McLaren Automotive avança na inovação da fibra de carbono com a introdução do Automated Rapid Tape (ART), um processo revolucionário que promete estruturas ainda mais leves, rígidas e eficientes, aplicadas inicialmente no supercarro McLaren W1.
Com mais de quatro décadas de experiência na utilização da fibra de carbono para máxima leveza, desempenho e resistência estrutural, a McLaren Automotive mais uma vez redefine os padrões da indústria automotiva. Agora, a marca britânica introduz uma inovação sem precedentes: o Automated Rapid Tape (ART), um processo de fabricação altamente avançado que eleva as capacidades desse material para novos patamares.
Inspirado por métodos ultra-precisos da indústria aeroespacial, o ART substitui a tradicional aplicação manual de compostos por um processo automatizado que permite mais precisão, maior resistência estrutural e menos desperdício de material. Essa tecnologia, desenvolvida no McLaren Composites Technology Centre (MCTC), em Sheffield, Reino Unido, otimiza a deposição das camadas de fibra de carbono, criando estruturas ainda mais leves e resistentes.
Diferente do processo tradicional utilizado em aviões e carros de corrida, que usa braços robóticos para aplicar fitas de compósito, o Automated Rapid Tape da McLaren emprega uma abordagem inovadora: uma cabeça de deposição fixa combinada com uma base móvel e rotativa, acelerando significativamente a produção e tornando-a mais adequada para a fabricação automotiva em larga escala.
Além de otimizar a relação resistência-peso, essa nova tecnologia permite que os engenheiros ajustem a rigidez da fibra de carbono em diferentes direções. Isso abre caminho para componentes aerodinâmicos complexos, mais eficientes e com maior resistência estrutural, ao mesmo tempo em que reduz o peso total do veículo. A personalização do direcionamento das fibras aumenta a rigidez em pontos estratégicos, como junções e bordas sujeitas a altas cargas, permitindo a remoção de material desnecessário em áreas de menor exigência estrutural.
Outro diferencial crucial do ART é a redução drástica do desperdício de material. Como as fitas de carbono são aplicadas em comprimentos precisos, há uma diminuição de até 95% nas sobras não reaproveitáveis, otimizando o uso da matéria-prima. O processo automatizado também minimiza erros de posicionamento e perdas associadas a falhas humanas, garantindo maior qualidade e consistência nas peças produzidas.
A estreia da tecnologia Automated Rapid Tape já tem um modelo definido: o McLaren W1, novo supercarro da icônica linhagem “1” da marca. A aplicação inicial ocorre no elemento fixo da asa dianteira ativa do carro, um componente essencial do sistema aerodinâmico, capaz de gerar até 1.000 kg de downforce. Graças ao ART, a estrutura dessa peça atinge uma rigidez 10% superior à de um componente convencional feito com fibra de carbono pré-impregnada, uma melhoria significativa para sua função aerodinâmica.
E a inovação não para por aí. O sucesso do ART na fabricação de componentes específicos já abre caminho para uma nova geração de monocoques ultraleves, que poderão ser utilizados nos próximos supercarros da McLaren. Com um processo produtivo mais eficiente e sustentável, essa tecnologia tem potencial para tornar a fibra de carbono ainda mais acessível e amplamente aplicada nos modelos da marca.
O primeiro protótipo do sistema Automated Rapid Tape já está instalado no MCTC e será ampliado para uma máquina de produção em escala industrial até 2025, permitindo a fabricação de peças em maior volume e com ainda mais precisão. Com essa revolução na manufatura, a McLaren dá mais um passo na sua missão de entregar supercarros cada vez mais leves, tecnológicos e eletrificados, sem comprometer desempenho ou dirigibilidade.
