6% em relação a 2018, quando totalizaram 23.699 unidades.
Ao considerar somente o mês de dezembro último, as quatro associadas emplacaram 3.584 unidades nacionais, 13,9% superior às 3.148 unidades de novembro e 47,1% mais que as 2.436 unidades de dezembro de 2018.
Para 2020, de acordo com Gandini, a Abeifa estima emplacar, entre importados e produção nacional, 90 mil unidades, crescimento de 33% sobre os dados de emplacamentos de 2019.
“Em princípio, nossa primeira projeção pode parecer otimista demais, diante das estimativas já anunciadas pela indústria e pelo setor de distribuição, na casa de 10%. Em nosso caso, porém, o porcentual de crescimento é maior por conta da demanda reprimida de 2019, ano em que o dólar flutuou na média mais próximo aos R$ 4,00”, argumenta Gandini.
Com os importados, a expectativa é atingir 42,5 mil unidades emplacadas em 2020, 22% mais em relação ao ano passado, considerando o atual câmbio de R$ 4,00. Mas, se o dólar cair para R$ 3,80, como se espera, a previsão pode chegar a 45 mil unidades.
Participações – Em dezembro último, com 6.964 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,76% do mercado total de autos e comerciais leves (251.974 unidades). No acumulado, o market share foi de 2,55% (67.687unidades, do total de 2.659.278 unidades).
Vale ressaltar que, no acumulado de 2019, o total de 34.597 unidades importadas representou apenas 1,3% do mercado interno de 2.659.278 automóveis e comerciais leves.
Se considerado o total de veículos importados, ou seja aqueles trazidos também pelas montadoras, as associadas à Abeifa responderam, em dezembro, por 11,75% (3.380 unidades, do total de 28.756 unidades importadas) e, no acumulado, 12,01% (34.597 unidades, do total de 288.103 veículos importados).