Com crescimento de mais de 40% nas vendas de veículos elétricos na América Latina em 2024, a China se consolidou como parceira estratégica para o Brasil e países vizinhos.
A transformação do setor automotivo da China impactou diretamente a América Latina, abrindo novas oportunidades em mobilidade, inovação e desenvolvimento regional.
A rápida adoção de veículos elétricos (EVs), a digitalização da indústria e o avanço da manufatura inteligente posicionaram o país asiático como aliado estratégico para nações que buscaram modernizar sua infraestrutura e oferecer soluções sustentáveis.
Segundo a Associação Latino-Americana de Mobilidade Sustentável (ALAMOS), as vendas de veículos elétricos na região cresceram mais de 40% em 2024, com destaque para México, Brasil, Chile e Colômbia. Esse avanço também impulsionou o mercado de pós-venda e serviços especializados, aumentando a demanda por tecnologias avançadas e capacitação técnica, áreas em que fabricantes e fornecedores chineses se destacaram.
As empresas chinesas fortaleceram sua presença na América Latina por meio de alianças estratégicas, investimentos em plantas de montagem, infraestrutura de recarga elétrica e distribuição de componentes.
Com experiência em conectividade, eficiência energética e soluções digitais, essas companhias não apenas ofereceram tecnologia de ponta, mas também promoveram o intercâmbio de conhecimento, acelerando a transição para uma mobilidade mais limpa e eficiente.
No Brasil, o setor automotivo viveu uma transformação acelerada. Dados da Anfavea mostraram que, em outubro de 2025, os veículos híbridos e elétricos representaram 11,2% dos emplacamentos de automóveis leves. Fabricantes e fornecedores locais ampliaram parcerias para incorporar tecnologias de eletrificação, conectividade e manufatura inteligente, reforçando o papel do país como um dos principais polos automotivos da região.
O intercâmbio tecnológico entre China e América Latina marcou um novo capítulo para a indústria automotiva regional. Mais do que comércio, tratou-se de uma cooperação baseada em inovação, sustentabilidade e desenvolvimento conjunto, que impulsionou a região rumo a uma mobilidade mais inteligente e responsável.
A Automechanika Shanghai 2025, realizada de 26 a 29 de novembro no National Exhibition and Convention Center (NECC), foi um dos principais espaços para conhecer de perto essas tendências e inovações que redefiniram o futuro do setor.
No mercado, a presença chinesa competiu com fabricantes tradicionais como Toyota, Volkswagen e Stellantis, mas se diferenciou pela velocidade na eletrificação e pela oferta de soluções digitais integradas.
A vantagem esteve na capacidade de adaptação às necessidades regionais, enquanto o desafio foi consolidar infraestrutura de recarga e ampliar a confiança dos consumidores.
A análise final mostrou que a indústria automotiva chinesa consolidou seu papel como ator-chave na América Latina. Sua capacidade de unir novas energias, digitalização e manufatura inteligente a posicionou como aliado estratégico para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento sustentável do ecossistema automotivo regional.
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Manufatura inteligente – Integração de automação, robótica e inteligência artificial para otimizar processos industriais.
Eletrificação automotiva – Estratégia que substitui motores a combustão por sistemas híbridos ou totalmente elétricos.
Infraestrutura de recarga – Rede de pontos de abastecimento elétrico necessária para viabilizar a expansão dos veículos elétricos.
