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Estudo revela impacto das chinesas BYD e GWM no mercado de seminovos

Jeep, Volkswagen, Chevrolet e Toyota estão entre as marcas que mais perdem clientes para as montadoras chinesas

O crescimento das montadoras chinesas no Brasil já começa a provocar efeitos relevantes no mercado de veículos usados. Marcas tradicionais como Jeep, Volkswagen, Chevrolet e Toyota são as mais afetadas pela troca de clientes que migram para modelos eletrificados da BYD e GWM.

Essa é uma das conclusões do estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados (PVU), powered by Auto Avaliar, referente ao mês de junho. O levantamento mostra como essas montadoras — líderes em eletrificação — estão atraindo antigos proprietários de marcas estabelecidas, especialmente entre os consumidores que negociam seus usados para adquirir um híbrido ou elétrico.

No caso da BYD, houve uma mudança no perfil das marcas mais comuns utilizadas como moeda de troca. No primeiro trimestre, a Hyundai liderava com 11,3%, seguida de Chevrolet (11,2%) e Jeep (11,1%). Já no segundo trimestre, a Volkswagen subiu do quarto lugar para a liderança, com 11%, deixando a Chevrolet em segundo (10,9%) e a Hyundai em terceiro (10,4%).

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A GWM apresenta um cenário ainda mais concentrado. A Jeep, que já liderava no primeiro trimestre com 17,8%, ampliou sua participação para 19,8% no segundo trimestre. A Volkswagen ultrapassou a Toyota, assumindo a vice-liderança com 9,6%, enquanto a japonesa recuou para 9,5%.

Fábio Braga, Country Manager da MegaDealer, destaca que esse comportamento se repete desde 2023. “Jeep, Volkswagen, Chevrolet e Toyota já vinham sendo as marcas mais trocadas por modelos das chinesas. A novidade agora é a entrada da Hyundai no lugar da Honda”, explica. Segundo ele, o domínio da Jeep como principal marca utilizada na troca se mantém sólido ao longo dos últimos levantamentos.

No cenário geral das vendas de seminovos, o estudo aponta um recuo de 5,8% em junho, em relação a maio. Foram 1.061.000 veículos vendidos, ante 1.126.000 no mês anterior, segundo dados da Fenabrave. Ainda assim, o tíquete médio subiu ligeiramente, passando de R$ 88.030 para R$ 88.232, um aumento de 0,23%, o maior valor registrado em 2025 até o momento.

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A margem bruta de lucro nas revendas se manteve praticamente estável, caindo de 10,9% para 10,8%, assim como o giro de estoque, que permaneceu em 37 dias. O movimento é considerado pontual e pode ser revertido com os efeitos esperados da redução do IPI, segundo Fábio Braga.

Em relação às avaliações e captações feitas pela plataforma Auto Avaliar, também houve redução. O número de avaliações caiu de 239.118 em maio para 226.331 em junho. Já as captações diminuíram de 44.657 para 39.352.

Entre os veículos com melhor margem de revenda, destaque para o Fiat Argo, com preço médio de R$ 70.000, margem de 11,2% e giro de 31 dias. Em segundo lugar aparece o Toyota Yaris Hatch, com valor de R$ 88.000, margem de 11% e mesmo giro. Na terceira posição, o Toyota Corolla Cross, avaliado em R$ 149.000, obteve 9,8% de margem e giro de 29 dias.

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Tíquete médio: Valor médio de venda dos veículos em determinado período. Ajuda a indicar o nível de investimento feito pelos consumidores.
Giro de estoque: Tempo médio que um veículo permanece no pátio da concessionária até ser vendido. Giro menor indica maior rotatividade e eficiência nas vendas.
Captação: Processo de compra de um veículo usado pela concessionária, seja de pessoa física ou outra loja, com potencial para revenda.
Margem bruta: Diferença entre o valor de venda e o custo de aquisição do veículo. Reflete a rentabilidade da operação.

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