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Direção econômica: 10 dicas de como gastar menos combustível ao dirigir

Por Diego Fischer*

Em um momento como o atual, em que os preços dos combustíveis estão elevados e não param de subir, saber identificar vícios que impactam o consumo e tomar atitudes que ajudem a reduzir consideravelmente as despesas com gasolina, etanol ou diesel são questões cruciais para qualquer motorista.

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Embora os veículos elétricos já estejam rodando por aí, ainda há uma longa estrada até que deixemos de ser dependentes dos combustíveis tradicionais, principalmente no Brasil.

E mais: tendo em vista que os carros são os maiores vilões da poluição do ar, conhecer práticas de direção econômica também se torna fundamental para a diminuição de nosso impacto ambiental, pois ajuda a reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera.

A direção econômica parte do princípio de que existe uma maneira ideal de dirigir um veículo, que demanda menor quantidade de energia para se mover, produzindo baixo desgaste mecânico e menor impacto ao meio ambiente.

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Em outras palavras, trata-se de uma série de ações que o condutor deve conhecer e adotar para reduzir o consumo de combustível do veículo, bem como o dano às suas peças, aumentando de forma considerável a sua vida útil, além de oferecer mais segurança e poluir menos – com boas práticas de condução econômica, aliadas à manutenção correta do carro, é possível reduzir em até 35% o consumo de combustível.

Existem alguns hábitos que quase todo motorista tem ao dirigir e que aumentam drasticamente o consumo de combustível.

Mas, com um pouco de atenção, disciplina e treino, é possível abandonar esses vícios e gerar uma economia considerável não só com abastecimento, mas também com a manutenção.

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Ao dar partida no motor, por exemplo, não faz sentido pisar no acelerador, pois, em tese, o carro é ligado automaticamente.

Já ao engatar a primeira marcha – que tem consumo mais alto – evite que ela seja seguida de uma aceleração muito longa ou intensa. Mesmo em veículos com câmbio automático, o ideal é arrancar e acelerar sempre de forma suave.

Quanto mais rápido estiver o veículo, mais combustível será gasto: portanto, fique atento ao peso do pé no acelerador.

Em termos de faixa de rotação, o ideal é saber em qual delas o seu carro apresenta melhor rendimento.

Na maioria dos modelos compactos, por exemplo, costuma ser entre 1.800 rpm e 2.000 rpm. Rodar fora desse intervalo pode consumir mais.

Calcular bem as frenagens, trocar marchas no momento certo, sem “esticá-las” demais, e evitar deixar o carro muito tempo em ponto morto são outros exemplos que ajudam a aumentar a autonomia entre cada abastecimento, bem como reduzir a emissão de gases poluentes e poupar os freios, além de outros componentes.

Um item que ajuda bastante a entender e controlar seu consumo de combustível, e que está disponível em vários automóveis, é o marcador de consumo instantâneo, também conhecido como “econômetro”.

Saber calcular quanto seu carro tem consumido também ajuda a você a ter certeza de que está dirigindo de forma mais econômica.

Algumas atitudes são simples e suficientes para gerar uma economia de combustível. Veja abaixo 10 dicas:

  • Quanto mais peso, maior o consumo: conforme a carga aumenta, é preciso mais força para transportá-la.
  • Por isso, evite levar peso extra no veículo que não seja extremamente necessário. Itens como bagageiros removíveis e suportes de bicicletas devem ser instalados somente durante o uso.
  • Ar-condicionado: aprecie com moderação. Ao ligar o ar-condicionado, a potência do motor do veículo é dividida entre a rotação das rodas e o resfriamento do ar interno.
  • Além de prejudicar a potência, o uso frequente desse recurso é responsável por até 20% do aumento do gasto de combustível.
  • Não se arrisque na “banguela”: além de não ser seguro, o hábito de dirigir com o câmbio em ponto-morto – principalmente em descidas – não ajuda a economizar e ainda contribui para um desgaste desnecessário dos freios.
  • Mantenha o veículo o mais aerodinâmico possível: isso resulta em menor resistência ao ar e, consequentemente, em economia de combustível. Deixar janelas e teto solar fechados e retirar o bagageiro quando não tiver uso ajudam nesse quesito. Em altas velocidades, ligar o ar-condicionado pode gerar um gasto menor de combustível do que abrir as janelas do veículo. Se a velocidade for inferior a 60 quilômetros por hora, o melhor é abrir os vidros.
  • Calibre os pneus com frequência: deixar de calibrar os pneus regularmente faz com que eles fiquem mais aderentes ao chão e trabalhem como se você estivesse dirigindo com o pé no freio. Dessa forma, o motor precisa funcionar com mais força para deslocar o veículo e acaba gastando até 25% a mais em combustível.
  • Mantenha as trocas de óleo e do filtro de ar em dia: óleo vencido ou de má qualidade eleva não só o consumo de combustível, como o desgaste do motor, pois provoca maior aquecimento devido ao atrito. Já o filtro de ar sujo provoca a diminuição do fluxo de ar para o motor, e a central eletrônica faz a compensação injetando mais combustível. Nesse caso, o aumento de consumo pode chegar a 8%.
  • Não deixe os dispositivos elétricos ligados sem necessidade: o aumento da corrente elétrica também eleva consideravelmente o consumo de combustível. Faróis e luzes auxiliares, limpadores de para-brisa, sistema de ventilação e outros itens elétricos devem ser usados apenas durante o período necessário.
  • Aplicativos de trânsito: o caminho mais curto nem sempre é o mais econômico, pois você pode se deparar com congestionamentos, ladeiras e lombadas que fazem o carro consumir mais. Aplicativos que monitoram o trânsito em tempo real até podem indicar um trajeto mais longo, mas certamente será uma rota que permite velocidade constante, o que é mais econômico em termos de gasto de combustível.
  • Aplicativos de consumo: eles monitoram o consumo e a distância percorrida, calculam o tempo do próximo abastecimento, dão alertas de calibragem de pneus, guardam o histórico do maior e menor consumo, entre outras funcionalidades. A maioria deles é gratuito.
  • Abasteça com o combustível indicado no manual: em certos casos, os combustíveis “premium” podem não exercer nenhuma influência no desempenho do carro. Use apenas quando forem indicados no manual do veículo: do contrário, você só irá gastar dinheiro, sem obter retorno.
  • Colocando em prática essas dicas, é possível gerar economia de combustível em qualquer tipo de carro, até nos mais “beberrões”: afinal, como já deu para notar, o modo como dirigimos influencia diretamente no consumo. Mas quem quer praticar uma direção econômica e busca o consumo consciente de combustível provavelmente já considerou opções de veículos mais eficientes como forma de potencializar ainda mais a economia obtida.

Diego Fischer é CEO da Carupi, startup de tecnologia que facilita o trâmite de compra e venda de automóveis – carupi@nbpress.com / www.carupi.com

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