A Bugatti lança o Tourbillon, seu mais novo hipercarro, que sintetiza a filosofia da marca: o equilíbrio inimitável entre velocidade e elegância. O design do Tourbillon, revelado em detalhes na série documental “Uma Nova Era”, é uma obra-prima aerodinâmica, inspirado na natureza e em inovações históricas, como o conceito surbaissé de Jean Bugatti no Type 57 SC Atlantic, resultando em um veículo com menor área frontal e uma carroceria que gera downforce de forma inovadora.
A Bugatti está expandindo os limites da engenharia automotiva com o lançamento do seu novo hipercarro, o Tourbillon.
Este veículo foi desenvolvido do zero, baseando-se em 20 anos de experiência em programas de desenvolvimento de alta velocidade dos antecessores, o Veyron e o Chiron.
A filosofia atemporal da marca, que busca o equilíbrio entre velocidade e elegância, foi o pilar central na criação do Tourbillon.
O Tourbillon foi propositalmente moldado pela velocidade, mas sem abrir mão da elegância quintessencial que define um Bugatti.
O diretor de Design da Bugatti, Frank Heyl, explica que o objetivo central foi combinar a elegância com a velocidade, uma relação simbiótica que levou anos de dedicação.
Essa busca por eficiência se inspirou em fontes inesperadas, como o falcão-peregrino, uma ave conhecida por sua eficiência aerodinâmica ao mergulhar para reduzir sua área frontal.
O princípio de redução da área frontal guiou o design do Tourbillon desde o início, aproveitando os aprendizados dos programas de alta velocidade do Veyron e do Chiron.
O equilíbrio aerodinâmico é crucial, pois é necessário balancear a sustentação gerada em velocidades de até 445 km/h com uma quantidade extraordinária de downforce (força descendente).
Para alcançar esse feito sem gerar arrasto excessivo, o formato básico do carro foi aperfeiçoado para ser uma lágrima elegantemente suave e aerodinâmica, assim como o falcão.
O Tourbillon apresenta uma área frontal muito menor, altura mais baixa e cabine mais estreita do que seu antecessor, o Chiron.
Apesar das dimensões reduzidas, o cockpit mantém o mesmo espaço e proporções ergonômicas, unindo estética e desempenho.
O design se inspira no conceito surbaissé (rebaixado) de Jean Bugatti no Type 57 SC Atlantic da década de 1930, onde o motor foi submergido para maximizar a eficiência aerodinâmica.
Na parte frontal, a icônica grade em forma de ferradura da Bugatti foi alargada para o Tourbillon.
Essa grade alimenta os dois radiadores laterais com ar de alta pressão, que é então expelido por uma saída de baixa pressão no capô, criando uma queda de pressão que maximiza a eficiência do fluxo de ar.
A estrutura engenhosa da cabine foi rebaixada em 33 mm mais para dentro do monocoque de fibra de carbono do que o Chiron, conferindo proporções extremas ao novo hipercarro.
Para reduzir ainda mais a altura total, os dois assentos da cabine são montados diretamente no monocoque, e o volante e os pedais são ajustados longitudinalmente.
O segredo da capacidade do Tourbillon de atingir altíssimas velocidades sem acionar a asa traseira está no seu difusor marcante.
A equipe de design eliminou a necessidade de a asa traseira estar ativa, permitindo que ela assente-se totalmente rente à carroceria, evitando assim as desvantagens do arrasto.
O difusor é o único meio de alcançar o equilíbrio aerodinâmico ao balancear sustentação com downforce sem a asa ativa.
O sistema é composto por múltiplos canais difusores com quase dois metros de comprimento, começando sob os bancos do passageiro.
Os canais se estendem até uma saída alta na traseira, onde encontram as saídas de escape do poderoso motor V16.
Os gases de escape do V16 energizam o fluxo de ar acelerado que emerge do difusor, maximizando a força descendente ao reduzir ainda mais a pressão do ar.
A traseira do Tourbillon personifica essa fusão de opostos: a justaposição de luzes esbeltas e as superfícies fragmentadas e tecnicamente orientadas do difusor enfatizam a percepção de largura e presença do veículo.
O Tourbillon se posiciona como um dos hipercarros mais avançados do mercado. Em comparação com seu antecessor, o Chiron (que tinha um consumo combinado de 25,2 l/100 km e emissões de 572 g/km de CO2 no ciclo WLTP), o Tourbillon promete levar a eficiência aerodinâmica a um novo nível. A grande vantagem é o seu design purista, que alcança downforce sem a complexidade (e o arrasto) de uma asa ativa, um feito raro no segmento. A desvantagem, no entanto, é que o modelo ainda não foi homologado, e os dados de consumo e emissões do novo V16 híbrido ainda não foram divulgados.
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Monocoque de Fibra de Carbono – Estrutura única e ultraleve do chassi do carro, feita em fibra de carbono, onde a carroceria e os componentes são montados. É a estrutura mais segura e rígida usada em veículos de alto desempenho.
Aerodinâmica – Estudo do movimento do ar e como ele interage com um objeto em movimento (o carro), sendo crucial para otimizar a velocidade, a estabilidade e a eficiência do veículo.
Downforce (Força Descendente) – Força vertical que empurra o carro para baixo contra a pista, aumentando a tração e permitindo que o veículo atinja velocidades mais altas em curvas sem derrapar.
Difusor – Componente aerodinâmico localizado na parte inferior e traseira do veículo que gerencia o fluxo de ar que passa por baixo do carro, acelerando-o e criando uma área de baixa pressão para gerar downforce.