No levantamento da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, em novembro, os emplacamentos de veículos tiveram alta de 8,2% em relação ao mês anterior, totalizando 342.819 unidades.
Com isso, o resultado, no acumulado de janeiro a novembro de 2022, já é 4,5% maior que o do mesmo período do ano passado.
“Todo o Setor tem tido resultados consistentes, em linha com as condições de mercado e disponibilidade de produtos. Como destaque, o segmento de motocicletas, que já superou 1,2 milhão de emplacamentos no ano, tem tido o melhor desempenho entre todos os segmentos automotivos. As motos estão com demanda aquecida também para os próximos meses. No geral, o setor, como um todo, está caminhando para fechar com o resultado que prevíamos”, analisa Andreta Jr., Presidente da FENABRAVE.
Emplacamentos em outubro e acumulado do ano
Avaliação por segmento
Automóveis e Comerciais leves – Os segmentos têm registrado uma recuperação consistente ao longo de 2022 e estão muito próximos da estabilidade em relação ao ano anterior.
“É um excelente resultado, especialmente ao levarmos em conta o contexto de todo o ano, que apresentou desafios decorrentes da crise de abastecimento, juros mais altos e seletividade no crédito”, analisa Andreta Jr.
Automóveis e Comerciais Leves Eletrificados – Com 4.995 unidades emplacadas, em novembro, os autos e leve eletrificados totalizaram 43.701 unidades emplacadas, até novembro. “É interessante notar a alta de participação dos elétricos, que representavam cerca de 10% dos eletrificados em 2021 e hoje já passam de 17%, embora o volume ainda seja baixo”, analisa o Presidente da FENABRAVE, lembrando que os híbridos ainda são dominantes na categoria.
Caminhões – Para o Presidente da FENABRAVE, o segmento continua com boa demanda, mas ainda com problemas de abastecimento de peças e componentes.
“Além do bom resultado deste ano, as perspectivas, para os próximos meses, são boas. Com a mudança de tecnologia (Proconve P8) e o próprio ciclo de renovação da frota comercial, devemos ter manutenção da demanda” diz.
“Ao participar da FENATRAN, feira do setor de transporte rodoviário de cargas e logística, realizada em SP, no início de novembro, soube que o volume de negócios gerados, no evento, foi superior às estimativas dos organizadores, que era de cerca de R$ 9 bilhões. Isso é uma prova da boa demanda por veículos de carga”, conclui Andreta Jr.
Ônibus – Com bom volume de entregas governamentais em novembro, o segmento apresentou boa evolução nos emplacamentos, na comparação com o mês anterior.
“A recuperação dos emplacamentos de ônibus é uma excelente notícia, já que este foi um dos segmentos mais afetados durante o período crítico da pandemia de COVID-19”, analisa o Presidente da FENABRAVE.
Implementos Rodoviários – O segmento vem mantendo um ritmo consistente de emplacamentos.
“Apesar da queda em relação ao ano passado, vale lembrar que 2021 foi ano de recorde para o segmento. Por isso, entendemos como um resultado razoável e dentro das nossas expectativas o que estamos obtendo, até o momento”, afirma Andreta Jr.
Motocicletas – O segmento deve encerrar o ano com uma das maiores altas percentuais em relação a 2021. Para Andreta Jr., uma série de fatores colaboram para este resultado.
“É um crescimento muito sustentado, já que a motocicleta, além de veículo comercial, é uma opção econômica e segura de transporte individual. Além disso, mesmo com a retomada da produção pela indústria, a demanda não está sendo totalmente atendida, o que deve manter o bom desempenho no futuro”, conclui o Presidente da FENABRAVE.
Motocicletas Eletrificadas – No ano, já são 6.525 emplacamentos de motos eletrificadas, até novembro.
“Este segmento ainda enfrenta alta volatilidade, o que é comum em categorias que buscam consolidação no mercado, mas vale destacar que a alta de mais de 373%, acumulada no ano, aponta uma tendência”, diz Andreta Jr.
Tratores e Máquinas Agrícolas – Obs.: Por não serem emplacados, Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamento junto aos fabricantes.
O desempenho no mês de outubro manteve o segmento com crescimento superior a 18,5% no ano, no acumulado dos 10 primeiros meses de 2022.
“Os números de outubro ficaram acima da média mensal do ano. Este é um dos segmentos que deve encerrar 2022 com alta de dois dígitos em relação a 2021”, diz Andreta Jr.