domingo, 18 maio , 2025
28 C
Recife
Ofertas FIAT

Para fornecedores automotivos, veículos flex serão solução durante processo de eletrificação no Brasil

Em parceria com Sindipeças e Anfavea, consultoria mostra que 34% dos respondentes já estão se preparando para atender à demanda crescente dos EVs. Previsibilidade, competição com itens importados e capacidade de investimento são principais desafios do setor.

Um novo estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) mostra que mais de 80% dos fornecedores automotivos acredita que o Brasil conviverá com veículos flex enquanto avança no processo de eletrificação, e 34% deles já está pronto ou se preparando para o crescimento na demanda de componentes de EVs. O BCG ouviu 65 empresas do setor automotivo brasileiro, sendo 23 delas com mais de R$ 300 milhões em faturamento.

Os resultados mostram que grande parte dos fornecedores automotivos estão de fato apostando na penetração de veículos híbridos nos próximos 5 a 10 anos, e já estão se preparando para atender esta demanda. “Devemos conviver com diferentes tecnologias em paralelo enquanto avançamos no processo de eletrificação no Brasil. Esta perspectiva demonstra alinhamento com a visão dos fornecedores automotivos. O Brasil está inserido na cadeia de suprimentos automotiva global e deve refletir sobre suas oportunidades e desafios neste momento de transição tecnológica”, afirma Masao Ukon, diretor executivo e sócio do BCG.

- Publicidade -

Para 30% dos entrevistados, o Brasil deve focar sua infraestrutura e capacidade para desenvolver veículos híbridos. 28% acreditam que o país deve se tornar o centro de exportação de peças e componentes para motores de combustão, considerando que alguns países do mundo também terão uma transição mais lenta para os elétricos. Quando questionados sobre como a cadeia de fornecimento deve impactar o mercado no processo de eletrificação, 66% dos participantes afirmaram que a evolução da base de fornecedores pode atrasar a adoção de veículos eletrificados, enquanto 30% acreditam que a base de fornecedores irá se adaptar às necessidades da indústria e não deve impactar a transição para frotas elétricas.

Os principais desafios citados pelas empresas de fornecimento de peças são a previsibilidade de demanda, competitividade da indústria (versus mercado internacional), e a capacidade de investimentos – afirmaram 66%, 62% e 51% dos participantes, respectivamente. Nesse sentido, a análise do BCG aponta que o estreitamento do relacionamento entre OEMs (Fabricantes de equipamentos originais, na sigla em inglês) e fornecedores se torna mais relevante para aumentar a transparência e alinhamento de perspectivas sobre demanda e tecnologias, facilitando o desenvolvimento do setor.

“Fornecedores no Brasil terão maior tempo para adaptar seu portfólio de produtos e capacidade produtiva local para atender novas tendências tecnológicas de veículos eletrificados. Entretanto, em virtude dos largos tempos de desenvolvimento do setor (5-10 anos), já existe a necessidade para tomada de decisões estratégicas”, afirma Juan Sanchez, sócio do BCG. A pesquisa mostra que 44% dos entrevistados acreditam que devem diversificar seus portfólios de produtos para cobrir novas tecnologias de veículos eletrificados, e apenas 13% afirmaram que pretendem manter o portfólio atual – mesmo que seu foco seja em motores de combustão.

- Publicidade -

Segundo a análise do BCG, são cinco os principais insights tirados da pesquisa:

  1. Fornecedores enxergam convivência de diferentes tecnologias nos próximos 5-10 anos, e veículos híbridos como primeira etapa no processo de eletrificação;
  2. Participantes da pesquisa indicam que transição deve ocorrer de forma gradual, com adaptação do portfólio e de plantas conforme evolução da demanda;
  3. Previsibilidade da demanda, competitividade e capacidade de investimento são os principais desafios apontados pelos fornecedores para avançarem neste processo;
  4. Colaboração entre montadoras e fornecedores pode facilitar o processo de transição tecnológica e mitigar riscos;
  5. O Brasil pode aproveitar oportunidades de exportação de tecnologias de motores à combustão, alavancando a infraestrutura e conhecimento local.

“Ainda veremos muitas mudanças no cenário automotivo nacional. É importante acompanhar essa transformação com o contexto do Brasil, levando em consideração tanto os usuários do mercado interno quanto as possibilidades de exportação. E o momento de agir é agora: empresas preparadas para o futuro terão resiliência e se adaptarão melhor às demandas que virão”, finaliza Masao.

O estudo completo está disponível no site do BCG.

Ofertas FIAT

Matérias relacionadas

Ofertas FIAT
Novo Peugeot 2008

Mais recentes

Ofertas de Serviços Chevrolet

Destaques Mecânica Online

Avaliação MecOn

Novo Peugeot 2008