Em uma ação inédita, a Scania mostrou o nível de precisão, segurança e inteligência dos seus caminhões autônomos ao viabilizar um salto extremo entre dois veículos em movimento, reforçando a evolução tecnológica que prepara o transporte para um futuro mais seguro, eficiente e sustentável.
A Scania apresentou ao mundo um feito técnico e esportivo sem precedentes ao utilizar caminhões autônomos equipados com tecnologia avançada de condução baseada em IA para criar um cenário extremamente preciso: dois veículos em movimento sincronizado, abrindo uma janela inferior a um segundo para que o atleta profissional de mountain bike Matt Jones, da Red Bull, pudesse saltar entre eles. O desafio, realizado após meses de preparação, testou os limites do controle autônomo e demonstrou o rigor da engenharia aplicada aos sistemas automotivos de última geração.
O projeto reuniu equipes da Scania, da Red Bull e da PlusAI, combinando criatividade, engenharia avançada e planejamento minucioso. A preparação envolveu desenvolvimento de software, rotinas de segurança e práticas controladas para garantir operações totalmente previsíveis — ponto essencial quando seres humanos interagem com máquinas autônomas em condições extremas.
A marca sueca reforça que o experimento não tem caráter promocional apenas, mas técnico: o objetivo é evidenciar a capacidade dos sistemas de automação de executar movimentos repetidos, precisos e seguros, sem desvios. Segundo a Scania, isso antecipa o futuro da operação logística em rodovias, centros de distribuição e ambientes de mineração.
A companhia destaca que o avanço da automação é diretamente ligado ao compromisso global de sustentabilidade. Caminhões autônomos podem trazer redução de consumo, menor desgaste de componentes, rotas otimizadas e maior segurança, fatores essenciais para a transformação do transporte pesado. A Scania já comercializa caminhões autônomos para mineração, confirmando que essa não é mais uma tecnologia futurista, mas uma realidade em implementação.
O salto inédito também mostrou a evolução do trabalho conjunto entre software embarcado e inteligência artificial. O desempenho dos caminhões autônomos foi viabilizado pela união das plataformas da Scania com os sistemas avançados da PlusAI, empresa responsável por parte do desenvolvimento de algoritmos de percepção e tomada de decisão. A parceria já atua em estradas europeias, com veículos autônomos rodando acompanhados de motoristas de segurança.
Outro ponto relevante é a chegada dos sistemas autônomos ao transporte hub-to-hub — trechos repetitivos entre centros logísticos, onde a automação é altamente vantajosa. A Scania vê esse movimento como o primeiro passo para a disseminação da tecnologia em rodovias de longo percurso.
O projeto também reforça a importância da confiabilidade mecânica. Para que o salto pudesse ocorrer, era essencial que os caminhões mantivessem velocidade, direção e aceleração estáveis, exigindo alta integração entre sensores, atuadores e software. Esse resultado demonstra a maturidade do ecossistema autônomo da marca.
O experimento amplia a visibilidade da Scania como uma das referências globais em pesquisa e desenvolvimento para veículos comerciais. Em 2024, a empresa entregou 96.443 caminhões e 5.626 ônibus, além de 11.170 sistemas industriais e marítimos, operando em mais de 100 países e reforçando sua presença como líder em inovação no grupo TRATON.
Ao alcançar um feito considerado “impossível”, a Scania reforça o papel da automação na construção de um transporte mais seguro e eficiente — e demonstra, na prática, que o futuro da mobilidade pesada já começou.
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Autonomia de Nível 4
Sistemas de direção capazes de operar sem intervenção humana em cenários específicos. No caso dos caminhões da Scania, permitem repetibilidade total dos movimentos, essencial para segurança e precisão.
Sensores de percepção embarcada
Conjunto de câmeras, radares e LIDARs que mapeiam o ambiente ao redor, fornecendo dados ao software de IA. Esses sensores permitem prever obstáculos e ajustar velocidade e trajetória.
Hub-to-Hub
Modelo de transporte autônomo entre dois pontos fixos, como centros de distribuição. Por ser uma rota repetitiva, facilita a calibração dos sistemas e reduz riscos operacionais.


