Em fevereiro, segundo dados da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, os emplacamentos de veículos tiveram alta nas vendas diárias, na comparação com janeiro de 2023, e evolução de 11,16% sobre o mesmo mês de 2022. No ano, o setor registra crescimento acumulado de 14,25%.
“Tivemos apenas 18 dias úteis em fevereiro e conseguimos evoluir 11,16% no volume diário de veículos sobre o resultado de janeiro. Na média, foram emplacadas 12.801 unidades, diariamente, em fevereiro, contra 11.516 unidades em janeiro deste ano. A elevação sobre o ano anterior está muito relacionada ao auge da crise de falta de produtos que atingiu o setor automotivo, principalmente, nos anos de 2021 e 2022”, analisa Andreta Jr., Presidente da FENABRAVE.
Segundo ele, dados os desafios conjunturais, como a alta taxa de juros e a sazonalidade de início de ano, os resultados são positivos. “Praticamente, todos os segmentos registram alta no acumulado do bimestre, em relação a 2022, com destaque para o mercado de motocicletas, categoria que tem boa expectativa de crescimento para este ano, segundo nossas projeções”, conclui Andreta Jr.
Automóveis e Comerciais leves – Após registrar bons resultados em janeiro, os segmentos de autos e leves tiveram alta nas vendas diárias em fevereiro. “O volume de fevereiro foi apenas 8,2% menor do que o de janeiro, mesmo em um mês com quatro dias úteis a menos de emplacamentos. Isso se deve ao fato de que, aos poucos, o setor tem conseguido encontrar o equilíbrio entre a oferta de produtos e a demanda dos consumidores”, afirma Andreta Jr.
Automóveis e Comerciais Leves Eletrificados – Os segmentos registraram um volume bastante próximo ao de janeiro (4.294 unidades em fevereiro, contra 4.502 no mês anterior). “Os híbridos seguem dominando este mercado, com participação superior a 80%, mas vale destacar que os emplacamentos de modelos elétricos tiveram alta de 79,7% no bimestre”, diz o Presidente da FENABRAVE.
Caminhões – Segundo o Presidente da FENABRAVE, o movimento de antecipação de compras, por conta da mudança de tecnologia dos motores, exigida pelo PROCONVE P8, tem provocado volatilidade nos números do segmento. “Já esperávamos um primeiro trimestre com essas variações, pois, neste período, os compradores podem optar por veículos adequados às duas regras de emissões”.
Ônibus – Apesar da base baixa de comparação, já que o segmento foi um dos mais afetados nos últimos anos, Andreta Jr. destaca que já são claros os sinais de retomada no mercado de ônibus. “Essa categoria passou por um período difícil, com as restrições de circulação e as dificuldades enfrentadas pelas empresas de transporte de passageiros, mas os sinais de uma recuperação consistente já são visíveis. Basta lembrar que a alta acumulada de 2022 foi de 23,4%”, lembrou o Presidente da FENABRAVE.
Implementos Rodoviários – O segmento mantém resultados bastante próximos aos registrados em 2022. “É um mercado bastante atrelado ao de caminhões, mas temos notado sinais de recuperação, que podem se confirmar no médio prazo”, afirma Andreta Jr.
Motocicletas – Considerado como um dos segmentos com maior potencial de crescimento para 2023, o mercado de motocicletas segue registrando bons números. “Mesmo com a seletividade de crédito, a demanda segue alta, já que se trata de um veículo essencial para a logística urbana das cidades e para qual muitos motoristas de automóveis e comerciais leves têm migrado, seja pela facilidade de locomoção ou por questões relacionadas aos valores gastos em aquisição e combustíveis, por exemplo”, analisa Andreta Jr.
Motocicletas Eletrificadas – Apesar do menor número de dias úteis, em fevereiro, o segmento conseguiu superar o volume total de janeiro. “No 1º. Bimestre, tivemos pouco mais de 1.000 unidades emplacadas e a expectativa é de crescimento para 2023”, opina o Presidente da FENABRAVE.
Tratores e Máquinas Agrícolas – Após excelente resultado em 2022, a comercialização de tratores e máquinas agrícolas apresentou um ajuste de mercado em janeiro. “A base de comparação é alta, já que o ano passado foi muito bom para o segmento. Além disso, os juros altos têm postergado a tomada de decisão de compra dessas máquinas”, diz o Presidente da FENABRAVE.
Obs.: Por não serem emplacados, Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamento junto aos fabricantes.