A BYD Brasil deu início ao segundo turno de produção em sua unidade de Camaçari (BA), ampliando a operação industrial e abrindo novas oportunidades de emprego na região metropolitana de Salvador.
A nova etapa começou nesta segunda-feira (3) com um grupo inicial de 20 colaboradores, que passaram a atuar no turno noturno, das 18h às 3h15, de segunda a quinta-feira, com intervalo de uma hora para refeição. Às sextas-feiras, a jornada se encerra às 2h22.
A partir do dia 15 de novembro, mais 100 trabalhadores serão incorporados ao novo turno, somando 120 colaboradores nesta fase de implantação. Essa ampliação marca um passo importante na estruturação da produção nacional da marca, que vem acelerando a nacionalização de suas atividades.
O segundo turno, com 44 horas semanais, será implementado inicialmente em fase piloto, com previsão de operação até o fim de 2025. Todos os benefícios e serviços já disponíveis ao primeiro turno – como atendimento médico, transporte e alimentação – foram mantidos para os profissionais do período noturno, reforçando o cuidado da empresa com a qualidade de vida no trabalho.
Segundo o presidente da BYD Brasil, Tyler Li, o avanço é resultado do crescimento da demanda pelos modelos eletrificados da marca no país. “A implementação do segundo turno representa um passo importante na estratégia de crescimento sustentável da nossa empresa. Estamos respondendo ao aumento da procura com mais eficiência, inovação e valorização de nossos colaboradores”, afirmou o executivo.
Com essa ampliação, a fábrica da BYD Brasil em Camaçari passa a empregar diretamente cerca de 1.800 pessoas. Em 15 de outubro, a empresa já havia realizado um mutirão de contratação com 240 novos funcionários, destacando o impacto positivo da operação para o desenvolvimento econômico da região.
O complexo industrial instalado no antigo polo da Ford é considerado estratégico para a consolidação da marca no país. O plano de expansão prevê a geração de até 20 mil empregos diretos e indiretos à medida que novas linhas de produção forem inauguradas.
A BYD tem investido fortemente no Brasil com foco na produção de veículos elétricos e híbridos, fortalecendo a transição energética e a descarbonização da mobilidade. Com a estrutura em Camaçari, a marca pretende atender não apenas o mercado interno, mas também se posicionar como hub exportador para países da América do Sul.
A decisão de adotar o segundo turno reforça o ritmo acelerado de crescimento da empresa no país, alinhado à estratégia global de ampliar a capacidade de fornecimento de tecnologias de propulsão elétrica.
O aumento da produção também é fundamental para reduzir os prazos de entrega de veículos como o Dolphin, o Seal e o Yuan Plus (Atto 3), que têm conquistado espaço entre os elétricos mais vendidos do Brasil.
O movimento da BYD ocorre em um momento de forte competitividade no segmento, com a chegada de novas marcas chinesas e o avanço das montadoras tradicionais em projetos de eletrificação e hibridização.
A empresa aposta em sua integração vertical de produção – que inclui desde baterias até sistemas de controle – como vantagem competitiva, garantindo maior independência e controle de custos.
Na prática, o segundo turno simboliza não apenas um ajuste de capacidade produtiva, mas uma etapa importante na consolidação da BYD como protagonista da mobilidade elétrica no país, fortalecendo o ecossistema automotivo baiano e nacional.
A operação em Camaçari é um dos maiores investimentos industriais recentes no setor automotivo brasileiro, marcando o retorno de grandes montadoras à Bahia e contribuindo diretamente para a diversificação da economia local.
O avanço produtivo é acompanhado por programas de qualificação profissional, realizados em parceria com instituições de ensino técnico da região, garantindo mão de obra especializada para atender à crescente demanda por veículos elétricos.
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Turno de produção – divisão de horários de trabalho em uma fábrica para aumentar a capacidade produtiva e otimizar a utilização de máquinas e equipamentos.
Fase piloto – período de testes operacionais utilizado para ajustar processos antes da adoção definitiva de um novo modelo de trabalho ou linha de montagem.
Integração vertical – estratégia em que a empresa controla várias etapas da cadeia produtiva, desde a fabricação de componentes até a montagem final do produto.
