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Cobre se aproxima da máxima histórica e deve impactar o mercado de carros elétricos

A valorização de commodities metálicas, como o cobre, desafia a sustentabilidade econômica da produção de veículos elétricos, ameaçando sua adoção em massa.

A recente valorização do cobre e outros metais essenciais para a fabricação de veículos elétricos representa um grande desafio para a indústria. A elevação dos preços pode encarecer a produção e desacelerar a adoção desses veículos, que são cruciais para a transição energética global.

O mercado de veículos elétricos, apesar de seu potencial revolucionário para a sustentabilidade e eficiência energética, enfrenta desafios significativos devido à valorização dos metais utilizados em sua produção. O cobre, um dos principais componentes devido à sua alta condutividade, registrou uma valorização de 16% entre fevereiro e abril deste ano, alcançando quase USD 10.000 por tonelada, conforme dados da GEP COSTDRIVERS.

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A crescente demanda por veículos elétricos está diretamente ligada ao aumento do consumo de metais não-ferrosos como cobre, alumínio, níquel e lítio. Estes metais são fundamentais para a produção de baterias e componentes elétricos. Contudo, o aumento expressivo nos preços dessas commodities pode impactar negativamente a viabilidade econômica dos veículos elétricos.

O aumento no preço do cobre está relacionado a problemas de mineração em países como Chile, Peru, Panamá e Zâmbia. As minas existentes estão se esgotando e a abertura de novas minas exige investimentos significativos e tempo. A redução das margens de lucro no refino de cobre, especialmente na China, maior refinador global, também contribui para essa situação. Em 2023, a taxa de inatividade do maquinário na China subiu para 8,5%, comparada aos 4,1% no início do ano.

A indústria chinesa relatou um aumento de 6,9% na importação de cobre refinado, indicando um desequilíbrio crescente entre oferta e demanda. Este déficit deverá se acentuar nos próximos anos, resultando em preços ainda mais altos. Rodrigo Scolaro, economista da GEP COSTDRIVERS, ressalta que a produção global de cobre minerado não acompanhará o ritmo de crescimento da demanda, impactando significativamente o setor de veículos elétricos.

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Os veículos elétricos utilizam mais de 80 kg de cobre, em contraste com os 23 kg nos veículos a combustão, tornando-os particularmente vulneráveis às flutuações nos preços dos metais. Além do cobre, o níquel e o lítio, também essenciais para baterias, estão enfrentando aumentos de preço devido a suas próprias dinâmicas de mercado. Governos ao redor do mundo, como no Chile, México e Indonésia, estão ajustando políticas para aproveitar essa valorização, o que pode agravar ainda mais o aumento dos custos.

Diante deste cenário, espera-se que os custos de produção dos veículos elétricos subam, refletindo em preços finais mais altos e potencialmente desacelerando a adoção destes veículos. A metáfora do “novo petróleo” para os metais ilustra a crescente importância e os desafios econômicos associados a esses recursos na transição para tecnologias mais sustentáveis.

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