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Gigantes do setor de etanol buscam tecnologias inovadoras para maximizar produtividade e sustentabilidade

Lideradas por empresas como LBDS, Raízen e Braskem, iniciativas de biotecnologia prometem aumentar a eficiência, reduzir custos e promover a diversificação das biorrefinarias brasileiras.

A indústria de etanol no Brasil está se preparando para um grande salto em eficiência e sustentabilidade. Com um investimento estimado em R$ 130 bilhões, as maiores empresas do setor, incluindo Raízen, Braskem e LBDS, se unem para otimizar a produção e explorar novas tecnologias, como a biotecnologia, para impulsionar o desempenho das biorrefinarias e ampliar a produção de biocombustíveis sustentáveis.

O setor de etanol brasileiro vive um momento decisivo. Com a recente aprovação do plano “Combustíveis do Futuro” pelo governo federal, que exige a ampliação do uso de etanol nas misturas com gasolina, o mercado já se movimenta para atender à demanda crescente. Estima-se que serão necessários R$ 130 bilhões em investimentos para modernizar e expandir a capacidade produtiva. Para alcançar esse objetivo, o setor se volta para novas tecnologias, principalmente a biotecnologia, para elevar a produtividade e reduzir custos.

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A Lallemand Biofuels & Distilled Spirits (LBDS), uma das líderes globais em biotecnologia de enzimas e leveduras, lidera a iniciativa, reunindo grandes players como Raízen, Braskem, BP Bioenergy, Cerradinho Bio, Tereos, São Martinho, Inpasa e Atvos. Essas empresas estão formando um hub tecnológico com o objetivo de compartilhar informações e experiências para aumentar a eficiência das biorrefinarias e reduzir as emissões no processo produtivo de etanol.

A LBDS tem se destacado ao aplicar soluções biotecnológicas, como o uso de leveduras de alta performance para otimizar o processo de fermentação. Segundo estudos da empresa, esses avanços podem aumentar a produtividade em até 6%, ao mesmo tempo que reduzem em 25% as emissões de CO2. Além disso, a empresa estima que o uso dessas tecnologias possa gerar um aumento de até R$ 1 bilhão nas receitas do setor.

Esses avanços são particularmente importantes para a produção do etanol de segunda geração (2G), obtido a partir de biomassa, como o bagaço da cana-de-açúcar. A Raízen, por exemplo, acaba de firmar uma parceria para implantar uma biorrefinaria a partir de lignina, um polímero presente no bagaço da cana. A tecnologia de fermentação avançada será crucial para a conversão da lignina em etanol, processo que exige o uso de enzimas e leveduras biotecnológicas.

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“A biotecnologia no processo de fermentação aumenta exponencialmente os ganhos das biorrefinarias e reduz as emissões. Queremos formar um hub de empresas no Brasil para acelerar o aumento da produtividade dos biocombustíveis e dos bioquímicos sustentáveis”, afirmou Fernanda Firmino, gestora de negócios da LBDS no Brasil.

A Biofuels Academy Brasil (BFA), evento que será realizado em Campinas (SP) nos dias 4 e 5 de dezembro, promete ser um marco para a indústria. O encontro reunirá especialistas de biorrefinarias de milho, cana-de-açúcar e etanol 2G, discutindo a otimização de processos fermentativos, controle de contaminação e maximização do rendimento. A intenção é diversificar as biorrefinarias para além da produção de etanol e explorar novos produtos sustentáveis, com foco na rentabilidade e no respeito ao meio ambiente.

Esse movimento de inovação e colaboração pode marcar o início de uma nova era para o setor de biocombustíveis no Brasil, que, ao adotar tecnologias mais avançadas, poderá garantir não só o crescimento do mercado de etanol, mas também uma maior competitividade global.

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