Há 55 anos, o Citroën GS e o Citroën SM foram apresentados no Salão de Genebra, redefinindo os padrões de tecnologia, conforto e aerodinâmica. Enquanto o GS impressionava com sua suspensão hidropneumática e motor refrigerado a ar, o SM combinava luxo e desempenho com um motor Maserati V6 e design futurista.
Em 11 de março de 1970, a Citroën fez história ao lançar dois veículos que se tornariam referências no mercado automotivo. O Citroën GS, voltado para o segmento médio, impressionava pelo conforto excepcional, cortesia da sua suspensão hidropneumática, tecnologia inexistente nos concorrentes da época. Seu design aerodinâmico e motor 4 cilindros refrigerado a ar também foram diferenciais que o destacaram.
Logo no ano seguinte, o modelo ganhou duas novas variantes: GS Break, com amplo porta-malas de 710 litros, e GS Service, voltado para transporte comercial. A versão Service era oferecida em duas configurações: Vitrée, com grande painel de vidro lateral, e Tolée, com carroceria metálica fechada.
A consagração veio em 1971, quando o GS foi eleito Carro Europeu do Ano. Seu sucesso comercial consolidou-se com 2,5 milhões de unidades produzidas entre 1970 e 1986.
No mesmo ano, a marca francesa também apresentava ao mundo o Citroën SM, um dos veículos mais inovadores e sofisticados de sua era. Criado pelo designer Robert Opron, o modelo combinava aerodinâmica avançada, tecnologia de ponta e desempenho esportivo.
O nome “SM” remetia à parceria com a Maserati, que forneceu o motor V6 de 2,7 litros (posteriormente 3,0 litros), permitindo ao carro atingir 180 cv e ultrapassar os 220 km/h, tornando-o um dos modelos de tração dianteira mais velozes da época.
Seu design futurista trazia elementos exclusivos, como faróis direcionais encapsulados, enquanto a suspensão hidropneumática autonivelante proporcionava conforto inigualável. Outra inovação foi a direção hidráulica progressiva Diravi, que ajustava a assistência conforme a velocidade, tornando a condução mais intuitiva e ágil.
O SM foi também o primeiro modelo europeu de produção em série a oferecer ajuste de altura e profundidade do volante, reforçando seu compromisso com a ergonomia e o conforto do motorista. Seu coeficiente aerodinâmico de 0,26 permanece impressionante até os dias de hoje.
Além do reconhecimento técnico, o SM conquistou clientes ilustres, como Johan Cruyff, Burt Reynolds, Daniel Craig e Jay Leno. O modelo também teve versões especiais, incluindo uma unidade presidencial para Georges Pompidou, ex-presidente da França.
Mesmo com o passar das décadas, o Citroën SM continua sendo um clássico cult, admirado por colecionadores e entusiastas que reconhecem seu impacto na história automotiva.
55 anos depois, GS e SM permanecem como símbolos da ousadia e do pioneirismo da Citroën, que sempre desafiou os limites do design e da engenharia para criar carros à frente de seu tempo.