Uma preparação leve, barata e rápida, bastante indicada para carros populares, é a troca do chip que comanda a ignição e a injeção eletrônica.
A substituição desse circuito eletrônico (programa) ou a sua reprogramação pode resultar num ganho de até 10% no torque (força), segundo oficinas especializadas.
Essa alteração, no entanto, só deve ser feita em veículos já bem rodados, para não haver o risco de perda da garantia de fábrica.
Acompanhe passo-a-passo a execução desse serviço.
Como é feita a preparação:
1) Existem duas opções nesse caso: a troca do chip ou a reprogramação do chip original, o que não é aconselhável. A primeira, além de mais segura, é facilmente reversível e permite voltar à configuração original da injeção em minutos.
2) A troca do chip é bastante simples: o técnico abre a central eletrônica, retira o chip original do carro (que fica encaixado na placa) e conecta um chip já previamente reprogramado na central de comando eletrônico (ou centralina).
3) Esse chip já reprogramado é praticamente uma cópia do chip original, só que ele teve seus parâmetros modificados através de um software de computador.
4) A diferença é que durante a fase de “preparação” desse chip foi alterada a curva de avanço da ignição e dado um maior tempo de abertura dos bicos injetores, de modo a aumentar a pulverização de combustível para dentro das câmaras.
5) Para compensar a maior quantidade de gasolina, alguns preparadores mudam em alguns graus a posição da polia do comando de válvulas, para que a abertura e fechamento das válvulas se adapte à nova calibragem da injeção, e aumentam a captação do filtro de ar, para manter o equilíbrio da mistura ar/combustível.
6) Apesar de alterar a curva de avanço, a potência não sofre alterações perceptíveis. O que se sente é aumento da força nas arrancadas, nas subidas e também nas ultrapassagens, além de uma ligeira elevação do consumo.
Vantagens:
1) Não exige a abertura do motor nem a troca de seus componentes móveis internos.
2) A troca do chip pode ser revertida a qualquer momento, devolvendo ao veículo as suas características originais.
3) Custo baixo, se comparado com outras formas de preparação.
4) O carro fica mais ágil, apresentando melhor rendimento e dirigibilidade.
5) Só a substituição do chip não demora mais que 30 minutos.
Desvantagens:
1) Potência e velocidade final ficam praticamente inalteradas.
2) Ligeiro aumento no consumo de combustível.
3) A reprogramação incorreta do chip pode comprometer a durabilidade do motor.
4) Se a mistura de combustível for muito rica pode haver danos ao catalisador.
Recomendações:
1) Faça o serviço somente em oficinas conceituadas, com técnicos ou engenheiros especializados em reprogramação de chip.
2) O ideal é comprar um chip já pronto, específico para o modelo e adequado à cilindrada de seu carro.
3) Verifique o tipo de configuração que está programada no chip e em quanto ela altera as curvas de potência, de torque e o consumo de seu carro.
4) Guarde o chip original para quando quiser reverter a preparação.
5) Em carros novos, a alteração pode levar à perda da garantia de fábrica.