Felipe Giaffone venceu a temporada 2025 da Copa Truck Petrobras e se tornou tetracampeão da categoria. O piloto da R9 Competições somou 228 pontos, seis a mais que Danilo Dirani, e repetiu os feitos de 2017, 2023 e 2024, consolidando sua experiência e regularidade como diferenciais decisivos.
A última etapa em Interlagos foi marcada por emoção e incidentes. Na primeira corrida, Leandro Totti confirmou a pole e venceu, chegando ao total de seis triunfos no ano. Já na segunda prova, Paulo Salustiano levou a melhor, enquanto Giaffone, mesmo envolvido em acidente com Raphael Abbate, conseguiu terminar em 12º lugar e garantir a pontuação necessária para o título.
O campeonato dos “brutos” exige dos pilotos habilidade para controlar caminhões de mais de 5 toneladas em alta velocidade. O Volkswagen Meteor #4 de Giaffone mostrou consistência ao terminar 14 das 18 provas entre os dez primeiros, demonstrando que a regularidade pode ser tão importante quanto vitórias isoladas.
Em termos de design e construção, os caminhões da Copa Truck recebem adaptações específicas para corrida, como reforços estruturais e sistemas de freio especiais. A aerodinâmica é limitada pelo formato do veículo, mas ajustes em defletores e entradas de ar ajudam a melhorar a estabilidade.
Na motorização e desempenho, os caminhões utilizam motores de alto torque, capazes de gerar mais de 1.000 cv em algumas versões. Esse desempenho é comparável ao de supercarros, mas aplicado em veículos que pesam várias toneladas, o que torna a aceleração e frenagem ainda mais desafiadoras.
A dirigibilidade e conforto são diferentes de carros de passeio. Os pilotos enfrentam vibrações intensas e temperaturas elevadas dentro da cabine, exigindo preparo físico e mental. Giaffone, com sua experiência, soube administrar essas condições para manter a regularidade.
Em relação às tecnologias e conectividade, a Copa Truck utiliza sistemas de telemetria que permitem às equipes monitorar em tempo real dados como pressão dos pneus, temperatura dos freios e desempenho do motor. Isso garante ajustes rápidos e maior segurança durante as provas.
A sustentabilidade e eficiência também estão presentes: o campeonato utiliza o Diesel R, combustível renovável da Petrobras, que reduz emissões e reforça o compromisso ambiental da categoria.
Nas versões e equipamentos, cada equipe adapta caminhões de marcas como Volkswagen, Iveco e Mercedes-Benz, com configurações específicas de motor e chassi. Essa diversidade aumenta a competitividade e aproxima o público das marcas tradicionais do transporte rodoviário.
No contexto de mercado, a Copa Truck se posiciona como vitrine tecnológica e de marketing para fabricantes de caminhões, atraindo público apaixonado por velocidade e profissionais ligados ao setor de transporte. O campeonato reforça a imagem das marcas junto a frotistas e motoristas autônomos.
Em termos de concorrência, a Volkswagen Meteor de Giaffone enfrentou rivais como o Iveco S-Way de Dirani e os caminhões Mercedes-Benz da ASG Motorsport. Cada modelo tem vantagens: o Iveco aposta em robustez e torque, enquanto a Mercedes-Benz destaca confiabilidade. O Volkswagen se mostrou equilibrado, com desempenho consistente e custo competitivo, o que fez diferença na disputa.
O perfil de comprador que mais se identifica com a Copa Truck é o apaixonado por caminhões e velocidade, além de profissionais do transporte que veem na competição uma forma de prestigiar suas marcas preferidas.
Na conclusão editorial, o tetracampeonato de Felipe Giaffone mostra que experiência e regularidade podem superar adversidades. Mais do que vitórias isoladas, a consistência ao longo da temporada foi determinante para o título, reforçando a importância da estratégia em competições de alto nível.
Feliz Ano Novo
Depois de uma temporada emocionante, a Copa Truck Petrobras já se prepara para acelerar rumo a 2026. Anunciado em novembro, o calendário contempla novamente um total de nove etapas e traz a expectativa pelo retorno de praças importantes como Santa Cruz do Sul, Goiânia e Brasília, além da vinda de novos autódromos como Cuiabá e Chapecó.
Será um ano inédito e especial, com nove circuitos diferentes em oito estados e mais o Distrito Federal. A etapa de abertura da próxima temporada será realizada em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, no fim de semana de 6 a 8 de março.
