O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, publicou um decreto crucial para a regulamentação do Programa Nacional de Descarbonização. A iniciativa estabelece metas obrigatórias de redução de emissões para o setor de gás natural, com foco no uso do biometano. O decreto institui o Certificado de Garantia de Origem do Biometano (CGOB), instrumento vital para a rastreabilidade e o cumprimento das metas ambientais, consolidando o Brasil como líder na transição energética global.
A Bioenergia Brasil e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) parabenizaram o Governo Federal pela publicação do decreto que regulamenta o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano.
O decreto, uma iniciativa do Ministério de Minas e Energia, baseia-se na Lei nº 14.993/2024. Essa lei, por sua vez, institui o marco legal do programa Combustível do Futuro.
Essa regulamentação representa um avanço fundamental para o setor e para o Brasil. O país se consolida na vanguarda da transição energética global ao estabelecer metas obrigatórias de descarbonização para o segmento de gás natural.
A regulamentação tem como ênfase o uso progressivo do biometano. Esse gás renovável é visto como uma alternativa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
O decreto também garante a instituição do Certificado de Garantia de Origem do Biometano (CGOB). Este é um instrumento essencial para a rastreabilidade da cadeia produtiva do biometano.
O CGOB será fundamental para que as empresas de gás natural consigam cumprir as metas de redução de emissões. Ele também viabilizará iniciativas voluntárias de descarbonização por empresas sustentáveis.
O setor sucroenergético brasileiro é um dos principais players na produção de biometano. O gás é gerado a partir de subprodutos agroindustriais como a vinhaça e a torta de filtro.
Essa capacidade reforça o papel estratégico do setor na promoção da economia circular. A produção de biometano também gera empregos, atrai investimentos e aumenta a competitividade nacional.
A utilização do biometano fortalece os compromissos ambientais assumidos pelo Brasil. Além disso, contribui diretamente para a redução de emissões no setor energético e em outras áreas da economia.
A regulamentação e o início do programa, previsto para 2026, representam um marco na consolidação de uma matriz energética diversificada. Com isso, o país reforça seu protagonismo no desenvolvimento de soluções sustentáveis.
A medida do governo, ao incentivar o uso do biometano, reflete um passo estratégico para a segurança energética e a sustentabilidade. O Brasil, com seu vasto potencial em bioenergia, pode se tornar um exportador de tecnologia limpa.
O programa demonstra uma visão de longo prazo para o setor energético. Ele une a necessidade de descarbonização com o desenvolvimento econômico, criando um modelo resiliente e de baixo carbono.
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Descarbonização – processo de redução da emissão de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa para mitigar as mudanças climáticas.
Biometano – gás renovável produzido a partir da purificação do biogás, que é originado da decomposição de resíduos orgânicos, como os da cana-de-açúcar.
Vinhaça – resíduo líquido do processo de destilação do etanol, rico em matéria orgânica, que pode ser usado para gerar biogás.
Torta de filtro – resíduo sólido gerado na produção de açúcar e etanol, também utilizado como matéria-prima para a produção de biogás.