Preservar o valor de mercado de um carro vai além da manutenção mecânica. De acordo com um especialista, fatores como a cor, o histórico de batidas, a quilometragem e o próprio modelo podem influenciar diretamente na desvalorização. O CEO e sócio-fundador da Vaapty, Ycaro Martins, alerta que um veículo com alta quilometragem pode perder até 20% do valor de revenda, enquanto cores neutras garantem maior liquidez e um histórico de revisões em concessionária pode agregar valor.
O carro é um dos bens que mais perde valor com o tempo, e preservar seu preço de revenda exige cuidados que vão além da manutenção básica. Segundo Ycaro Martins, CEO e sócio-fundador da Vaapty, a quilometragem é um dos principais critérios de avaliação, e um carro com quilometragem muito alta pode perder até 20% do seu valor de mercado.
A escolha da cor também tem um peso significativo. Veículos em tons neutros, como preto, prata e branco, têm maior liquidez no mercado de seminovos, pois atraem mais compradores. Cores chamativas, por outro lado, tendem a encontrar um público menor, o que pode impactar o valor final na negociação.
O estado da lataria, da pintura, do estofamento e do painel são pontos sensíveis. Histórico de batidas, sinais de ferrugem, amassados ou riscos podem desvalorizar o veículo. Manutenções feitas em concessionárias, que garantem o uso de peças originais, costumam agregar valor ao carro. Martins alerta que automóveis com manutenções mal feitas ou com peças não originais tendem a se desvalorizar mais.
O modelo e a marca do veículo também influenciam na depreciação. Carros de linhas que saíram de produção ou que têm baixa aceitação de mercado perdem valor mais rapidamente. Já modelos populares e com bom custo-benefício mantêm preços mais estáveis ao longo do tempo. Para quem quer vender o veículo, a recomendação é focar em manutenções regulares, evitar modificações estéticas radicais e cuidar para que o carro tenha um bom histórico.
A desvalorização de um veículo é um processo inevitável, mas o mercado de seminovos mostra que o proprietário tem um papel ativo em minimizá-la. A análise do especialista reforça a importância de um conjunto de fatores que o motorista pode controlar.
A quilometragem, por exemplo, é um reflexo direto do uso, e um rodado excessivo em pouco tempo indica maior desgaste. O mesmo vale para o histórico de manutenção: um carro com revisões em concessionária não apenas prova que recebeu o cuidado adequado, mas também indica que as peças utilizadas são de qualidade.
A questão da cor, por mais subjetiva que pareça, é um reflexo do comportamento do mercado. Cores neutras são, de fato, mais fáceis de revender porque agradam a um público maior. O mercado de usados se pauta pela praticidade, e um veículo com alta liquidez será sempre mais valorizado. Por fim, a desvalorização mais acentuada de carros fora de linha é um alerta para os consumidores que buscam um investimento mais seguro: a escolha do modelo e da marca, em longo prazo, impacta diretamente no bolso.
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Desvalorização: A perda de valor de um veículo ao longo do tempo, influenciada por fatores como idade, quilometragem, estado de conservação e demanda do mercado.
Liquidez: A facilidade com que um bem pode ser convertido em dinheiro. No mercado de carros, um veículo com alta liquidez é fácil de ser vendido.
Manutenção preventiva: Conjunto de ações e revisões periódicas que visam evitar problemas e garantir o bom funcionamento do veículo, ajudando a preservar seu valor de mercado.