Copa Truck Petrobras, temporada 2025
Etapa 9, Super Final, Autódromo de Interlagos
Super Truck PRO
Corrida 1, resultado final
1º – Leandro Totti (Vannucci Racing/Iveco), 13 voltas em 29min07s809
2º – Beto Monteiro (R9 Competições/Volkswagen), a 2s261
3º – Danilo Dirani (Iveco Usual Racing/Iveco), a 4s495
4º – Raphael Abbate (ASG Motorsport/Mercedes-Benz), a 6s599
5º – Bia Figueiredo (ASG Motorsport/Mercedes-Benz), a 10s040
6º – Felipe Giaffone (R9 Competições/Volkswagen), a 12s177
7º – Victor Franzoni (Tiger Team Race/Mercedes-Benz), a 13s568
8º – Paulo Salustiano (R9 Competições/Volkswagen), a 14s558
9º – Jaidson Zini (ASG Motorsport/Mercedes-Benz), a 18s172
10º – Alberto Cattucci (Tiger Team Race/Mercedes-Benz), a 19s433
11º – Luiz Lopes (ASG Motorsport/Mercedes-Benz), a 22s879
12º – Thiago Rizzo (R9 Competições/Volkswagen), a 29s080
13º – Débora Rodrigues (R9 Competições/Volkswagen), a 33s920
14º – Wellington Cirino (Iveco Usual Racing/Iveco), a 35s564
15º – Danilo Alamini (R9 Competições/Volkswagen), a 38s810
16º – Pedro Paulo Fernandes (PP Motorsport/Mercedes-Benz), a 39s663
17º – André Marques (R9 Competições/Volkswagen), a 43s996
18º – Rafael Reis (PP Motorsport/Mercedes-Benz), a 47s093
Não completaram
Fabio Fogaça (DMais Motorsport/Mercedes-Benz), a 7 voltas
Felipe Tozzo (Dakar Motorsport/Iveco), a 9 voltas
Adalberto Jardim (AJ5 Eco Sports/Mercedes-Benz), a 11 voltas
Regis Boessio (Boessio Competições/Volvo), a 11 voltas
Corrida 2, resultado final
1º – Paulo Salustiano (R9 Competições/Volkswagen), 8 voltas em 25min05s754
2º – Victor Franzoni (Tiger Team Race/Mercedes-Benz), a 1s738
3º – Danilo Dirani (Iveco Usual Racing/Iveco), a 3s784
4º – Jaidson Zini (ASG Motorsport/Mercedes-Benz), a 4s921
5º – Beto Monteiro (R9 Competições/Volkswagen), a 4s936
6º – Fabio Fogaça (DMais Motorsport/Mercedes-Benz), a 5s041
7º – Luiz Lopes (ASG Motorsport/Mercedes-Benz), a 6s794
8º – Danilo Alamini (R9 Competições/Volkswagen), a 8s324
9º – Alberto Cattucci (Tiger Team Race/Mercedes-Benz), a 12s751
10º – Pedro Paulo Fernandes (PP Motorsport/Mercedes-Benz), a 14s228
11º – Débora Rodrigues (R9 Competições/Volkswagen), a 14s868
12º – Felipe Giaffone (R9 Competições/Volkswagen), a 18s712
13º – Rafael Reis (PP Motorsport/Mercedes-Benz), a 31s759
14º – Leandro Totti (Vannucci Racing/Iveco), a 1min47s776
15º – Bia Figueiredo (ASG Motorsport/Mercedes-Benz), a 1 volta
Não completaram
André Marques (R9 Competições/Volkswagen), a 3 voltas
Thiago Rizzo (R9 Competições/Volkswagen), a 6 voltas
Raphael Abbate (ASG Motorsport/Mercedes-Benz), a 7 voltas
Wellington Cirino (Iveco Usual Racing/Iveco), não largou
Felipe Tozzo (Dakar Motorsport/Iveco), não largou
Adalberto Jardim (AJ5 Eco Sports/Mercedes-Benz), não largou
Regis Boessio (Boessio Competições/Volvo), não largou
Classificação final do campeonato*
Super Truck PRO
1º Felipe Giaffone, 228 pontos
2º Danilo Dirani, 222
3º Raphael Abbate, 209
4º Beto Monteiro, 208
5º Leandro Totti, 203
6º Wellington Cirino, 174
7º André Marques, 166
8º Bia Figueiredo, 147
9º Jaidson Zini, 141
10º Victor Franzoni, 125
11º Danilo Alamini, 123
12º Fabio Fogaça, 119
13º Felipe Tozzo, 104
14º Evandro Camargo, 95
15º Luiz Lopes, 93
16º Alberto Cattucci, 92
17º Paulo Salustiano, 84
18º Débora Rodrigues, 69
19º Pedro Paulo Fernandes, 61
20º Roberval Andrade, 59
21º Thiago Rizzo, 55
22º Adalberto Jardim, 19
23º Rafael Reis, 3
24º Régis Boessio, 1
*pontuação extraoficial
Confira as datas do calendário da temporada 2026
1 – 08/mar – Campo Grande
2 – 12/abr – Santa Cruz do Sul
3 – 03/mai – Chapecó
4 – 31/mai – Interlagos
5 – 02/ago – Cuiabá
6 – 23/ago – Goiânia
7 – 20/set – Curvelo
8 – 01/nov – Cascavel
9 – 29/nov – Brasília
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Torque é a força que o motor gera para mover o veículo. Nos caminhões da Copa Truck, o torque elevado permite aceleração rápida mesmo em veículos pesados.
Telemetria é o sistema que transmite dados do caminhão em tempo real para a equipe. Isso ajuda a identificar problemas e ajustar estratégias durante a corrida.
Drive-through é uma penalidade em que o piloto precisa passar pelos boxes sem parar, perdendo tempo de prova. Foi aplicada a Leandro Totti por excesso de velocidade no radar.
