Na 11ª edição do Salão Latino – Americano de Veículos Componentes e Novas Tecnologias, as novidades e a análise das perspectivas desse mercado foram mais uma vez alavanca para negócios e planejamento das empresas do setor.
Para o público, foi a oportunidade de conferir lançamentos em carros elétricos e híbridos, geradores de energia, como também experimentar a sensação de andar em bikes, scooters, skates, patinetes e monociclos – todos elétricos.
As principais empresas do setor automobilístico marcaram presença com lançamentos, como a Porsche que, pela primeira vez, trouxe ao Brasil o Cayenne E-Hibrid; a Eletra, que lançou o primeiro ônibus elétrico híbrido dual; a WOIE, com novas linhas de bicicletas elétricas; e a Build Your Dream (BYD), com um ônibus 100% elétrico, que será incorporado a primeira frota de ônibus elétricos de Campinas (SP). A BMW, Volvo, Toyota, VO2, WEG, Moura, IPSEC, Bosch, KYA, BRMobilit, ClubCar, CPFL Energia, JAC Motors, Cooltra, Riba, EP Modelismo, Power Solutions, SI, Grupo Schréder e Caixa Econômica Federal também marcaram presença expondo seus produtos e projetos.
Para quem trabalha nesse mercado, o Salão ofereceu uma parruda agenda de conferências com especialistas do Brasil e do exterior, que debateram temas como novas tecnologias, mobilidade urbana, perspectivas e experiências na implantação de mobilidade elétrica e os impactos na infraestrutura atual, entre outros.
O presidente da ABVE, Ricardo Guggisberg, apontou a importância do segmento contar com o apoio do poder público. “Os incentivos governamentais são de fundamental importância. Recentemente contamos com a redução de IPVA e liberação do rodízio para veículos elétricos e híbridos da cidade de São Paulo. Mas ainda há muito a ser feito para que o veículo elétrico se torne uma realidade nas ruas brasileiras”, explicou.
Vários países já contam com programas de incentivo ao carro verde para favorecer a transição para tecnologias mais limpas. O resultado é um crescimento de 95% na frota global de veículos elétricos, que somava mais de 665 mil unidades em todo o mundo no final de 2014 e que deve chegar a quase 20 milhões em 2020, segundo estudos internacionais.
“No caso do Brasil, cujo processo de industrialização mais recente está umbilicalmente ligado à indústria automotiva, a migração para o carro verde é uma oportunidade ímpar de revitalizar o setor, gerando empregos e consolidando o país no seleto rol das nações exportadoras de veículos elétricos”, analisa.