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Alain Prost revela ciúmes da conexão entre Ayrton Senna e o Brasil em nova campanha da Heineken

Em homenagem ao piloto brasileiro, Prost destaca sua admiração e relembra a rivalidade histórica na Fórmula 1 que se tornou uma amizade fora das pistas.

Alain Prost, tetracampeão mundial de Fórmula 1 e um dos maiores rivais de Ayrton Senna, compartilha sentimentos profundos sobre sua relação com o brasileiro e destaca o “poder de união” de Senna, celebrado na nova campanha da Heineken.

Em uma entrevista exclusiva realizada durante as filmagens da campanha “The Toast”, parte da iniciativa “Hoje e sempre nos unindo” da Heineken, Prost relembra a intensa trajetória ao lado de Ayrton Senna. No novo filme, o ex-piloto francês revisita memórias e revela que sentia ciúmes da paixão e do apoio incondicional do público brasileiro por Senna. Para ele, a conexão de Senna com o Brasil era tão especial quanto seu talento nas pistas. “Sempre que íamos ao Brasil, eu via o país inteiro com ele”, confessa Prost.

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Protagonistas de uma das rivalidades mais marcantes da Fórmula 1, Prost e Senna começaram como companheiros de equipe na McLaren, mas em 1989 a disputa se acirrou, culminando em um dos momentos mais conturbados da história do esporte. “Nosso relacionamento começou muito bem, depois tivemos um mal-entendido que nos distanciou”, recorda Prost, apontando que essa fase durou até 1993, quando ele se aposentou e os dois finalmente se reaproximaram.

Na conversa, Prost é enfático ao afirmar que Ayrton era um piloto especial, com um brilho singular que transcendia o esporte. “Quando eu comparo Ayrton com outros pilotos, sempre o coloco em uma categoria à parte. Ele era especial, alguém que se conectava genuinamente com as pessoas”, explica o francês, reconhecendo que a maneira como Senna tratava os fãs e o trabalho social que realizava pelo Instituto Senna tocaram profundamente a população. O apoio ao piloto continuou mesmo após seu falecimento em 1994, criando uma memória que, segundo Prost, os brasileiros mantêm viva até hoje.

O documentário traz ainda um momento emocionante em que Prost expressa o desejo de poder compartilhar uma última Heineken com o brasileiro. “Esse era o plano”, revela. No fim de 1993 e início de 1994, Senna e Prost conversavam frequentemente, mais de uma vez por semana, segundo Prost, em diálogos que discutiam o presente e o futuro do esporte. No entanto, ele afirma que muitas questões ainda ficaram sem resposta e que, se tivesse essa oportunidade, gostaria de entender melhor a mente de Ayrton. “Ele era uma pessoa misteriosa, e eu queria muito que tivéssemos tido mais tempo para explorar isso juntos”, lamenta.

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Esse novo filme de Heineken explora justamente o legado de Senna e sua capacidade de unir o país. Prost compartilha o sentimento de respeito e amizade que se desenvolveu com o tempo, afastando qualquer mal-estar do passado. “Ele me dizia que não queria ser amigo enquanto corríamos, pois isso tiraria sua motivação, mas acreditava que, depois da minha aposentadoria, poderíamos finalmente nos divertir”, revela Prost, com uma mistura de saudade e carinho.

Prost, que hoje celebra o amigo e rival em uma homenagem global, finaliza: “Senna era um dos poucos pilotos que conseguiu levar a Fórmula 1 além do esporte. Ele tinha uma conexão única com as pessoas e deixou um vazio que será impossível de preencher, mas também uma lembrança que, como vemos aqui, se mantém viva e forte”.

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