O navio-plataforma Maria Quitéria, uma unidade FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), chegou ao Brasil e será instalado no campo de Jubarte, na Bacia de Campos. Com operação prevista para iniciar até o final deste ano, a plataforma faz parte da estratégia da Petrobras para reduzir emissões e aumentar a eficiência operacional.
O navio-plataforma Maria Quitéria já está em território brasileiro, destinado ao campo de Jubarte, no Parque das Baleias, localizado na Bacia de Campos, na costa do Espírito Santo. Essa unidade FPSO (Floating Production Storage and Offloading) é um marco na indústria de petróleo, equipada com tecnologias inovadoras que permitem a redução de emissões de gases de efeito estufa em até 24%.
Um dos destaques é o ciclo combinado na geração de energia, que não só aumenta a eficiência operacional, como também alinha o projeto à estratégia de descarbonização da Petrobras.
Com capacidade para produzir até 100 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar 5 milhões de m³ de gás/dia, o FPSO Maria Quitéria também será capaz de injetar cerca de 330 mil bpd de água. A plataforma se interligará a oito poços produtores e oito injetores, operando em uma lâmina d’água de 1.385 metros de profundidade. Suas dimensões são impressionantes: 156 metros de altura até o flare, o equivalente ao Convento da Penha em Vitória (ES), e 333 metros de comprimento.
Outro destaque é sua capacidade de geração de 100 MW de energia, o suficiente para abastecer uma cidade de 230 mil habitantes. Essa infraestrutura coloca o FPSO Maria Quitéria na vanguarda da produção de petróleo, alinhando-o com os objetivos de sustentabilidade da Petrobras.
A Diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, destacou que o FPSO Maria Quitéria representa uma tecnologia inovadora e estratégica para a companhia. “Este projeto marca a entrada em operação de uma tecnologia que será um divisor de águas na estratégia de descarbonização da companhia, com potencial para reduzir até 24% das emissões, utilizando o gás natural na geração elétrica interna em ciclo combinado”, afirmou Sylvia.
A Petrobras tem mostrado seu DNA inovador no Espírito Santo, onde a companhia já instalou o seu primeiro Centro de Operações Integradas de E&P e desenvolveu projetos pioneiros, como o uso de realidade mista e a implantação de um laboratório de impressão 3D para suporte à operação.
