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Medo no semáforo – Pesquisa revela insegurança de motoristas nas cidades brasileiras

O trânsito vai além da mobilidade: Novo estudo aponta que 39% dos brasileiros sentem muito medo de assaltos em semáforos, refletindo uma realidade de vulnerabilidade crescente nas grandes metrópoles.

A cena é comum, mas o sentimento é inquietante: parar no semáforo amarelo piscando, atento às leis, e, no entanto, sentir-se completamente vulnerável. Essa é a realidade de muitos motoristas nas grandes cidades brasileiras, um medo que vai além da multa e se instala silenciosamente, transformando o espaço da mobilidade em um palco de insegurança, conforme revela a pesquisa nacional do Instituto Datafolha 2025.

A realidade silenciosa que assola muitos motoristas nas grandes cidades brasileiras é alarmante: o trânsito, que deveria ser apenas um desafio de mobilidade, transformou-se em um espaço de profunda insegurança. Essa percepção é nitidamente refletida nos dados levantados pela recente pesquisa nacional do Instituto Datafolha 2025, realizada entre 1º e 3 de abril de 2025. O estudo ouviu 3.054 entrevistados em 172 municípios de todo o Brasil, com uma margem de erro máxima de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.

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Os números da pesquisa acendem um sinal de alerta: quatro em cada dez (39%) brasileiros têm muito medo de serem assaltados quando param com o carro no semáforo. Além disso, 30% declaram ter um pouco de medo, enquanto 28% afirmam não ter medo e 4% não costumam se encontrar nessa situação. Este dado, por si só, já aponta para uma parcela considerável da população que vive sob a sombra da insegurança ao volante, mesmo em situações cotidianas e obrigatórias como obedecer à sinalização de trânsito.

O índice de “muito medo” de assaltos no semáforo é particularmente acentuado em alguns grupos demográficos. As mulheres são as que mais expressam esse temor, com 46% delas manifestando muito medo, em comparação com 31% entre os homens. A idade também é um fator relevante, com 49% das pessoas com 60 anos ou mais sentindo muito medo, em contraste com apenas 24% entre os jovens de 16 a 24 anos. Além disso, o medo é maior entre os que possuem menor escolaridade (48%) e entre aqueles com renda familiar de até 2 salários mínimos (45%), versus 29% entre os que têm renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos.

A geografia da insegurança também se mostra evidente: 47% dos residentes em regiões metropolitanas têm muito medo, em comparação com 34% entre os moradores do interior. Regionalmente, o Nordeste se destaca, com 46% dos moradores sentindo muito medo, ante 24% na região Sul. Esses dados reforçam que, independentemente de recortes de categorias, o que prevalece é a sensação de medo instalado dentro do carro, transformando uma rotina simples em um momento de tensão e vulnerabilidade.

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O estudo do Datafolha vai além e revela uma preocupação significativa com a possibilidade de ser vítima de sequestro. Para 23% dos brasileiros, essa é uma preocupação constante, enquanto para 3% é frequente, para 13% é ocasional, para 16% é rara e 44% nunca têm essa preocupação. Apenas 1% não quiseram opinar. Entre os que sempre possuem a preocupação de ser vítima de sequestro, destacam-se novamente as mulheres (29%), em oposição a 16% entre os homens. Os mais velhos (30%) e os menos escolarizados (30%) também demonstram maior receio. Em termos de renda, 28% daqueles com renda familiar de até 2 salários mínimos vivem com essa preocupação, contra 13% entre os que têm renda mensal superior a 10 salários mínimos.

A percepção de uma criminalidade em alta é disseminada. A pesquisa mostra que 58% dos brasileiros, com 16 anos ou mais, avaliam que a criminalidade em sua cidade aumentou nos últimos doze meses. Já 25% consideram que a criminalidade não mudou, 15% que diminuiu e 2% não opinaram. A sensação de aumento da criminalidade na cidade é mais prevalente entre as mulheres (62%) do que entre os homens (52%), e entre os moradores da região Sudeste (64%), especialmente no Estado de São Paulo (64%). As regiões metropolitanas são novamente um foco, com 66% dos residentes percebendo um aumento, em comparação com 51% nas cidades do interior.

Quando questionados sobre a percepção da criminalidade em seus próprios bairros, os números também são expressivos. 41% dos entrevistados avaliam que a criminalidade aumentou nos últimos doze meses, enquanto para 38% não houve mudanças, para 19% diminuiu e 2% não opinaram. A percepção de aumento da criminalidade no bairro de moradia é maior entre os moradores da região Sudeste (46%), entre os moradores do Estado de São Paulo (46%) e, principalmente, entre os que residem nas regiões metropolitanas (52%). Esses dados da pesquisa Datafolha de 2025 pintam um quadro claro de insegurança que afeta milhões de brasileiros em seu dia a dia, transformando o simples ato de dirigir em uma experiência marcada pelo medo.

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Semáforo Amarelo Piscando – Sinal de trânsito que indica ao motorista a necessidade de atenção e cautela, geralmente em cruzamentos ou áreas com fluxo reduzido.

Regiões Metropolitanas – Aglomerados urbanos compostos por uma cidade central e municípios vizinhos que possuem forte integração socioeconômica.

Datafolha – Instituto brasileiro de pesquisa de opinião pública, conhecido por seus levantamentos sobre temas sociais, políticos e econômicos.

Margem de Erro – Intervalo estatístico que indica a precisão de uma pesquisa, representando a variação máxima provável entre os resultados da amostra e os da população total.

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