A Volkswagen do Brasil celebra os 65 anos de fundação da Ferramentaria, localizada na fábrica da Anchieta em São Bernardo do Campo/SP neste mês.
A unidade de negócio, inaugurada em 2 de setembro de 1957, sempre priorizou a qualidade e já forneceu ferramentas e dispositivos para produção a países como Alemanha – incluindo o ID.4 e ID.3 –, China, Irã, Argentina, México e Hungria.
“Inovação e empreendedorismo são as características que, aliadas à sua capacidade técnica, fazem da Ferramentaria um parceiro de confiança dentro do Grupo Volkswagen”, explica Miguel Sanches, vice-presidente de Operações da Volkswagen do Brasil e Região América do Sul.
“A área, além de atender as várias fábricas do Grupo, está hoje estruturada para atender outros clientes no mercado. Este perfil contribui para expandir suas atividades e gerar novas receitas”, destaca o executivo.
A Ferramentaria da Volkswagen do Brasil vem estendendo seu portfólio e utiliza cada vez mais a tecnologia em seu favor, como uso de robôs com câmera, fortalecendo a indústria voltada ao futuro.
A área exportou ferramentas de peças estampadas de painéis internos de laterais, caixas de roda e reforços de portas para a fabricação dos elétricos ID.4 e ID. 3 na fábrica de Zwickau, na Alemanha).
Recentemente, houve grande participação na construção de ferramentas para laterais externos, tetos, tampa dianteira e tampas traseiras do SUVW Taos, produzidos tanto na Argentina como no México.
A área tem o compromisso de cada vez mais inovar criando, por exemplo, otimização das formas tradicionais de itens do ferramental que acarretam na diminuição do peso do material e, consequentemente, menos custos envolvidos e ganho de competitividade, com processos mais eficazes e ágeis, além de contribuir para o meio ambiente.
As simulações digitais dos processos de fabricação de ferramentas e dispositivos de solda permitem redução bastante grande do tempo no processo de ‘try-out’, que é a etapa anterior a produção de peças e carrocerias dos automóveis.
Isso tudo levando em consideração muitas horas de treinamentos as pessoas com tecnologia de ponta. O perfil da equipe que trabalha na área hoje compreende 11% de mulheres – dentre elas engenheiras, ferramenteiras e operadoras de máquina CNC (Controle Numérico Computadorizado) e, embora esteja celebrando 65 anos de existência, a média de idade é de 37 anos.
“A área acompanha a evolução tecnológica das plantas da Volkswagen, sendo uma solução para todas elas. A Ferramentaria tem um papel muito forte na qualidade e produtividade de nossos produtos”, afirma Miguel.
A área também está em contato com universidades (ITA, FGV, Centro de Inovação do Instituto Senai, Universidade Federal do ABC) para melhorar os processos de construção de ferramentas e dispositivos ainda mais competitivos em razão do Rota 2030.
Pró-Ferramentaria – São da Volkswagen os primeiros projetos aprovados pelo programa Pró-Ferramentaria, do Governo do Estado de São Paulo.
A iniciativa apoia a indústria paulista ao permitir que montadoras e fornecedores usem créditos de ICMS para comprar ferramentais de empresas do Estado, gerando desenvolvimento.
Pioneira no Pró-Ferramentaria, a VW apresentou três projetos que resgatam R$ 41,1 milhões em créditos de ICMS.
Outros ferramentais serão objeto de novos pedidos de liberação do imposto. Os projetos da VW servem de referência para outras empresas.
“O programa é excelente para a cadeia ligada à Ferramentaria. É um trabalho de grande escala com envolvimento multiáreas, de entidades sindicais e associações da indústria. Com certeza será um catalizador para aquecer o setor. E nós, como Ferramentaria, continuamos trabalhando com afinco para garantir um processo rápido e competitivo”, finaliza Flavio Pessutte de Castro, gerente executivo da Ferramentaria.
65 anos de história no Brasil – No dia 2 de setembro de 1957, a Volkswagen do Brasil iniciou a montagem da primeira Kombi com 50% de peças nacionais, na fábrica de São Bernardo do Campo/SP. Nesse período, o trabalho da Ferramentaria estava restrito à realização de pequenos ajustes.
Foi com a chegada da primeira prensa, em agosto de 1958, que o setor iniciou a preparação do ferramental necessário à estampagem.
O transporte da prensa de 94 toneladas entre o Porto de Santos e a fábrica da Anchieta exigiu uma complexa operação, com a interrupção do tráfego de trens entre Santos e Santo André.
Os trilhos duplos da linha férrea foram retirados para que o equipamento passasse pelos túneis existentes ao longo da Serra do Mar.
Na estação de Santo André, as partes do maquinário foram divididas em grandes carretas para o transporte até o destino final, em São Bernardo do Campo.